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UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLANDIA - UFU 
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE - PPGCS 
MESTRADO PROFISSIONAL 
LETÍCIA DE QUEIROZ MARTINS 
 
 
 
 
 
 
“EFEITOS DE DUAS TÉCNICAS DE FISIOTERAPIA NAS 
TROCAS GASOSAS E MECÂNICA RESPIRATÓRIA EM 
CRIANÇAS COM INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA: 
ESTUDO RANDOMIZADO” 
 
 
 
 
 
 
 
 
Uberlândia 
2013 
 
  
 
 
LETÍCIA DE QUEIROZ MARTINS 
 
 
 
“EFEITOS DE DUAS TÉCNICAS DE FISIOTERAPIA NAS 
TROCAS GASOSAS E MECÂNICA RESPIRATÓRIA EM 
CRIANÇAS COM INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA: 
ESTUDO RANDOMIZADO” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
UBERLANDIA  
2013 
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-
Graduação da Faculdade de Medicina da 
Universidade Federal de Uberlândia, como parte 
dos requisitos para obtenção do título de Mestre 
em Ciências da Saúde – Mestrado Profissional. 
Área de Concentração: Fisioterapia em Terapia 
Intensiva Pediátrica  
 
Orientadora: Profª.Drª. Célia Regina Lopes 
Co-orientador: Prof.Dr. Orlando César Mantese 
  
 
 
LETÍCIA DE QUEIROZ MARTINS 
 
 
 
“EFEITOS DE DUAS TÉCNICAS DE FISIOTERAPIA NAS 
TROCAS GASOSAS E MECÂNICA RESPIRATÓRIA EM 
CRIANÇAS COM INSUFICIÊNCIA RESPIRATÓRIA: 
ESTUDO RANDOMIZADO” 
 
 
 
 
 
 
 
Uberlândia 18, fevereiro de 2013 
Banca Examinadora 
 
_______________________________ 
Profª. Drª. Célia Regina Lopes 
Universidade Federal de Uberlândia - UFU 
 
_______________________________ 
Drª. Lílian Rodrigues Abreu 
Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia - HCUFU 
 
_______________________________ 
Drª. Márica Souza Volpe 
Universidade Federal de Uberaba - UFTM 
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-
Graduação da Faculdade de Medicina da 
Universidade Federal de Uberlândia, como parte 
dos requisitos para obtenção do título de Mestre 
em Ciências da Saúde – Mestrado Profissional. 
Área de Concentração: Fisioterapia em Pediatria  
 
Orientadora: Profª. Drª. Célia Regina Lopes 
Co-orientador: Prof.Dr. Orlando César Mantese 
  
 
 
 
Dedico a dissertação a Deus por me guiar e me dar forças para 
vencer etapas, superar as dificuldades e concluir esse estudo. 
Aos meus pais Juvêncio e Aidê por acreditarem no meu 
trabalho e apoiá-lo sempre! 
 
  
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
A minha orientadora Profª. Dr. Célia Regina Lopes no auxílio às dificuldades, por toda a 
paciência e incentivo para que eu aprenda a trilhar os meus próprios caminhos e desenvolva 
independência.  
A Lívia Mara Tannús Freitas e Suzi Laine Longo dos Santos Bacci, Fisioterapeutas da 
UTI Pediátrica, e a Drª. Lílian Rodrigues Abreu, Fisioterapeuta da UTI Neonatal por todo 
apoio moral, técnico e científico essenciais em várias etapas da pesquisa.  
A toda equipe de médicos, enfermeiras e técnicas de enfermagem da UTI Pediátrica que 
concedeu o espaço e auxiliou em várias etapas da pesquisa, em especial a Dr. Aglai Arantes 
e Dr. Orlando César Mantese que incentivou e viabilizou a realização da pesquisa. 
Ao Prof. Dr. Lúcio Borges de Araújo, estatístico da Faculdade de Matemática da UFU, sua 
atenção, sua paciência e sua agilidade em atender a todos os meus pedidos foram 
indispensáveis.  
Aos meus colegas de residência da Saúde da Criança que me deram apoio e me auxiliaram 
em todos os momentos que eu precisei. 
Às crianças e seus responsáveis pela participação na pesquisa, sem elas não seria possível a 
sua realização. 
Ao meu noivo Thiago Montes Fidale por sua compreensão às horas que dediquei a essa 
pesquisa e me ausentei de vários momentos ao seu lado. A sua paciência e aos seus bons 
conselhos nos momentos mais difíceis 
 
 
 
 
  
 
 
Efeitos de duas técnicas de fisioterapia nas trocas gasosas e mecânica respiratória em 
crianças com insuficiência respiratória: estudo randomizado 
RESUMO 
Crianças são particularmente sensíveis ao desenvolvimento da insuficiência 
respiratória aguda e a utilização da ventilação mecânica invasiva pode levar a complicações 
respiratórias com acúmulo de secreção, nas quais a fisioterapia tem como objetivo minimizá-
las por meio das manobras de higiene brônquica. Os efeitos dessas manobras são pouco 
conhecidos na população pediátrica e estudos são necessários para apontar respostas às 
freqüentes questões: as manobras de fisioterapia respiratória promovem modificações na 
mecânica respiratória das crianças? Existe superioridade nos efeitos de uma técnica sobre a 
outra? Foi desenvolvido um ensaio clínico prospectivo randomizado e avaliadas doze crianças 
com idade 31,17 ± 17,28 meses, randomizadas em dois grupos, seis no grupo Bag 
Squeezing (BS) e seis no grupo Vibrocompressão Torácia (VCT). A manobra BS utilizou dez 
manobras de hiperinsuflação manual intercaladas com dez manobras de vibrocompressão 
seguido de aspiração traqueal. Para a manobra VCT aplicaram-se dez manobras de 
vibrocompressão em cada decúbito lateral seguido de aspiração. As variáveis foram 
analisadas nos momentos pré e pós, 30,60 e 120 min. Para análise estatística foi utilizado 
teste T Student para as análises intragrupos e Anova para as análises intergrupos. A análise 
estatística demonstrou que os grupos foram homogêneos. Houve elevação do CO2 exalado no 
grupo VCT no momento pós-manobra (p=0,00) quando comparados com os momentos pré, 
30, 60 e 120 min.  As demais variáveis respiratórias se comportaram de forma semelhante não 
apresentado diferenças inter ou intragrupo.  Quando comparadas as técnicas BS e VCT foram 
encontrados maiores valores de Ppico (95% IC 0,33 a 5,80; p=0,02) e Peei (95% IC 0,08 a 
1,06; p =0,02) no grupo BS. A resistência apresentou maiores valores no grupo VCT (95% IC 
-22,03 a -1.63; p =0,02) nos momentos pós manobra. A complacência estática permaneceu 
estável ou apresentou melhora em 83,33% das crianças submetidas à manobra BS. Portanto, a 
manobra VCT apresentou maiores valores de resistência do sistema respiratório e a manobra 
BS melhor resposta em outras variáveis de mecânica respiratória. Registro de Ensaio Clinico: 
NCT01747954 
  
Palavras-chave: Insuficiência Respiratória, Fisioterapia Respiratória, Mecânica Respiratória 
e Criança. 
  
