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Tipo do documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso Aberto
Título: Tempos sombrios, ecos de liberdade a palavra de Jean-Paul Sartre sob as imagens de Fernando Peixoto : no palco, Mortos sem sepultura (Brasil, 1977)
Autor(es): Cardoso, Maria Abadia
Primeiro orientador: Ramos, Rosangela Patriota
Primeiro membro da banca: Saliba, Elias Thome
Segundo membro da banca: Caldas, Pedro Spinola Pereira
Resumo: O escopo desta pesquisa é um estudo sobre o espetáculo teatral Mortos sem Sepultura (1946), de Jean-Paul Sartre, encenado no Brasil em 1977, sob a direção de Fernando Peixoto. Na descrição do objeto, de início destaca-se sua organização, situada em duas temporalidades distintas: França dos anos de 1940 no contexto da Invasão Alemã e Resistência Francesa; Brasil dos anos de 1970, no contexto da Ditadura Militar e Resistência Democrática. Verifica-se que, entre a literatura dramática (produção do texto) e a encenação, impõe-se uma distância espaço-temporal; em conseqüência, temas, embates, agentes e propostas de intervenção adquirem novas nuanças. Essa reflexão enfoca o estudo da cena, que resulta de um trabalho anterior onde são feitos escolhas, investimento artístico e intelectual, deslocamentos e (re)proposições. Em outras palavras, na forma e no conteúdo, a construção sartreana é relida, indagada e (re)apropriada pelo projeto de montagem. O primeiro capítulo trata do processo criativo da peça, investigando a maneira pela qual a estrutura dramática e a construção dos personagens foram produzidas e legitimadas; aqui, a associação entre filosofia e dramaturgia foi primordial para se compreender a escrita da peça. O segundo capítulo enfoca, no campo intelectual, as reflexões do dramaturgo e do diretor, que se circunscrevem a sistemas de pensamentos distintos: o primeiro se associa com o existencialismo; o segundo, com uma concepção de esquerda presente no marxismo. O terceiro capítulo aborda a montagem da peça em meio a questões de forma, conteúdo, trabalho de recortes , modificações e adaptações. À luz da temporalidade em que a cena se organiza, o quarto capítulo discute as leituras e os debates suscitados pela crítica teatral, indicativos de problematizações, pois remetem à resposta formal dada ao texto dramático e dialogam com seu universo histórico-social.
Abstract: The scope of this research is a study on the Jean-Paul Sartre s play Death without burial, written in 1946 and staged in Brazil in 1977, under the guidance of director Fernando Peixoto. Regarding the subject matter description, at first one highlights its structure, placed in two different times: France in the 1940s, in the context of the German invasion and the French resistance, Brazil in the 1970s in the context of the military dictatorship and democratic resistance. One verifies that between drama literatures (the play writing) and staging there is a distance of space and time. As a result, themes, contends, agents, and intervention proposals gain new nuances. This reflection focuses on the study of the scene, resulting from a previous work where choices, artistic, intellectual investments, displacements, and propositions are made. In other words, the form and content of Sartre s construction are reread, inquired, and (re)appropriated by the stage setting. The first chapter treats of the play creative process, by investigating the way in which the dramatic structure and creation of the characters were made and legitimated. For that, an association between philosophy and dramaturgy was crucial to the understanding of the play writing. The second chapter deals, in the intellectual field, with the playwright s and director s reflections, circumscribed to distinct thought systems: the former is linked to the Existentialism; the latter, to the Marxist conception of left-wing. The third chapter focuses on the play stage setting in the midst of form, content, cutout work, changes, and adaptations matters. In the light of the temporality in which the scene is organized, the fourth chapter discusses the readings and debates roused by the drama criticism indicative of some questionings, for they refer to the formal answer to the drama text and establish a dialog with its social, historical universe.
Palavras-chave: História
Fernando Peixoto
Mortos sem sepultura
Jean-Paul Sartre
Filosofia
Teatro
History
Philosophy
Theater
História e teatro
Sartre, Jean-Paul, 1905-1980 Mortos sem sepultura Crítica e interpretação
Peixoto, Fernando, 1937- Crítica e interpretação
Área(s) do CNPq: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::HISTORIA
Idioma: por
País: BR
Editora: Universidade Federal de Uberlândia
Sigla da instituição: UFU
Departamento: Ciências Humanas
Programa: Programa de Pós-graduação em História
Referência: CARDOSO, Maria Abadia. Tempos sombrios, ecos de liberdade a palavra de Jean-Paul Sartre sob as imagens de Fernando Peixoto : no palco, Mortos sem sepultura (Brasil, 1977). 2007. 273 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Humanas) - Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2007.
URI: https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/16516
Data de defesa: 28-Fev-2007
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