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dc.creatorAraújo, Alan Duarte-
dc.date.accessioned2023-03-09T11:50:00Z-
dc.date.available2023-03-09T11:50:00Z-
dc.date.issued2023-02-16-
dc.identifier.citationARAÚJO, Alan Duarte. O real em fuga: negatividade e contingência como prolegômenos lógicos à suposta filosofia política de Hegel. 2023. 156 f. Dissertação (Mestrado em Filosofia) - Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2023. DOI https://doi.org/10.14393/ufu.di.2023.101.pt_BR
dc.identifier.urihttps://repositorio.ufu.br/handle/123456789/37473-
dc.description.abstractThis paper seeks to argue that the ontological notions of negativity and contingency act as logical prolegomena indispensable to the general understanding of the speculative philosophy of G.W.F. Hegel (1770-1831), particularly with regard to his writings on social-political issues. The aim is, therefore, to determine the speculative scope of these notions, which, although they do not figure in a precise place in the "grammar" of German Idealism, assume the central role of conceptual beacons that should be understood as a philosophical antechamber for the whole of his doctrine. Thus, negativity stands out as the touchstone of dialectics, in its Hegelian elaboration, which safeguards the critical potential of the underlined method, decentering and weakening concepts and representations hardened by the Understanding (Verstand). Contingency, in turn, assumes a more controversial role in his thought, whose method is not only dialectical, but also speculative, which implies that negation is not exhausted in itself, but engenders a positive and systematic totality, a pole in which chance and the other figures of contingency seem to be excluded a priori, in such a way that, for Hegel, philosophizing implies sustaining the idea that Reason (Vernunft), in its necessary unfolding, governs the world. The apparent disregard for contingency testifies to critics who argue that Hegelianism is afflicted with an insuperable panlogism, and as such is incapable of thinking through the issues concerning earthly reality. In other words, they determine that Hegel would despise the "logic of the thing" in preference to the "thing of logic", upholding a "logic applied" to concrete situations, in this respect, to speak of a Hegelian political philosophy would be nothing more than idealistic nonsense. In response to these questions, the following problem is raised, which guides this research: in speculative philosophy, is there room for a properly political reflection? And here, we conjecture that the solution to this imbroglio lies within the logical-ontological writings of the author, notably in his Science of Logic, even though this answer may seem contradictory. The apparent contradiction tends to dissipate if we follow the guiding thread of the research methodology, which is dialectics, whose goal is to enter into the "Thing itself" (die Sache selbst), not getting lost in opinions and unthinking assumptions, but weaving what the author calls immanent criticism of the works and concepts investigated. The immanence of criticism also justifies the relevance of this research, considering that a large number of critics and even Hegelian commentators tend to decompose his thought, focusing on parts of it, thus obliterating the logical totality of his writings, as well as the prominent role that the concept of contingency plays in his philosophy. Only by running the risk of becoming disoriented in the Gothic architectonics of speculation can we, in attention to the Hegelian grammar, safely assess his theoretical whole. We have chosen, then, to investigate his mature writings, which began after his stay in Iena (1801-1807), the moment when Hegelianism itself acquired its certificate of origin, not forgetting the help of commentators such as Gérard Lebrun (1930-1999), Slavoj Zizek (1949), and Domenico Losurdo (1941-2018), among others. These are the reasons why it is considered more appropriate to "suspend" the status of the supposed Hegelian political philosophy, avoiding making conclusive comments about it, until the research comes to an end and the problematic raised is clarified or dissipated.pt_BR
dc.description.sponsorshipCAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superiorpt_BR
dc.languageporpt_BR
dc.publisherUniversidade Federal de Uberlândiapt_BR
dc.rightsAcesso Abertopt_BR
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/3.0/us/*
dc.subjectDialética especulativapt_BR
dc.subjectFilosofia hegelianapt_BR
dc.subjectIdealismo Alemãopt_BR
dc.subjectSpeculative Dialecticspt_BR
dc.subjectHegelian Philosophypt_BR
dc.subjectGerman Idealismpt_BR
dc.titleO real em fuga: negatividade e contingência como prolegômenos lógicos à suposta filosofia política de Hegelpt_BR
dc.title.alternativeThe real's fuging: negativity and contingency as logical prolegomena to Hegel's supposed political philosophypt_BR
