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dc.creatorCardoso, Jucelén Moraes-
dc.date.accessioned2016-06-22T18:29:55Z-
dc.date.available2011-10-03-
dc.date.available2016-06-22T18:29:55Z-
dc.date.issued2011-02-28-
dc.identifier.citationCARDOSO, Jucelén Moraes. Dobraduras e desdobramentos do engenho literário em Machado de Assis: a representação do anormal. 2011. 142 f. Dissertação (Mestrado em Linguística, Letras e Artes) - Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2011.por
dc.identifier.urihttps://repositorio.ufu.br/handle/123456789/11822-
dc.description.abstractThis work investigates the elements that compose Quincas Borba, by Machado de Assis, as a critical work of the XIX century scientism. The criticism is made especially through Rubião‟s persona. Why did Rubião go mad? How was the scientific discourse inserted on literature reaching to the point of causing the criticism and what is the relationship between this criticism and the construction of the abnormal? These are the questions that introduce the problem and locate it in the sphere created by the relationship between the scientific and the literary discourse. Accordingly, we focus the abnormality representation and its relationship with a scientific discourse to identify the aspect (talent) behind the fable, something Foucault would call fiction. Our hypothesis is that the abnormality representation suggests voices crossing each other and a double face text in that it juxtaposes the scientific discourse to the madness. This ends up inserting the literary discourse in an atopy, characterized by the representation of the representation, which does not prevent us from relating literature and society. Accordingly, Michel Foucault‟s studies about the discursive constructions of madness and abnormality are extremely important. These constructions historically explains the normalization practice characterized by the capture of the madman from the dismissal of the subject. The bourgeois society emersion context helps us in that it reveals the book‟s production conditions. We try to demonstrate how the bourgeois normalized discourse shows up on the literary text and which are this appearance‟s implications in the shape of the madman in Rubião. Accordingly, introducing the theme, we divided this work in two main chapters: 1) we address O alienista, embematic tale in which Machado de Assis represents the madness as the manifestation of a normalized discourse about abnormality, the author demonstrates the XIX century bourgeois discourse origins about the madman, suggesting that what has made the notion of monomania is what encodes the madness in the interior of the morphologically scientific discourse, just like the psychiatry was, as danger, or even better, a range of social danger that, after that, was encoded as disease; 2) we analyze Quincas Borba, in three steps: i) we present a thought about the Humanitismo as a discursive formation, in which it seems to live the genesis of the abnormality thematic and the normalized discourse in Machado de Assis‟ work; in a certain way, it introduces and justifies the approximation we did between Machado de Assis‟ work and Foucoult‟s theory; ii) study about the discourse, pointing the relationships between Humanitas and Humanitismo, between abnormality and normalized discourse; we try to draw a historical profile, highlighting the Bourgeois Revolution, that allows the appearance of this concept in Machado‟s work; iii) study about the subject, analyzing the construction of the character Rubião as a madness symbol; we try to analyze the ficcional procedures starting from a foucaultian concept of representation. Finally, we consider about the palimpsest structure which demonstrates, like folds in the text, a discursive management, that is how Machado incorporates ironic and subtly the target of his criticism: the constitution of knowledge.eng
dc.formatapplication/pdfpor
dc.languageporpor
dc.publisherUniversidade Federal de Uberlândiapor
dc.rightsAcesso Abertopor
dc.subjectMachado de Assispor
dc.subjectQuincas Borbapor
dc.subjectDiscurso científicopor
dc.subjectAnormalidadepor
dc.subjectDiscurso literáriopor
dc.subjectScientific discourseeng
dc.subjectAbnormalityeng
dc.subjectLiterary discourseeng
dc.subjectLiteratura brasileira - História e críticapor
dc.subjectAssis, Machado de, 1839-1908. - Quincas Borba - Crítica e interpretaçãopor