 
 
Effects of two techniques of physiotherapy on gas exchange and respiratory mechanics 
in children with respiratory failure: clinical trial study 
 
ABSTRACT 
  
Children are particularly susceptible to the development of acute respiratory failure and the 
use of invasive mechanical ventilation can lead to respiratory complications with the 
accumulation of secretions. Physiotherapy aims to minimize these accumulations through 
bronchial hygiene maneuvers. The effects of these maneuvers are little known in the pediatric 
population and studies are needed to give answers to the following frequent questions: Do the 
respiratory physiotherapy maneuvers promote changes in respiratory mechanics of children? 
Is there any superiority of the effects of one technique over the other? We developed a 
randomized prospective clinical study and evaluated twelve children aged 31.17 ± 17.28 
months, randomized into two groups: six in the Bag Squeezing group (BS) and six in thoracic 
vibrocompression group (TVC). The BS maneuver comprised ten manual hyperinflation 
maneuvers interspersed with ten vibrocompression maneuvers followed by tracheal 
aspiration. For the VCT maneuver, we applied ten vibrocompression maneuvers in each 
lateral position followed by aspiration. The variables were analyzed in the moments before 
and after 30, 60 and 120 min. For statistical analysis, the T-Student test for intra group 
analysis and ANOVA for inter group analysis. Statistical analysis showed that the groups 
were homogeneous. There was increased exhaled CO2 in the VCT group in the post-
maneuver moment (p = 0.00) when compared to the pre, 30, 60 and 120 min moments. The 
other respiratory variables behaved similarly not showing inter or intra group differences. 
Comparing the BS and VCT techniques, we found higher values of PIP (95% CI 0.33 to 5.80, 
p = 0.02) and Peep (95% CI 0:08 to 1:06, p = 0.02) in the BS group. The VCT group showed 
higher resistance values (95% CI -22.03 to -1.63, p = 0.02) in the post maneuver moments. 
Static compliance remained stable or showed improvement in 83.33% of children undergoing 
the BS maneuver.Therefore, the VCT maneuver showed higher resistance values in the 
respiratory system and the BS maneuver showed the best response in other variables of 
respiratory mechanics. Clinic Testing Registration: NCT01747954 
 
  
 
Keywords: Respiratory Failure, Respiratory Therapy, Respiratory Mechanics and Child. 
 
 
 
  
 
 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
 
Figura 1 – Foto ilustrativa da manobra Bag Squeezing .............................................24 
Figura 2 - Método para aferir a pressão de insuflação manual .................................25 
Figura 3 – Foto ilustrativa da manobra Vibrocompressão Torácica .........................25 
Figura 4 – Foto ilustrativa da aspiração da aspiração da COT .................................25 
Figura 5 – Delineamento do estudo e fluxo dos participantes no ensaio clínico ......25 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
  
 
 
LISTA DE TABELAS 
Tabela 1.  Caracterização da Amostra .....................................................................................27 
Tabela 2. Característica dos diagnósticos encontrados ............................................................28  
Tabela 3. Comportamento das variáveis de ventilação e Oxigenação intragrupo em relação ao 
tempo e comparações intergrupo .............................................................................................29 
Tabela 4. Comportamento da Mecânica Respiratória intragrupo e comparação intergrupo em 
relação ao tempo ......................................................................................................................30 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
  
 
 
LISTA DE ABREVEATURAS E SIGLAS 
 
AFE – Aumento do Fluxo Expiratório 
BS - Bag Squeezing 
Cdy – Complacência Dinâmica 
COT - Cânula Orotraqueal 
Cst – Complacência Estática 
CTM - Compressão Torácica Manual  
DP - Drenagem Postural 
ELPr - Expiração Lenta Prolongada   
EtCO2 – Gás Carbônico Exalado 
f – Frequencia Respiratória 
FiO2 – Fração Inspirada de Oxigênio 
HM - Hiperinsuflação Manual 
IC – Intervalo de Confiança 
IRpA - Insuficiência Respiratória Aguda 
PaCO2 - Pressão Parcial de Gás Carbônico 
PaO2 -  Pressão Parcial de Oxigênio 
PAV – Pneumonia Associada à Ventilação Mecânica 
PEF – Pico de Fluxo Expiratório 
Peep – Pressão Expiratória Positiva Final 
Peepi - Pressão Expiratória Positiva Final Intrínseca 
PIF – Pico de Fluxo Inspiratório 
Ppico – Pressão de Pico 
Pplatô – Pressão Platô 
PmVa- Pressão Média das Vias Aéreas  
Rst – Resistência de Vias Aéreas 
SpO2 – Saturação Periférica de Oxigênio 
VCT - Vibrocompressão Torácica 
VCexal – Volume Corrente exalado 
VM – Ventilação Mecânica 
VMI – Ventilação Pulmonar Mecânica Invasiva 
Vmin – Volume Minuto 
  
 
 
SUMÁRIO 
1.0 INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................... 12 
1.1 Insuficiência Respiratória ....................................................................................................... 12 
1.2 Particularidades da Criança ..................................................................................................... 13 
1.3 Fisioterapia em Terapia Intensiva ............................................................................................ 15 
1.4. Manobras de Hiperinsuflação Manual e Bag Squeezing ............................................................ 17 
2.0 JUSTIFICATIVA ............................................................................................................................................ 19 
3.0 OBJETIVOS .................................................................................................................................................... 20 
3.1 Objetivo Geral ....................................................................................................................... 20 
3.2 Objetivos Específicos ............................................................................................................. 20 
4.0 MATERIAIS E MÉTODOS ............................................................................................................................ 21 
4.1 Amostra e local do estudo ....................................................................................................... 21 
4.2 Critérios de inclusão .............................................................................................................. 21 
4.3 Critérios de não inclusão e exclusão ........................................................................................ 21 
4.4 Delineamento do Estudo ......................................................................................................... 22 
4.4.1 Intervenção ............................................................................................................ 23 
4.4.2 Grupo Bag Squeezing (BS) ...................................................................................... 23 
4.4.3 Grupo Vibrocompressão Torácica (VCT) ................................................................. 24 
4.5 Análises Estatísticas ............................................................................................................... 26 
5.0 RESULTADOS ............................................................................................................................................... 27 
5.1 Caracterização da Amostra ..................................................................................................... 27 
5.2 Ventilação e Trocas Gasosas ................................................................................................... 28 
5.3 Mecânica Respiratória ............................................................................................................ 29 
6.0 DISCUSSÃO ................................................................................................................................................... 31 
6.1. Ventilação e Trocas Gasosas .................................................................................................. 31 
6.2 Manobra Bag Squeezing (BS) ................................................................................................. 33 
6.3 Complacência Dinâmica e Estática .......................................................................................... 33 
6.4 Resistência do Sistema Respiratório ........................................................................................ 34 
7.0 LIMITAÇÕES DO ESTUDO ......................................................................................................................... 36 
8.0 CONCLUSÃO ................................................................................................................................................. 37 
9. 0 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS ........................................................................................................... 38 
APÊNDICE 1. TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE) ................................. 43 
APÊNDICE 2. FICHA DE AVALIAÇÃO E COLETA DE DADOS ............................................................ 44 
ANEXO 1. PROTOCOLO DE APROVAÇÃO NO CEP ............................................................................. 46 
ANEXO 2. REGISTRO DO ENSAIO CLÍNICO ........................................................................................ 47 
ANEXO 3. AUTORIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO ..................................................................................... 50 
 
