Use este identificador para citar ou linkar para este item:
https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/11909
Tipo do documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso Aberto |
Título: | Novas histórias sobre a velha tradição : Angela Carter e Barbara G. Walker releem Branca de neve |
Autor(es): | Oliveira, Lívia Maria de |
Primeiro orientador: | Sylvestre, Fernanda Aquino |
Primeiro membro da banca: | Volobuef, Karin |
Segundo membro da banca: | Martins, Maria Cristina |
Resumo: | Contos de fadas datam de séculos atrás. Apesar de parecerem trazer aos leitores e ouvintes simples histórias, são reflexos de uma época e de determinados locais e, contrariando a atemporalidade do gênero, seus significados transmitidos e perpetuados são construções sociais que, nesse contexto contemporâneo, vêm sendo questionadas. Ainda hoje continuamos a narrar contos de fadas e, dentre suas manifestações, interessa-nos a releitura dos clássicos da literatura infantil a partir de escritoras contemporâneas que confrontam significados cristalizados pela tradição, considerando perspectivas até então inusitadas. Essas escritoras pretendem repensar atitudes sexistas e dominantes, demonstrando a marginalização do papel feminino nas narrativas mágicas e apontando mudanças para o comportamento de homens e mulheres e suas relações sociais e hierárquicas. O objetivo dessa dissertação é avaliar o modo e a extensão da ruptura/subversão dos significados cristalizados pela narrativa tradicional de Branca de Neve , nas perspectivas revisionistas alcançadas por Angela Carter, em The Snow Child , de 1979, e por Barbara G. Walker, em Snow Night , de 1996. O estudo considera, entre outras questões, o conceito de revisão e o percurso do revisionismo, conforme definidos por Adrienne Rich (1985); a intertextualidade e as estratégias revisionistas, como a paródia (HUTCHEON, 1989), a metaficção feminista (GREENE, 1991), o deslocamento narrativo e a deslegitimação da história conhecida (DUPLESSIS, 1985) e os níveis de revisionismo ficcional apresentados por Maria Cristina Martins (2005) em sua pesquisa sobre releituras contemporâneas de contos de fadas. Em relação ao nível transgressor/subversivo, consideramos o conceito de carnavalização delineado por Mikhail Bakhtin (1981; 1987). Esperamos evidenciar que os contos de fadas, apesar de se configurarem construções mágicas do mundo que permeiam os séculos, não precisam ser como são e seus significados não necessitam ser únicos, imutáveis ou cristalizados. |
Abstract: | Fairy tales date from centuries back. Despite appearing to bring simple stories to readers and listeners, they are reflections of a time and certain locations and, contrary to the genre timelessness, they transmit and perpetuate meanings as social constructions, that in this contemporary context have been questioned. Even today we continue to narrate fairy tales and, among their manifestations, we are interested in re-reading the classics of children‟s literature from contemporary writers confronting meanings crystallized by tradition, considering unusual prospects until then. These writers claim to rethink sexist and dominant attitudes, demonstrating the marginalization of women‟s role in the magical narratives and pointing changes to the behavior of men and women and their social and hierarchical relationships. The purpose of this dissertation is to evaluate the manner and extent of the break/subversion of crystallized meanings by the traditional narrative of Snow White , in the revisionist perspectives achieved by Angela Carter, in The Snow Child (1979), and Barbara G. Walker, in Snow Night (1996). The study considers, among other things, the concept of revision and the course of revisionism, as defined by Adrienne Rich (1985); intertextuality and revisionist strategies such as parody (HUTCHEON, 1989), feminist metafiction (GREENE, 1991), narrative displacement and delegitimization of the known story (DUPLESSIS, 1985) and the fictional revisionism levels presented by Maria Cristina Martins (2005) in her research on contemporary retellings of fairy tales. In relation to the transgression/subversive level, we consider the concept of carnivalization outlined by Mikhail Bakhtin (1981; 1987). We hope to show that the fairy tales, even though they are magical framing of the world that permeate the centuries, do not need to be as they are and their meanings do not need to be unique, unchangeable or crystallized. |
Palavras-chave: | Contos de fadas Revisionismo contemporâneo Angela Carter Barbara Walker Branca de Neve Fairy tales Contemporary revisionism Snow whit Carter, Angela, 1940-1992 Walker, Barbara G Branca de Neve (Conto) - Crítica e interpretação |
Área(s) do CNPq: | CNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRAS::TEORIA LITERARIA |
Idioma: | por |
País: | BR |
Editora: | Universidade Federal de Uberlândia |
Sigla da instituição: | UFU |
Departamento: | Linguística, Letras e Artes |
Programa: | Programa de Pós-graduação em Letras |
Referência: | OLIVEIRA, Lívia Maria de. Novas histórias sobre a velha tradição : Angela Carter e Barbara G. Walker releem Branca de neve . 2016. 122 f. Dissertação (Mestrado em Linguística, Letras e Artes) - Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2016. DOI http://doi.org/10.14393/ufu.di.2016.208 |
Identificador do documento: | http://doi.org/10.14393/ufu.di.2016.208 |
URI: | https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/11909 |
Data de defesa: | 2-Mar-2016 |
Aparece nas coleções: | DISSERTAÇÃO - Estudos Literários |
Arquivos associados a este item:
Arquivo | Descrição | Tamanho | Formato | |
---|---|---|---|---|
NovasHistoriasVelha.pdf | 1.08 MB | Adobe PDF | Visualizar/Abrir |
Os itens no repositório estão protegidos por copyright, com todos os direitos reservados, salvo quando é indicado o contrário.