Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/15524
Tipo do documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso Aberto
Título: Imagens da libertação: a relação entre práxis política, transformação social e arte na teoria crítica de Herbert Marcuse
Autor(es): Fernandes, Paulo Irineu Barreto
Primeiro orientador: Silva, Rafael Cordeiro
Primeiro membro da banca: Borges, Bento Itamar
Segundo membro da banca: Pucci, Bruno
Resumo: O objetivo do presente trabalho é demonstrar que a relação entre a transformação social e a arte está presente em toda a obra de Herbert Marcuse e sofre modificações na maneira como o autor a concebe ao longo de sua trajetória intelectual. Além disso, evidenciar que a transformação social pressupõe uma mudança na consciência do indivíduo. A arte, preservando a sua autonomia, pode contribuir para essa transformação, auxiliando na construção de uma nova sensibilidade. Em outras palavras, o filósofo defende que a autonomia da arte lhe confere um poder político e subversivo importante no processo de transformação da consciência dos indivíduos e da sociedade. Marcuse, por um lado, a partir da leitura de Kant, Freud e Schiller, defende a possibilidade de reconciliação, na dimensão estética, entre o princípio de prazer e o princípio de realidade . Por outro lado, a partir da leitura de Hegel, Marx e Weber toma como pontos de partida a historicidade, a dissolução do indivíduo, a unidimensionalidade da sociedade capitalista e a necessidade da revolução. Somando todas essas influências e dando às mesmas um caráter muito próprio, Marcuse propõe a construção de um novo indivíduo e de uma nova sociedade a partir da revolução, tanto social quanto da consciência e da sensibilidade. A arte, como elemento inspirador, é uma das variáveis que poderiam contribuir para essa construção. A investigação busca apresentar a noção marcuseana de revolução, passando pela análise dos aspectos afirmativo e negativo da arte, bem como pela caracterização feita pelo autor do potencial de negação da arte, que já estava presente nas obras da década de 1930 e acompanha as reflexões do autor até as suas obras finais, nas décadas de 1960 e 1970. Para tanto, partimos da seguinte hipótese: há, no quadro da Teoria Crítica marcuseana, um lugar para a arte, como elemento inspirador de uma nova práxis política que, por sua vez, pressupõe uma transformação da consciência. Como desdobramento da hipótese, defendemos que, para o autor, um dos papéis da arte é o de fornecer as imagens da libertação , que auxiliariam no processo de mudança na consciência dos indivíduos. De acordo com as nossas conclusões, tanto a hipótese, quanto o seu desdobramento, foram confirmados, embora não se possa afirmar que haja um consenso sobre o tema entre os pesquisadores do pensamento de Marcuse.
Abstract: The objective of this study is to demonstrate that the relationship between social change and art is present throughout the work of Herbert Marcuse and undergoes changes in the way the author to develop over his intellectual trajectory. Moreover, evidence that social transformation requires a change in the consciousness of the individual. The art, preserving their autonomy, may contribute to this transformation, assisting in the construction of a new sensibility. In other words, the philosopher argues that the autonomy of art gives it a major political power and subversion in the process of transforming the consciousness of individuals and society. Marcuse, on the one hand, from the reading of Kant, Freud and Schiller, supports the possibility of reconciliation, in aesthetic dimension, between the "pleasure principle and the "reality principle". Moreover, from the reading of Hegel, Marx and Weber took as points of departure the historical, the dissolution of the individual, the dimensional of capitalist society and the need for revolution. Combining all these influences and giving them a character of its own, Marcuse proposed the construction of a new individual and a new society from the revolution, both as social consciousness and sensitivity. The art, as an inspiring, one of the variables that could contribute to the construction. The research seeks to present the Marcuse s concept of revolution through analysis of the affirmative and negative aspects of art, as well as characterization made by the potential for denial of art, which was already present in the works of the 1930s and follows the thoughts of author until their final works in the 1960s and 1970s. Thus, from the following hypothesis: there are, within the framework of Marcuse s Critical Theory, a place for art as part of an inspiring new political praxis which, in turn, requires a transformation of consciousness. How to unfolding the case, advocate that, for the author, one of the functions of art is to provide "images of the liberation , which help in the process of change in the consciousness of individuals. According to our findings, both the hypothesis, as its unfolding, were confirmed, but it can not be said that there is a consensus on the issue among researchers of Marcuse's philosophy.
Palavras-chave: Marcuse, Herbert, 1898-1979 - Crítica e interpretação
Filosofia alemã - Séc. XX
Ciência política - Filosofia
Arte - Filosofia
Estética
Teoria crítica
Política
Filosofia da arte
Critical theory
Politics
Philosophy of art
Área(s) do CNPq: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::FILOSOFIA
Idioma: por
País: BR
Editora: Universidade Federal de Uberlândia
Sigla da instituição: UFU
Departamento: Ciências Humanas
Programa: Programa de Pós-graduação em Filosofia
Referência: FERNANDES, Paulo Irineu Barreto. Imagens da libertação: a relação entre práxis política, transformação social e arte na teoria crítica de Herbert Marcuse. 2009. 101 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Humanas) - Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2009.
URI: https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/15524
Data de defesa: 17-Ago-2009
Aparece nas coleções:DISSERTAÇÃO - Filosofia

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