12 
 
1.0 INTRODUÇÃO 
 
1.1 Insuficiência Respiratória 
 
Uma das principais causas de parada cardiorrespiratória em crianças, tanto no ambiente pré-
hospitalar quanto hospitalar é a insuficiência respiratória. Aproximadamente 2/3 dos casos de 
insuficiência respiratória aguda (IRpA) acontecem no primeiro ano de vida (MATSUNO, 2012).  
A IRpA é definida como a incapacidade de o sistema respiratório manter as trocas gasosas 
adequadas e suprir as necessidades metabólicas, levando a uma incompatibilidade entre o 
consumo de oxigênio e a produção de gás carbônico, que pode ocasionar níveis inadequados dos 
valores da pressão arterial de oxigênio (PaO2) e/ou da pressão arterial de gás carbônico (PaCO2) 
(PÁDUA et al, 2003). 
Segundo Barbosa (2010) em termos fisiopatológicos, existe insuficiência respiratória quando 
o organismo não consegue manter os níveis normais de PaO2 quando se respira em ar ambiente. 
Portanto do ponto de vista gasométrico, a IRpA pode ser definida como a presença de hipoxemia 
(PaO2 < 60mmHg ou SpO2 < 92% quando o paciente está respirando em ar ambiente 
independente do nível da PaCO2 que pode estar normal ou não. Critérios gasométricos clássicos, 
definindo IRpA como a presença de PaO2 < 50 mmHg sob uma FiO2 de 60%, PaCO2 > 50 
mmHg e pH < 7,25, são na verdade indicadores de IRpA grave, descompensada, que necessita de 
ventilação pulmonar mecânica invasiva (VMI) ou não invasiva.  
A IRpA é classificada em tipo I (hipoxêmica) e tipo II (hipercápnica). Na IRpA tipo I, os 
vasos, os alvéolos e o interstício pulmonar são acometidos e por isso também é conhecida como 
insuficiência alveolocapilar, no qual ocorrem distúrbios na relação ventilação-perfusão (V/Q) e 
consequentemente baixos valores de pressão parcial de oxigênio (PaO2) no sangue com pressão 
parcial de gás carbônico (PaCO2) normal ou reduzida. As doenças primárias que frequentemente 
cursam com insuficiência respiratória na infância são pneumonias extensas, asma grave, 
atelectasias, quase afogamento, pneumotórax entre outros. Já na IRpA tipo II ocorre falência 
ventilatória com elevação da PaCO2  que pode ou não estar acompanhada de hipoxemia. Ocorrem 
principalmente em doenças neuromusculares, fadiga muscular e doenças que acometem o 
sistema nervoso central.  Quando a disfunção respiratória é grave pode ocorrer o tipo I de IRpA 
em associação com o tipo II devido à elevação do trabalho respiratório. Para diferenciá-las pode 
ser utilizado o cálculo do gradiente alvéolo arterial de oxigênio. Desse modo, a hipoxemia com 
13 
 
 
 
gradiente aumentado irá apontar para disfunção alveolocapilar (IRpA Tipo I) e hipoxemia 
associado a um gradiente normal indica hipoventilação alveolar (IRpA tipo II) (PIVA et al, 1998; 
PÁDUA et al, 2003). 
Os pacientes com IRpA que necessitam de suporte ventilatório invasivo possuem produção 
aumentada de muco e comprometimento do transporte mucociliar; características que conduzem 
ao risco aumentado de retenção desse muco com desenvolvimento de infecção pulmonar e 
atelectasia obstrutiva (LEMES et al 2009).  A presença persistente da secreção nas vias aéreas 
proprociona condições favoráveis para os organismos colonizadores se desenvolverem, 
resultando em pneumonia (FAHY e DICKEY, 2010). 
Segundo Balachandran et al (2005) e Schechter (2007), diversas doenças da infância 
apresentam excessivo acúmulo de secreções ou diminuição da capacidade de depurar 
quantidades normais de secreções das vias aéreas e podem levar a IRpA. 
 
1.2 Particularidades da Criança 
 
As crianças são particularmente propensas a desenvolver insuficiência respiratória, pois 
existem diversos fatores inter-relacionados que favorecem essa evolução, como as 
particularidades anatômicas, as características fisiológicas e imunológicas (LEVY e HELFAER, 
2000; AMERICAN HEART ASSOCIATION, 2002).   
Diversos autores como, Piva (1998); Schechter (2007); Saffer et al (2012) e Matsuno (2012) 
descrevem as principais particularidades que torna a criança pequena (menor de 5 anos) mais 
susceptível ao desenvolvimento de IRpA são:   
a) A respiração é predominantemente nasal até o 6º mês de idade, assim, obstruções das vias 
aéreas superiores podem causar desconforto respiratório importante e crises de apnéia. 
b) A língua dos lactentes é maior em relação à orofaringe e preenche grande parte da cavidade 
oral favorecendo a obstrução das vias aéreas superiores nas situações de perda de tônus 
muscular associado à epiglote mais alongada e flácida do que a epiglote do adulto onde é 
projetada a parte posterior da língua estreitando a retrofaringe e aumentando a resistência ao 
fluxo aéreo.  
c) A laringe assume a forma de funil, devido ao tamanho relativamente menor da cartilagem 
crinóide em relação à cartilagem tireóide. Consequentemente, doenças que acometem a 
14 
 
 
 
região subglótica, podem resultar em aumento importante da resistência ao fluxo de ar n 
particularmente em crianças mais jovens desencadeando a IRpA. 
d) O diâmetro pequeno das vias aéreas produz uma maior tendência à obstrução, assim, um 
pequeno acúmulo de secreção nos lactentes promove redução na secção transversal das vias 
aéreas clinicamente significativas resultando em aumento da resistência e do trabalho 
respiratório. 
e)  O suporte cartilaginoso bronquial é menor e mais complacente tornando-se mais suscetível 
ao colapso dinâmico durante a inspiração, na presença de obstrução das vias aéreas. 
f) A caixa torácica, diferente do adulto, possui costelas horizontalizadas e aumento do diâmetro 
ântero-posterior em relação ao diâmetro transverso que conferem desvantagem na mecânica 
respiratória com diminuição dos movimentos das costelas e menor apoio costal para os 
músculos respiratórios.   
g) A inserção do diafragma das crianças é mais horizontal e elevada o que também contribui 
para a desvantagem mecânica resultando em menor contração diafragmática na inspiração e 
limitação da expansibilidade da caixa torácica.  
h)  A consistência cartilaginosa dos ossos que compõe o tórax e o menor desenvolvimento da 
musculatura respiratória o que determina uma complacência da caixa torácica infantil mais 
elevada quando comparada aos adultos.  Essa complacência elevada resulta na necessidade 
de maior esforço inspiratório para geração de volume corrente adequado.  Como a função 
muscular intercostal e diafragmática não totalmente amadurecidas por possuírem menores 
quantidades de fibras do tipo I, as crianças desenvolvem com mais facilidade fadiga e 
exaustão. 
i) O consumo de oxigênio e as exigências metabólicas de uma criança são mais elevadas 
mesmo com uma estrutura mecânica e fisiológica menos desenvolvida. Nos adultos o 
consumo de oxigênio é aproximadamente 4 mL/kg/min enquanto nas crianças esse consumo 
eleva-se 6 e 8 mL/kg/min.  
j)  Os pulmões ainda em desenvolvimento possuem menor superfície de trocas gasosas com 
menor número de alvéolos e a capacidade residual funcional é menor o que determina 
menores reservas de oxigênio e maior probabilidade de desenvolver hipoxemia e hipóxia 
tissular mais rapidamente.  
15 
 
 
 
k)  A ventilação colateral por meio dos canais de Lambert e Poros de Kohn são pobremente 
desenvolvidos e predispõe a formação de atelectasias. Com menos elastina, os pulmões das 
crianças pequenas possuem recolhimento elástico reduzido.  
l)  Em associação com todos esses fatores a criança ainda com o sistema imunológico frágil e 
em desenvolvimento estando pouco protegida contra o surgimento de infecções oportunistas, 
pneumonias comunitárias graves e PAV.  
 Essas diferenças anatômicas e fisiológicas contribuem para uma baixa capacidade de 
compensação e adaptação dos lactentes frente a um agravo infeccioso. Como segundo Von 
Mutius (2001) as doenças respiratórias são uma das principais causas de morbidade e 
mortalidade em crianças abaixo de cinco anos de idade no mundo, toda a equipe de saúde 
incluindo a fisioterapia se mobiliza para desenvolver estratégias e cuidados que visam minimizar 
as complicações respiratórias e consequentemente a morbidade e mortalidade dessa faixa etária.  
 