dc.typeDissertaçãopt_BR
dc.contributor.advisor1Militão, Maria Socorro Ramos-
dc.contributor.advisor1Latteshttp://lattes.cnpq.br/3419770881060459pt_BR
dc.contributor.referee1Guido, Humberto Aparecido de Oliveira-
dc.contributor.referee1Latteshttp://lattes.cnpq.br/5469230303400786pt_BR
dc.contributor.referee2Lobo, Rafael Haddock-
dc.contributor.referee2Latteshttp://lattes.cnpq.br/5393663349640485pt_BR
dc.creator.Latteshttp://lattes.cnpq.br/6883425576717133pt_BR
dc.description.degreenameDissertação (Mestrado)pt_BR
dc.description.resumoO presente trabalho busca sustentar que as noções ontológicas de negatividade e contingência atuam como prolegômenos lógicos imprescindíveis para a intelecção geral da filosofia especulativa de G.W.F. Hegel (1770-1831), sobremaneira no tocante aos seus escritos que versam sobre questões político-sociais. Objetiva-se, por conseguinte, determinar o alcance especulativo destas noções, as quais, embora não figurem em um lugar preciso na “gramática” do Idealismo Alemão, assumem o encargo fulcral de balizadores conceituais, que devem ser entendidos como antecâmara filosófica para o conjunto da sua doutrina. Destaca-se, pois, a negatividade como a pedra de toque da dialética, na sua elaboração hegeliana, que resguarda o potencial crítico do método sublinhado, descentrando e fragilizando conceitos e representações enrijecidas pelo Entendimento (Verstand). A contingência, por sua vez, assume um papel mais controverso no seu pensamento, cujo método não é apenas dialético, mas, igualmente, especulativo, o que implica que a negação não se esgota nela mesma, mas engendra uma totalidade positiva e sistemática, polo em que o acaso e as demais figuras da contingência parecem serem excluídas a priori, de tal maneira que, para Hegel, o filosofar implica sustentar a ideia de que a Razão (Vernunft), em seu desdobrar necessário, governa o mundo. O aparente desprezo pela contingência depõe a favor de críticas que defendem que o hegelianismo está afetado de um insuperável panlogismo, e, como tal, é incapaz de pensar as questões concernentes à realidade terrena. Em outras palavras, determinam que Hegel desprezaria a “lógica da coisa” em detrimento da “coisa da lógica”, sustentando uma “lógica aplicada” às situações concretas, nesse aspecto, falar de uma filosofia política hegeliana nada mais seria que um disparate idealista. Em atenção a estes questionamentos, erige-se a seguinte problemática, orientadora da pesquisa: na filosofia especulativa, há margem para uma reflexão propriamente política? E aqui, conjectura-se que a solução deste imbróglio reside no interior dos escritos lógico-ontológicos do autor, notadamente na sua Ciência da Lógica, por mais que essa resposta possa parecer contraditória. A aparente contradição tende a se dissipar, caso percorramos o fio condutor da metodologia da pesquisa, qual seja, a dialética, cuja meta é a de adentrar na “Coisa mesma” (die Sache selbst), não se perdendo em opiniões e pressupostos imponderados, porém, tecendo o que o autor denomina crítica imanente das obras e dos conceitos investigados. Imanência da crítica que, igualmente, justifica a relevância da pesquisa, tendo em vista que ampla parcela dos críticos e, até mesmo, dos comentadores hegelianos tendem a decompor o seu pensamento, centrando-se em parcelas do mesmo, obliterando, por isso, a totalidade lógica de seus escritos, bem como o papel de destaque que o conceito de contingência desempenha na sua filosofia. Somente ao correr o risco de se desorientar na arquitetônica gótica da especulação é que podemos, em atenção à gramática hegeliana, avaliar com segurança o seu conjunto teórico. Optou-se, então, por perquirir os seus escritos de maturidade, gestados a partir de sua estadia em Iena (1801-1807), momento em que o hegelianismo propriamente dito adquire sua certidão de origem, não esquecendo, nesse tocante, o auxílio de comentadores como Gérard Lebrun (1930-1999), Slavoj Zizek (1949) e Domenico Losurdo (1941-2018), entre outros. Estas são as razões pelas quais se entende ser mais apropriado “suspender” o estatuto da suposta filosofia política hegeliana, evitando tecer comentários conclusivos a seu respeito, até que a pesquisa chegue ao seu término e a problemática levantada seja esclarecida ou dissipada.pt_BR
dc.publisher.countryBrasilpt_BR
dc.publisher.programPrograma de Pós-graduação em Filosofiapt_BR
dc.sizeorduration156pt_BR
dc.subject.cnpqCNPQ::CIENCIAS HUMANAS::FILOSOFIA::METAFISICApt_BR
dc.identifier.doihttps://doi.org/10.14393/ufu.di.2023.101pt_BR
dc.orcid.putcode130546657-
dc.crossref.doibatchidbce8a55e-d136-42fe-86b5-e19f1b67d5c6-
dc.subject.autorizadoFilosofiapt_BR
dc.subject.autorizadoDialéticapt_BR
dc.subject.autorizadoHegel, Georg Wilhelm Friedrich, 1770-1831 - Crítica e interpretaçãopt_BR
dc.subject.autorizadoFilosofia políticapt_BR
Appears in Collections:DISSERTAÇÃO - Filosofia

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