dc.titleDobraduras e desdobramentos do engenho literário em Machado de Assis: a representação do anormalpor
dc.titleDobraduras e desdobramentos do engenho literário em Machado de Assis: a representação do anormalpor
dc.typeDissertaçãopor
dc.contributor.advisor1Gama-Khalil, Marisa Martins-
dc.contributor.advisor1Latteshttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4767829E0por
dc.contributor.referee1Fernandes, Cleudemar Alves-
dc.contributor.referee1Latteshttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4760599D6por
dc.contributor.referee2Nascimento, Lyslei de Souza-
dc.contributor.referee2Latteshttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4798997U7por
dc.creator.Latteshttp://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4205098Y0por
dc.description.degreenameMestre em Teoria Literáriapor
dc.description.resumoEste trabalho investiga os elementos que constituem Quincas Borba, de Machado de Assis, enquanto crítica ao cientificismo do século XIX, especialmente engendrada na persona de Rubião. Por que Rubião enlouqueceu? Como se deu a inserção do discurso científico na literatura a ponto de suscitar a crítica e qual a relação dessa crítica com a construção do anormal? São questões que introduzem o problema e o localizam na esfera de relação entre discurso científico e discurso literário. Nesse sentido, focalizamos a representação da anormalidade e sua relação com um discurso científico no sentido de identificar o aspecto (engenho) por trás da fábula, ao que Foucault chamaria de ficção. Nossa hipótese é de que a representação da anormalidade sugira o atravessamento de vozes e uma dupla face do texto na medida em que justapõe o discurso científico à loucura. Isso acaba inserindo o discurso literário em uma atopia, caracterizada pela representação da representação, o que não nos impede de relacionarmos literatura e sociedade. Nesse sentido, são imprescindíveis os estudos de Michel Foucault a respeito da construção discursiva da loucura e da anormalidade, construção que explica historicamente uma prática de normalização caracterizada pela captura do louco a partir da destituição do sujeito. O contexto de emersão da sociedade burguesa nos auxilia na medida em que revela as condições de produção da obra. Procuramos demonstrar como o discurso burguês de normalização se engendra no texto literário e quais as implicações desse engenho na configuração da persona do louco em Rubião. Nesse sentido, introduzido o tema, dividimos o trabalho em dois capítulos principais: 1) abordamos O alienista, emblemático conto no qual Machado de Assis representa a loucura enquanto manifestação de um discurso normalizador sobre a anormalidade, o autor demonstra as origens do discurso burguês do século XIX sobre o louco, sugerindo o que fez a noção de monomania codificar a loucura no interior do discurso morfologicamente médico, que era o da psiquiatria, como perigo, ou melhor, uma série de perigos sociais que, em seguida, codificaram-na como doença; 2) analisamos Quincas Borba, em três etapas: i) reflexão sobre o Humanitismo enquanto formação discursiva, no qual parece residir a gênese da temática da anormalidade e do discurso normalizador na obra de Machado de Assis; de certa forma, introduz e justifica a aproximação que fizemos da obra de Machado à teoria de Foucault; ii) estudo sobre o discurso apontando as relações entre Humanitas e Humanitismo, entre anormalidade e discurso normalizador; procuramos traçar um perfil histórico, evidenciando a Revolução Burguesa, que possibilita o aparecimento desse conceito na obra de Machado; iii) estudo sobre o sujeito analisando a construção do personagem Rubião enquanto símbolo da loucura; procuramos analisar os procedimentos ficcionais a partir de um conceito foucaultiano de representação. Por fim, refletimos sobre a estrutura em palimpsesto, que resguarda, ao modo de dobraduras no texto, um gerenciamento discursivo, que é a forma de Machado incorporar irônico e sutilmente o alvo de sua crítica a constituição do saber.por
dc.publisher.countryBRpor
dc.publisher.programPrograma de Pós-graduação em Letraspor
dc.subject.cnpqCNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRAS::TEORIA LITERARIApor
dc.publisher.departmentLinguística, Letras e Artespor
dc.publisher.initialsUFUpor
dc.orcid.putcode81765860-
Appears in Collections:DISSERTAÇÃO - Estudos Literários

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