1.3 Fisioterapia em Terapia Intensiva 
 
Com o freqüente avanço tecnológico em saúde, a atuação da fisioterapia em UTI’s tem 
crescido nos últimos anos. Particularmente em UTI’s Pediátricas e Neonatal a atuação de 
profissionais especialistas é recente no Brasil, com difusão dos cursos e treinamentos nessas 
áreas principalmente a partir do ano 2000 (JOHNSTON et al, 2012). 
Com o uso de melhor tecnologia para tratamento de doenças e condições cada vez mais 
graves a utilização da ventilação mecânica, a gravidade das doenças e complicações bem como 
as morbidades associadas, tem requerido cada vez mais o Fisioterapeuta para gestão dos 
cuidados com a ventilação, via aérea artificial, desmame e reabilitação.   
A utilização da ventilação mecânica invasiva (VMI) consiste em um método de suporte 
de pressão positiva nas vias aéreas através de tubo endotraqueal para o tratamento de pacientes 
com IRpA ou crônica agudizada (MAZULLO et al, 2012).  
As crianças com disfunção respiratória são caracterizadas por suas particularidades 
anatômicas e fisiológicas, tipo de doença subjacente, mecânica respiratória alterada, disfunção 
mucociliar, distúrbios da ventilação/perfusão e conseqüentemente possuem maiores riscos em 
desenvolver retenção de secreção, atelectasias e pneumonia associada à ventilação mecânica 
(PAV) (BERNEY, HAINES e DENEHY, 2012).  Estudos têm demonstrado efeitos positivos das 
técnicas de fisioterapia respiratória nessas complicações. Esses achados podem estar 
16 
 
 
 
relacionados à melhora da mecânica respiratória traduzidos por aumento complacência pulmonar 
e diminuição da resistência do sistema respiratório (CLINI e AMBRÓSINO, 2005). 
Deste modo, a gestão dessas complicações pulmonares requer cuidados 
multiprofissionais incluindo o Fisioterapeuta que possui foco principal no controle das 
complicações pulmonares, reintubação e reabilitação da criança gravemente enferma (BERNEY, 
KIMBERLEY HAINES e DENEHY, 2012).   
A intervenção Fisioterapêutica em pediatria e neonatologia nos casos de IRpA e VMI 
consistem na aplicação de técnicas manuais, instrumentais e cinéticas, que podem ser aplicadas 
de forma isolada ou associadas. São alguns exemplos a compressão torácica manual (CTM), 
drenagem postural (DP), manobras oscilatórias ou vibrocompressão torácica (VCT), manobras 
de aumento e/ou direcionamento de fluxo expiratório como as técnicas de expiração lenta 
prolongada (ELPr) ou de aumento do fluxo expiratório (AFE),  aspiração traqueal entre outras 
(JOHNSTON, ZANETTI E SILVA, 2010; STILLER, 2000) 
Em cuidados intensivos a utilização de pressão positiva como manobra desobstrutiva e 
reexpansiva inclui a hiperinsuflação manual (HM) e a hiperinsuflação mecânica utilizando o 
respirador. A HM associada à vibrocompressão torácica, conhecida como Bag Squeezing (BS), 
tem sido utilizada por fisioterapeutas para aumentar a oxigenação, mobilizar secreções 
brônquicas e expansão de áreas atelectasiadas (BERNEY E DENEHY 2002; BERNEY et al 
2004; CHOI 2005; HODGSON et al 2007; BLATTNER et al 2008; JOHNSTON et al, 2012). 
A vibrocompressão torácica utiliza a compressão associado à vibração da parede do 
tórax. A manobra envolve a produção de movimentos oscilatórios e rápidos realizados durante a 
expiração que visam aumentar o fluxo expiratório e o clearance de secreção pulmonar 
(MCCAREN, ALLISON e HERBERT, 2006). A adição dessa manobra durante a 
hiperinsuflação manual (Bag Squeezing) não possui o objetivo de aumentar ou potencializar a 
resolução de atelectasias e sim promover aumento da higiene brônquica, uma vez que a manobra 
combinada com o posicionamento foi associada à redução de PAV em 27% 
(NTOUMENOPOULOS et al, 2002).   
Recentemente foi publicado a I Recomendação Brasileira de Fisioterapia Respiratória em 
Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica e Neonatal e após extensa revisão na literatura nacional 
e internacional os autores concluíram que é recomenda a aplicação da HM com bolsa auto-
inflável e de suas combinações em neonatologia e pediatria para a reexpansão pulmonar e 
higiene brônquica, contudo, a recomendação concluiu que ainda é necessário estipular um 
protocolo de aplicação da HM de acordo com cada situação clínica, determinando-se o volume 
17 
 
 
 
de ar, pressão de pico a ser utilizada, os picos de fluxos inspiratório e expiratório (PFI e PFE), o 
tempo e sua frequência de aplicação bem como a utilização de válvula de PEEP (JOHNSTON et 
al, 2012). 
 
1.4. Manobras de Hiperinsuflação Manual e Bag Squeezing  
 
A hiperinflação ou hiperinsuflação manual (HM) tem sido comumente usada por 
fisioterapeutas no tratamento da retenção de secreções e colapso alveolares desde 1970 
(BERNEY, HAINES e DENEHY, 2012).   
A associação da hiperinsuflação manual às manobras de vibrocompressão torácica, o Bag 
Squeezing ou Bagging tem como objetivo aumentar a ventilação alveolar e a oxigenação, 
mobilizar secreções brônquicas, reverter áreas colapsadas, além de melhorar a complacência 
estática de pacientes adultos (LOBO et al, 2010; BERNEY, HAINES e DENEHY 2012). 
A manobra consiste na utilização de uma bolsa inflável (Ambú®) para realização da 
hiperinsuflação associadas às técnicas de vibração e compressão torácicas. Durante a fase 
inspiratória da manobra a bolsa auto-inflável deve ser liberada subitamente e iniciada, 
simultaneamente, a vibração manual da caixa torácica até o final da expiração, seguido de 
aspiração da cânula orotraqueal (COT). A instilação de soro fisiológico pode ser utilizada para 
auxílio na remoção de secreções (DENEHY, 1999).  Como manobra de reexpanção pulmonar, as 
insuflações manuais devem ser mantidas em torno de dois a três segundos durante a inspiração 
em cada insuflação manual (PRESTO & PRESTO, 2003). 
A insuflação dos pulmões pode ser realizada com 5cmH2O acima do pico de pressão ins-
piratória utilizada durante a VMI, contudo, o uso de manômetro de pressão ente a COT e a bolsa 
de insuflação manual é importante para identificar a pressão de insuflação bem como garantir a 
segurança durante a aplicação da manobra (ABREU et al, 2007). 
Para ocorrer aumento da depuração de secreções com a manobra BS também é necessário 
um pico de fluxo expiratório (PFE) suficientemente elevado para mobilizar secreção e prevenir a 
PAV (SAVIAN, CHAN e PARATZ, 2005). Estudos demonstraram que o PFE deve ser  10 a 
15%  maior que o fluxo inspiratório  (PFI) para atingir uma velocidade superior a 1000 
cm/segundo para mover secreções pulmonares. A interpretação e síntese de resultados de estudos 
examinando os efeitos de HM têm sido limitadas pelas diferenças na definição, dosagem, a 
técnica e, (BERNEY, KIMBERLEY HAINES e DENEHY, 2012) 
18 
 
 
 
