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Tipo do documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso Aberto
Título: A distinção entre o sentido negativo e positivo da liberdade na Fundamentação da Metafísica dos Costumes
Autor(es): Hipolito, Marco André de Freitas
Primeiro orientador: Seneda, Marcos César
Primeiro membro da banca: Almada, Leonardo Ferreira
Segundo membro da banca: Perez, Daniel Omar
Resumo: O presente trabalho pretende analisar a distinção entre o conceito de liberdade em sentido negativo e o de liberdade em sentido positivo, enfatizando, também, os conceitos que Kant utiliza para fundamentar a moral sob a idéia da liberdade em sentido positivo. No primeiro capítulo analisamos a tese kantiana de que somente mediante uma boa vontade haveria a possibilidade de agir moralmente. A boa vontade é tida por Kant como um princípio do querer, que deve ser determinado por si mesmo e que deve ser independente de qualquer móbil. Esta independência em relação ao empírico e ao contingente permite a Kant fundamentar uma moral segundo princípios formais, ou seja, a razão formula a priori leis morais incondicionais, que determinam a vontade humana a agir por dever. A ação praticada por dever não significa apenas uma submissão da razão à lei a priori, mas a efetivação da liberdade da vontade, pois a vontade como faculdade da razão, ao formular leis para si mesma, reconhece nas leis a sua liberdade. No segundo capítulo deste trabalho analisamos a diferença entre agir conforme o dever e agir por dever. Agir conforme ao dever sempre expressa uma ação que não condiz com o fundamento da moralidade. Mas uma ação praticada por dever exige que a vontade seja determinada por princípios puramente formais, isto é, os princípios que devem conter uma legislação que jamais poderia ser extraída do mundo dos fenômenos. A moralidade de uma ação reside no caráter incondicionado da lei e na forma a priori da lei moral. Ora, do ponto de vista prático, toda ação humana deve ser comandada segundo uma necessidade interna, livre de qualquer influxo da experiência. Esta necessidade deve ser imposta por uma lei puramente racional, cuja propriedade deve ser incondicional. No terceiro capítulo procuramos analisar a distinção entre uma liberdade em sentido negativo e uma liberdade em sentido positivo. A partir desta distinção, passamos a analisar quais as propriedades necessárias da liberdade, as quais são exigidas por uma moralidade universalmente válida. Uma vez compreendidas as propriedades de autonomia, de a priori e de incondicionalidade da lei, de uma liberdade em sentido positivo, Kant parece indicar a possibilidade de demonstrar a realidade objetiva da liberdade, a saber, a lei moral. Pois, se a vontade deve ser coagida por um imperativo categórico, deve-se, igualmente, ser possível indicar a existência da lei cujos princípios têm de ser válidos para todos os seres racionais.
Abstract: The purpose of the present study is to analyze the distinction between the concept of freedom in a negative sense and that of freedom in a positive sense, also emphasizing the concepts Kant uses as a basis for morality under the idea of freedom in a positive sense. In the first chapter we analyze the Kantian thesis that only through a good will would there be the possibility of acting morally. Kant holds good will as a principle of volition, which must be determined in itself and which must be independent of any driving force mobile. This independence in relation to the empirical and contingent allows Kant to base morality on formal principles; in other words, reason formulates a priori unconditional moral laws, which determine the human will to act through duty. An action practiced through duty does not mean simply submission of reason to the a priori law, but renders the freedom of the will effective, for the will as a faculty of reason, upon formulating laws for itself, recognizes its freedom in the laws. In the second chapter of this work, we analyze the difference between acting in accordance with duty and acting through duty. Acting in accordance with duty always expresses an action that is not in keeping with the basis of morality. But an action practiced through duty requires that the will be determined by purely formal principles, that is, principles that must contain legislation that could never be extracted from the world of phenomena. The morality of an action lies in the unconditional character of the law and in the a priori form of the moral law. Thus, from the practical point of view, every human action must be commanded according to an internal need, free of any influx of experience. This need must be imposed by a purely rational law, of an unconditional character. In the third chapter, we seek to analyze the distinction between freedom in a negative sense and freedom in a positive sense. Based on this distinction, we proceed to analyze what properties of freedom are required for a universally valid morality. Once the properties of autonomy, of a priori and of the unconditionality of law are understood of freedom in a positive sense, Kant seems to indicate the possibility of demonstrating the objective reality of freedom, namely moral law. For if the will must be compelled by a categorical imperative, it must likewise be possible to indicate the existence of the law whose principles must be valid for all rational beings.
Palavras-chave: Boa vontade
Dever
Liberdade
Incondicional
Fato da razão
Good will
Duty
Freedom
Unconditional
Fact of reason
Kant, Immanuel, 1724-1804 - Crítica e interpretação
Filosofia moderna - Séc. XX
Área(s) do CNPq: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::FILOSOFIA
Idioma: por
País: BR
Editora: Universidade Federal de Uberlândia
Sigla da instituição: UFU
Departamento: Ciências Humanas
Programa: Programa de Pós-graduação em Filosofia
Referência: HIPOLITO, Marco André de Freitas. A distinção entre o sentido negativo e positivo da liberdade na Fundamentação da Metafísica dos Costumes. 2011. 109 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Humanas) - Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2011.
URI: https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/15542
Data de defesa: 30-Ago-2011
Aparece nas coleções:DISSERTAÇÃO - Filosofia

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