 A utilização do PFE mais elevado que o PFI se justifica pela redução das pressões 
alveolar e atmosférica durante a interação gás-líquido (SAVIAN, CHAN e PARATZ, 2005). 
Segundo Oliveira et al (2012),  PFE deve ser no mínimo 10% maior que o PFI  para ser capaz de  
melhorar a limpeza das secreções. 
Um dos fatores hipotéticos que influenciam nesssa diminuição de pressão é o nivel de 
pressão expiratória positiva final (PEEP). Altos níveis de PEEP pode diminuir o gradiente de 
pressão alvéolo-atmosferica e, consequentemente, diminuir a taxa de fluxo expiratório, tornando 
ineficaz a HM como uma manobra de higiene bronquica (SAVIAN, CHAN e PARATZ, 2005) 
A manobra BS envolve a desconexão do paciente do ventilador e pode produzir alguns 
efeitos secundários, logo, a aplicação de pressão positiva nas vias aéreas ou de elevado volume 
corrente pode ser perigosa, especialmente para o pulmão do paciente pediátrico e neonatal 
(OLIVEIRA et al, 2012). 
Diretrizes para o desempenho dessa manobra são inexistentes, no entanto, há 
recomendações para a melhor prática em adultos (PAULUS et al, 2009; OLIVEIRA et al, 2012). 
Diante da ausência de protocolos em pediatria as recomendações utilizadas são as mesmas. 
Embora não haja recomendações específicas para pacientes pediátricos sobre o modo de realizar 
a manobra, ainda sim, a sua realização parece ser segura. Um estudo comparou a realização da 
HM por fisioterapeutas pediátricos experientes e fisioterapeutas inexperientes e concluiu que a 
HM foi realizada com segurança por ambos os grupos. Profissionais experientes foram capazes 
de produzir maior PIF que os profissionais inexperientes e que as características físicas do 
operador não são preditores de adequado desempenho na ventilação (OLIVEIRA et al, 2012).   
Paulus et al (2012) realizaram uma revisão sistemática sobre a manobra de HM e/ou BS e 
demonstrou que os estudos são realizados em populações heterogênias e grande parte deles 
utilizam múltiplas estratégias associadas à manbora HM que nem sempre são claramente 
relatados dificultando a análise dos resultados e os efeitos da manobra. Desse modo apontou a 
necessidade de novos ensaios clínicos, randomizados e bem delineados para avaliarem seus 
efeitos e defendeu a necessidade de melhor evidência para apoiar a utilização da mesma.   
Os efeitos de várias manobras de higiene brônquica são pouco conhecidos na população 
pediátrica. Mais estudos podem apontar respostas às freqüentes questões como: as manobras de 
Fisioterapia Respiratória promovem modificações na mecânica respiratória das crianças? Existe 
superioridade nos efeitos de uma técnica sobre a outra?   
 
19 
 
 
 
2.0 JUSTIFICATIVA 
 
Os efeitos das manobras de Fisioterapia Respiratória, especialmente do Bag Squeezing 
são conhecidos na população adulta e descritos na literatura, contudo, na população pediátrica 
são realizados poucos estudos que analisam os efeitos dessas manobras desobstrutivas.  
Além disso, estudos sugerem que a manobra BS pode apresentar efeitos diferentes em 
relação à doença ou condição clínica. Ainda não há consenso sobre a melhor manobra a ser 
utilizada na prática clínica pediátrica, portanto, ensaios clínicos são necessários para identificar o 
resultado da aplicação de diferentes técnicas e compará-las, otimizando assim a escolha da 
melhor ou mais apropriada delas a serem utilizada nessa população minimizando complicações 
relacionadas à ventilação mecânica e consequentemente o tempo de internação em unidades de 
terapia intensiva, bem como redução dos custos hospitalares.   
20 
 
 
 
3.0 OBJETIVOS 
 
3.1 Objetivo Geral 
 
Analisar os efeitos do Bag Squeezing (BS) e da vibrocompressão torácica (VCT) nas 
trocas gasosas e mecânica respiratória de crianças com o diagnóstico de Insuficiência 
Respiratória sob ventilação mecânica.  
 
3.2 Objetivo Específico 
 
Comparar os efeitos do BS e da VCT nas trocas gasosas e mecânica respiratória das 
crianças com Insuficiência Respiratória 
21 
 
 
 
 
4.0 MATERIAIS E MÉTODOS 
 
4.1 Amostra e local do estudo 
 
Trata-se de um ensaio clínico randomizado prospectivo de abordagem quantitativa e foi 
aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos com Parecer n° 549/10, no qual 
participaram 12 crianças com Insuficiência Respiratória internadas na Unidade de Terapia 
Intensiva Pediátrica (UTIP) do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia 
(HC-UFU).  
 
4.2 Critérios de inclusão 
 
 Possuir idade entre 0 e 5 anos 
 Diagnóstico clinico de Insuficiência Respiratória 
 Internação na UTI Pediátrica do HC-UFU 
 Presença de intubação traqueal e ventilação mecânica 
 Assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido pelos responsáveis 
 
4.3 Critérios de não inclusão e exclusão 
Não inclusão: 
 Não assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido pelos responsáveis; 
 Lactentes e crianças hemodinamicamente instáveis que possuam contra-indicação de 
fisioterapia; 
 Distúrbios de coagulação e plaquetopenia grave (abaixo de 20.000 pl/mm³) 
 Condições agudas ou crônicas como anemia, hipovolemia e cardiopatias congênitas 
cianogênicas  
 Pneumotórax, hemotórax, derrame pleural ou qualquer compressão pulmonar extrínseca 
não tratada 
 Pós operatórios recentes (30 dias) 
22 
 
 
 
 Fratura não consolidada do arcabouço costal 
 
Exclusão: 
 Retirada do consentimento dos responsáveis em qualquer etapa da pesquisa 
 Intolerância ao manuseio relacionada à instabilidade hemodinâmica grave durante o 
protocolo 
 Necessidade de utilização de outras manobras de fisioterapia respiratória durante o 
protocolo 
 
4.4 Delineamento do Estudo 
 
Diretrizes para o desempenho da manobra BS são inexistentes, no entanto, há 
recomendações para a melhor prática em adultos (PAULUS et al, 2009; OLIVEIRA et al, 2012). 
Diante da ausência de protocolos em pediatria as recomendações utilizadas são as mesmas. Um 
estudo piloto foi realizado com o objetivo de padronizar as manobras estudadas. Esse estudo 
definiu que a realização das manobras deveria ser delimitada por número de repetições e não por 
tempo, uma vez que, a vibrocompressão torácica é realizada na fase expiratória e 
consequentemente dependente da frequência respiratória titulada no respirador de cada criança. 
Além disso, foi observado que as crianças possuem maior labilidade ao manuseio quando 
comparado ao adulto e a utilização do tempo como variável fixa levaria a um número excessivo 
de manobras não correspondendo a realidade prática da fisioterapia pediátrica.  
Foram obtidas no prontuário de cada criança elegível ao estudo informações como 
antecedentes neonatais, diagnóstico clínico principal e secundário, avaliação respiratória e 
exames complementares, por meio de uma ficha de avaliação (Apêndice A) e posteriormente 
procedeu-se a randomização utilizando cartões identificados com as diferentes técnicas, BS ou 
VCT.  
 Para realização do estudo todas as crianças receberam o mesmo protocolo de sedação 
com midazolam (Dormonid®) na dose de 0,15 mg/kg intravenoso e bloqueador neuromuscular 
atracurio (Tracrium®) na dose de 0,5 mg/Kg intravenoso. Durante as análises a sedação foi 
repetida quando houve a presença de respiração espontânea, detectada por meio da tela de 
monitorização do respirador.  
 Foram analisadas as variáveis de ventilação e oxigenação: frequência respiratória (f) 
expresso em irpm, saturação periférica de oxigênio (SpO2) em porcentagem, CO2 exalado 
23 
 
 
 
(EtCO2) em mmHg, volume corrente exalado (VC exal), volume minuto (VM) em ml e variáveis 
de mecânica respiratória: pressão de pico, pressão de platô, pressão média de vias aéreas 
(PmVa), pressão expiratória positiva final total e intrínseca (Peept e Peepi ) em cmH2O, 
resistência das vias aéreas (Rst) em cmH2O/l/s, complacência estática e dinâmica do sistema 
respiratório (Cst e Cdy) em ml/cmH2O. Todas as crianças foram ventiladas com o mesmo 
ventilador mecânico Dixtal® DX3020, Brasil em modo pressão controlada com os parâmetros 
descritos na Tabela 1 e para mensurar o CO2 exalado foi utilizado capnógrafo Dixtal® DX-0-
AJCO2, Brasil. 
 A análise das variáveis descritas acima foram realizadas sempre com a criança conectada 
no ventilador mecânico e foi utilizado 5 momentos diferentes para a aquisição dos dados, antes 
da realização da técnica sorteada (pré-manobra), imediatamente após a execução da técnica (pós-
manobra), com 30, 60 e 120 após o término de execução da técnica sorteada. A média das três 
leituras foi utilizada para representar os valores de mecânica respiratória. 
Após a coleta dos dados iniciais (pré-manobra) todas as crianças receberam incremento de 
20% da fração inspirada de oxigênio (FiO2) recebida previamente na VM e após a coleta dos 
dados (pós-manobra) a FiO2 retornou aos valores iniciais. Todos os procedimentos foram 
executados sempre pelo mesmo pesquisador, seguindo o fluxograma descrito na Figura 5. 
 
4.4.1 Intervenção 
 
4.4.2 Grupo Bag Squeezing (BS) 
 
Para realização da manobra BS, utilizou-se bolsa de insuflação manual Protec® 
conectada a uma fonte de oxigênio a 10 l/min e adaptado um Manovacuômetro Comercial 
Médica® entre a COT e a bolsa de insuflação para monitorizar a pressão de insuflação que foi 
preconizada em 30 cmH2O para todas as crianças do grupo BS. Inicialmente foi instilado no 
máximo 0,5 ml de soro fisiológico (SF) com concentração a 0,9% (RIDLING et al, 2003) 
seguido de 10 manobras de hiperinsuflação manual intercaladas com 10 manobras de 
vibrocompressão realizadas no hemitórax direito e esquerdo simultaneamente com a criança 
posicionada em decúbito dorsal  e como último procedimento foi realizado aspiração da COT, 
vias aéreas e boca.  Todas as manobras de vibrocompressão foram realizadas sempre pela mesma 
fisioterapeuta. Entre as aspirações a criança foi re-conectada ao ventilador. A figura 1 demonstra 
24 
 
 
 
a realização da manobra BS e a figura 2 a adaptação do manovacuômetro na bolsa de insuflação 
manual. 
 
 
Figura 1. Demonstração da manobra BS 
Fonte: Arquivo do autor 
 
 
 
Figura 2. Método para aferir a pressão de insuflação manual 
Fonte: Arquivo do autor 
 
4.4.3 Grupo Vibrocompressão Torácica (VCT) 
 
Foram realizadas 10 manobras de vibrocompressão, no tórax das crianças na fase 
expiratória do ciclo respiratório, com ambas as mãos espalmadas na face anterolateral do tórax 
em cada um dos decúbitos laterais, totalizando 20 manobras, seguidas por instilação de até 0,5 
ml de SF e aspiração da COT em decúbito dorsal. Após o término da aspiração a criança foi re-
conectada ao ventilador.  
25 
 
 
 
                 
Amostra (n = 12) 
Month 1 
Excluídos (n = 0) 
 
Avaliação Inicial e Randomização 
BS (n=6) ou VCT (n=6) 
 
Protocolo de sedação 
Coleta dos dados de todas as variáveis de ventilação e oxigenação e variáveis de mecânica 
respiratória 
Intervenção 
 Aumento de 20% na FiO2 
 0,5 ml solução salina 
 10 vibrocompressão em 
cada decúbito lateral 
 Aspiração Traqueal 
Pré-
manobra 
GRUPO VCT GRUPO BS Intervenção 
 Aumento de 20% na 
FiO2 
 Pressão de Insuflação de 
30 cmH2O + 10l O2/min 
 0.5 ml solução salina  -
0,9% 
  10 HM 
  10 vibrocompressão 
 Aspiração Traqueal 
Coleta de dados  Pós- 
manobra 
Coleta de Dados nos momentos 30,60 e 120 min ao final da técnica sorteada 
 
Retorno da FiO2 para os valores pré-manobra 
Figura 5. Delineamento do estudo e fluxo dos participantes no ensaio clínico 
Figura 4. Demonstração da aspiração da COT 
Fonte: Arquivo do autor 
Figura 3. Demonstração da manobra VCT 
Fonte: Arquivo do autor 
26 
 
 
 
 
4.5 Análises Estatísticas 
 
 Para verificar a normalidade dos dados foi aplicado o teste Shapiro-wilk. Para as análises 
intragrupo em função do tempo foi utilizado teste T Student e para análise intergrupos foi 
utilizado o teste ANOVA one-way comparando os momentos pré-manobra com os demais 
momentos após a realização de cada manobra. Os resultados são expressos em média, desvio 
padrão e a diferença entre as médias por meio do intervalo de confiança em 95% entre as 
intervenções. O nível de significância foi estabelecido em 0,05 e para todas as análises foi 
utilizado software SAS Institute INC® versão 9.1, 2003. 
27 
 
 
 
5.0 RESULTADOS 
 
5.1 Caracterização da Amostra 
 
 As crianças de ambos os grupos permaneceram hemodinamicamente estáveis com 
valores de freqüência cardíaca e pressão arterial mantidas dentro dos índices de normalidade para 
a faixa etária, possuíam aproximadamente cinco dias de intubação, ventiladas com parâmetros 
ventilatórios moderadamente baixos, necessitando de FiO2 <0,5 e com saturação periférica de 
oxigênio aproximadamente de 96%. A caracterização da amostra estão descritas nas tabelas 1 e 
2.  
TABELA 1 
 
Média e desvio padrão da caracterização da amostra 
Participantes Grupo BS 
(n =6) 
Grupo VCT 
(n = 6) 
p valor 
Idade (meses) 28,8 (18,6) 33,5 (17,2) 0.66 
Tempo de Intubação (dias) 5,0 (6,3) 5,5 (4,4) 0.87 
Pressão Inspiratória (cmH2O) 17,8(5,3) 
14,6 (4,1) 
0.27 
Pressão positive expiratória final (cmH2O) 6,0 (2,1) 6.5 (2,2) 0.69 
 Fração inspirada de oxigênio (%) 0,4 (0,1) 0,4(0,2) 0,85 
Frequência Respiratória do Respirador (irpm) 26,3 (3,8) 25,3 (5,2) 0,71 
BS = Grupo Bag Squeezing; VCT = Grupo Vibrocompressão Torácica. Fonte: Arquivo do autor, 2013 
 
  
28 
 
 
 
TABELA 2 
 
Características dos diagnósticos encontrados na amostra 
        Diagnóstico Clínico Primário, n (%) Grupo BS 
(n =6) 
Grupo VCT 
(n = 6) 
 
        Pneumonia 
Pneumonia e Derrame Pleural 
Pneumonia e Sepse e Pneumotórax Tratado 
Pneumonia e Choque Séptico e Derrame Pleural Tratado 
Pneumonia e Traqueíte Bacteriana 
5 (83,3) 
- 
- 
1 (16,6) 
1 (16,6) 
6 (100) 
1 (17) 
1 (17) 
1 (17) 
- 
 
Hiper-reatividade Brônquica 1 (16,6) -  
Insuficiência Respiratória Crônica Agudizada 1 (16,6) -  
        
 Acidente por submersão e morte encefálica 
 
1 (16,6) 
 
- 
 
Morbidades associadas, n (%)    
              Doença Neurológica  3 (60) 1 (17)  
Síndrome Hemolítica Urêmica 
Defeito Cardíaco Acianogênico 
Hígidos 
Acidente com Soda Cáustica 
- 
- 
2 (40) 
- 
1 (17) 
2 (33) 
1 (17) 
1 (17) 
 
BS = Grupo Bag Squeezing; VCT = Grupo Vibrocompressão Torácica. Fonte: Arquivo do autor, 2013 
 
5.2 Ventilação e Trocas Gasosas 
  
 As variáveis ventilatórias e de trocas gasosas, f, SpO2, VC exal e Vmin, permaneceram 
dentro dos valores de normalidade no transcorrer de todo o protocolo aplicado e não 
apresentaram diferença estatisticamente significante, tanto na análise intragrupo quanto na 
comparação intergrupo.  
 A variável EtCO2 aumentou 16% no grupo VCT no momento pós-manobra (p =0,00) e 
não houve diferença estatisticamente significante na análise intergrupos. A tabela 3 demonstra os 
resultados para as variáveis de ventilação e trocas gasosas. 
29 
 
 
 
TABELA 3 
 
Média e desvio padrão do comportamento das variáveis de ventilação e oxigenação intragrupo em relação ao tempo 
e comparações intergrupo. 
 
Variáveis Pré-manobra Pós-manobra 30 min 60 min 120min Diferença entre 
os grupos 
(IC= 95%)  BS  VCT BS VCT BS VCT BS VCT BS VCT 
SpO2 (%) 96,0 
(2,6) 
96,5 
(0,5) 
95,1 
(5,0) 
92,1 
(5,6) 
95,5 
(1,0) 
94,0 
(2,6) 
95,0 
(2,1) 
95,0 
(2,1) 
96,0 
(3,1) 
96,0 
(1,1) 
1,1 (-0,7 a 
2,9) 
Exhaled 
CO2 
(mmHg) 
36,5 
(15,3) 
40,1 
(3,6)* 
43,6 
(23,0) 
47,8 
(4,9)* 
38.0 
(19,7) 
39,6  
(3,3)* 
39,5 
(22,4) 
40,1 
(3,1)* 
37,5 
(17,9) 
40,0 
(4,8)* 
-2,3 (-10,9 a 
6,2) 
Exhaled 
Tidal 
Volume 
(ml) 
109,6 
(32,3) 
96,1 
(27,6) 
104,6 
(38,2) 
88,8 
(36,1) 
107,1 
(35,8) 
104,0 
(33,1) 
100,5 
(34,3) 
101,5 
(33,4) 
104,3 
(35,5) 
100,6 
(27,1) 
 
Minute 
Volume 
(ml) 
2,86 
(0,90) 
2,46 
(0,97) 
2,75 
(1,05) 
2,37 
(0,91) 
2,76 
(1,06) 
2,59 
(0,95) 
2,64 
(1,05) 
2,52 
(0,92) 
2,78 
(1,07) 
2,45 
(0,94) 
0,2(-0,2 a 
0,7) 
 
BS= Grupo Bag Squeezing, VCT= Vibrocompressão Torácica. *p=0,00 maiores valores de EtCO2 para o grupo VCT no 
momento pós-manobra em relação aos demais momentos (T Student) 
Fonte: Arquivo do autor, 2013 
 
 
 
5.3 Mecânica Respiratória 
 
 Em uma análise individualizada observou-se que 50% das crianças apresentaram efeitos 
positivos na resistência após a realização da manobra BS, enquanto após a realização da manobra 
VCT houve aumento da Rst em 67% das crianças avaliadas. Foi encontrada diferença 
estatisticamente significante para a variável Rst, na qual, o grupo VCT apresentou maiores 
valores quando comparado ao grupo BS (95% IC -24,77 a -0,38; p=0,04) entre os momentos pré-
manobra e os demais momentos após a realização da manobra (pós-manobra, 30, 60 e 120 
minutos).   
 Foram registrados na tela de monitorização do respirador maiores valores de Ppico 
(95% IC -0,06 a 6,23; p=0,05) Peei (95% IC 0,12 a 1,12; p=0,01) no grupo BS em relação ao 
grupo VCT entre os momentos pré-manobra e todos os momentos após a realização da manobra 
BS. 
 Para as demais variáveis relacionadas à análise da mecânica respiratória, Cst e Cdy, 
Plato, PmVa e Peep, essas, não apresentaram diferença estatisticamente significante quando 
comparadas as técnicas utilizadas nas avaliações intra e inter grupos (Tabela 3).  
5,4(-13,3 a 
24,2) 
30 
 
 
 
 Apesar de não haver diferença estatisticamente significante nas variáveis complacência e 
observou-se diferença clinicamente significante entre os grupos, uma vez que 83,33% das 
crianças, submetidas à manobra BS apresentaram estabilidade ou melhora de 1 a 2 cmH2O na 
Cst.  
Também foi possível observar, na análise individualizada, que as crianças com valores de 
Cst mais baixos obtiveram melhores respostas à manobra BS, enquanto, no grupo VCT, 33,3% 
das crianças apresentaram melhora na Cst. 
 Na avaliação da Cdy, nenhuma criança do grupo BS apresentou redução da mesma 
enquanto no grupo VCT, ocorreram reduções nos valores de Cdy em até 2 cmH2O em 33% das 
crianças.  
 
TABELA 4 
 
Média e desvio padrão para o comportamento da mecânica respiratória intragrupo e comparação 
intergrupo em relação ao tempo. 
 
Variáveis Pré-manobra Pós-manobra 30 min 60 min 120min Diferença 
entre os 
grupos 
(IC= 95%) 
BS  VCT BS VCT BS VCT BS VCT BS VCT 
Complacência 
Dinâmica 
(ml/cmH2O) 
6,8 
(2,9) 
7,0 
(1,2) 
7,5 
(3,4) 
7,5 
(3,0) 
7,3 
(3,4) 
8,5 
(1,9) 
7,3 
(3,4) 
8,0 
(1,6) 
7,6 
(3,5) 
8,5 
(3,3) -0.6(-2.3 a 
1.0) 
Complacência 
Estática 
(ml/cmH2O) 
10,6 
(5,5) 
9,1 
(2,7) 
11,0 
(5,5) 
8,5 
(2,6) 
10,6 
(5,5) 
11,1 
(4,4) 
11,0 
(6,0) 
9,1 
(2,9) 
10,8 
(6,1) 
9,8 
(3,4) 
 
1.2(-1.4 a 
3.9) 
Resistência de 
Via Aérea 
(cmH2O/l/s) 
49,1 
(17,2) 
58,0 
(19,7) 
47,0 
(11,2) 
63,8 
(24,3) 
48,1 
(10,1) 
56,6 
(28,0) 
50,0 
(10,6) 
65,3 
(32,4) 
51,3 
(12,8) 
61,0 
(28,5) 
 
-12.5(-24.7 
a -0.3)* 
Pressão de 
Pico (cmH2O) 
24,6 
(5,1) 
21,6 
(5,3) 
24,8 
(5,3) 
21,6 
(6,4) 
24,6 
(5,1) 
21,6 
(6,3) 
25,0 
(5,0) 
21,6 
(5,9) 
25,3 
(5,6) 
22,5 
(6,2) 
3.0(-0.0 a 
6.2)** 
Pressão Platô 
(cmH2O)  
18,8 
(4,3) 
18,7 
(6,2) 
18,8 
(4,3) 
19,3 
(6,1) 
18,8 
(4,7) 
18,1 
(5,9) 
19,3 
(6,3) 
18,1 
(5,7) 
19,6 
(6,2) 
18,1 
(5,2) 
0.7(-2.3 a 
3.7) 
Peepi 
(cmH2O) 
 
1,2 
(1,5) 
0,9 
(1,0) 
1,0 
(1,4) 
0,3 
(0,2) 
1,0 
(1,1) 
0,5 
(0,5) 
1,0 
(1,2) 
0,4 
(0,3) 
0,8 
(0,9) 
0,2 
(0,3) 0.6(0.1 a 
1.1)*** 
           
 
Peepi= Pressão positiva expiratória intrínseca, BS= Grupo Bag Squeezing, VCT= Vibrocompressão Torácica. *p=0,04 para a 
variável Rst com menor valor no grupo BS entre os momentos pré-manobra e todos os momentos pós-manobra (Anova). ** 
(p=0,05) e ***(p=0,01) na comparação inter-grupo nos momento pré-manobra com todos os momentos pós-manobra para as 
variáveis Ppico e Peepi com os maiores  valores obtidos no grupo BS (Anova).  
Fonte: Arquivo do autor, 2013 
 
 
31 
 
 
 
 
6.0 DISCUSSÃO 
 
 
 Poucos estudos em pediatria investigam os efeitos das manobras de fisioterapia 
respiratória em crianças gravemente enfermas, com insuficiência respiratória e ventiladas 
mecânicamente. Nesse estudo, foram analisados seus efeitos sobre a ventilaçao, oxigenação e a 
mecânica respiratória de duas manobras frequentetemente utilizadas em terapia intensiva.  
O diagnóstico de pneumonia esteve presente em 91,6 % da amostra estudada e portanto, 
constituiu o principal motivo que levou a criança a desenvolver insuficiência respiratória. 
Segundo Choi e Jones (2005), a patogênese da pneumonia envolve exudatos celulares que 
provavelmente reduz a complacência pulmonar e aumento da resistência das vias aéreas. Assim, 
alguns estudos investigam os efeitos de manobras de fisioterapia respiratória e hiperinsuflação 
manual na depuração das vias aéreas, na oxigenação e mecânica respiratória de pacientes 
ventilados de forma invasiva (HODGSON et al, 2000; BERNEY e DENEHY, 2002; SAVIAN et 
al, 2006) 
 
6.1. Ventilação e Trocas Gasosas 
 
A oxigenação é uma variáveil importante no manejo das crianças sob ventilação 
mecância e no presente estudo, a mesma manteve-se dentro dos limites de normalidade e foi 
possível observar que o menor valor de SpO2 encontrado foi no momento pós-manobra das 
crianças que receberam a manobra VCT que utilizou apenas 20% de incremento na FiO2. 
Melhores valores de SpO2 foram observados no grupo que recebeu a manobra BS, no qual as 
crianças receberem hiperinsuflação manual com 100% de FiO2.  
Nota-se que a maior parte dos efeitos benéficos da manobra HM e/ou BS descritos na 
literatura são encontrados em estudos realizados no pós-operatório de cirurgia cardíaca de 
pacientes adultos. Nesse estudo a oxigenação foi avaliada pela oximetria de pulso que 
demonstrou efeitos positivos na oxigenação em uma população diferenciada, a de crianças 
pequenas, menores de cinco anos, com insuficiência respiratória. 
Alguns estudos sugerem que a manobra BS pode apresentar efeitos diferentes em relação 
à doença ou condição clínica de cada paciente. São exemplos os estudos realizados em pós-
32 
 
 
 
operatório de cirurgia cardíaca que demonstraram melhora na oxigenação arterial e menor tempo 
de VM (PATMAN, JENKINS e STILLER, 2000; BLATTNER, GUARAGNA e SAADI, 2008).  
Outros exemplos são os estudos realizados em pacientes com lesão pulmonar direta e indireta 
que encontraram melhora da oxigenação apenas em pacientes com lesão pulmonar indireta 
(PARATZ, LIPAMN e MCAULIFFE, 2002; PARATZ e LIPMAN, 2006).  
O estudo de Santos et al (2009) demonstrou que as manobras de Fisioterapia 
Respiratória, com compressão manual torácica e aspiração da COT, realizados em neonatos, não 
provocou instabilidades hemodinâmicas ou reduções da SpO2 acima de 15 % do valor basal. 
Outro estudo, que avaliou a aspiração isolada e as manobras BS, demonstrou também que SpO2  
não sofreu redução após a realização das manobras (RODRIGUES, 2007).  
A variável que apresentou diferença significativa entre os momentos estudados foi o 
EtCO2 que se elevou consideravelmente logo após a manobra VCT. Segundo Rodrigues (2007), 
a elevação dessa medida representa aumento do espaço morto anatômico ou fisiológico. 
Portanto, esse achado está relacionado às áreas de colapsos alveolares provocados pela aspiração 
traqueal realizada após a manobra VCT, pois nesta, não foi utilizado qualquer tipo de pressão 
positiva, para insuflar os pulmões como na manobra BS. 
Durante a realização deste estudo, tanto na manobra BS quanto na VCT foram realizadas 
em associação à aspiração traqueal, desconexão dos circuitos e sedação com curarização. Assim, 
foi possível observar que em ambas as manobras houve aumento do EtCO2, sendo que 16% 
apenas no momento pós-manobra no grupo VCT, sendo que, nos demais momentos avaliados 
houve retorno aos valores normais de EtCO2. 
Um estudo sobre aspiração traqueal em crianças encontrou níveis mais elevados de 
pressão parcial de gás carbônico até 20 minutos após o procedimento. Os autores atribuíram esse 
resultado a um estado de hipoventilação decorrentes da hipóxia durante o procedimento, que 
pode levar a uma vasoconstricção e distúrbios na relação ventilação/perfusão com aumento de 
espaço morto; ao surgimento de micro atelectasias provocadas pela pressão negativa e 
desconexões do circuito de ventilação mecânica e pela curarização, evitando ciclos respiratórios 
próprios da criança, produzindo hipoventilação (AVENA, et al 2003).   
 
  
 
 
33 
 
 
 
6.2 Manobra Bag Squeezing (BS) 
 
Grande parte dos estudos mostrou potenciais efeitos benéficos e colaterais a HM e/ou o 
BS, embora a manobra tenha se mostrado viável e segura a maior parte dos estudos não são 
concebidos para detectar os efeitos secundários da manobra HM (PAULUS et al 2012). 
Segundo outros autores, para que a manobra BS atinja os efeitos desejados sobre a 
mecânica respiratória e depuração de secreções, é necessário que a hiperinsuflação seja realizada 
com aumento mínimo de 50% do volume corrente utilizado na ventilação mecânica (SINGER et 
al, 1994; SAVIAN et al, 2005) e pressão inspiratória entre 20 e 40 cmH2O (HODGSON et al, 
1999) para reduzir os riscos de complicações pulmonares. Outros estudos alertam que picos de 
pressão inspiratória entre 40 e 50 cmH2O tem sido associados à ocorrência de lesões alveolares 
(DENEHY, 1999; DIAS et al, 2011).  
No presente estudo, não foi avaliado o volume corrente entregue durante a manobra BS e 
para atingir a eficácia prevista com segurança na sua realização, foi utilizado pressão de 
insuflação igual a 30 cmH2O. Assim, pode-se obter um volume corrente suficiente para 
promover os efeitos desejados e prevenir ocorrência de lesões pulmonares, uma vez que não 
houve nenhuma evidência de lesão pulmonar associada à manobra BS. Com pressão de 
insuflação controlada em 30 cmH2O, o grupo BS apresentou maiores valores de Ppico e de Peepi 
do que o grupo VCT, contudo, a avaliação dessas medidas ocorreu após a realização das 
manobras com o paciente conectado ao respirador e submetidas às pressões mandatórias iniciais 
da ventilação mecânica.  
 A aspiração traqueal foi realizada após ambas as técnicas estudadas e alguns estudos 
realizados sobre o procedimento de aspiração traqueal isolada encontram alterações no Peep e no 
Peepi.  O estudo de Avena et al (2003), realizado em crianças, avaliou o Peep e o Peei após a 
aspiração traqueal isolada, não encontrando alteração dessas variáveis e atribuindo esse resultado 
a falta de modificações na complacência pulmonar. Guglielminotti et al (1998) observaram 
diminuição tardia do Peepi após aspiração e atribuíram essa resposta à diminuição da obstrução 
do fluxo de ar expiratório.  
  
6.3 Complacência Dinâmica e Estática   
 
 A complacência pulmonar, principalmente a estática, é utilizada para predizer a 
mortalidade em pacientes com insuficiência respiratória e existem estudos que demonstram 
34 
 
 
 
melhoras significativas na complacência pulmonar após a utilização de manobras com pressão 
positiva como o Bag Squeezing devido à reexpansão de unidades alveolares colapsadas. 
Contudo, essa reexpansão ocorre por meio dos canais de ventilação colateral permitindo 
uniformidade na distribuição do ar (SAVIAN et al, 2005). 
 Estudos realizados em adultos encontraram efeitos positivos da manobra HM e/ou BS na 
complacência pulmonar. Choi e Jones (2005) demonstraram o aumento da Cst após a aplicação 
hiperinsuflação manual e aspiração traqueal, sendo que o procedimento placebo (utilizando 
somente aspiração traqueal) não promoveu alterações na mecânica do sistema respiratório. Os 
efeitos produzidos sobre a mecânica respiratória, no grupo intervenção, persistiram por 30 min. 
Outros estudos encontraram efeitos semelhantes nessa variável (JONES et al, 1992; BERNEY e 
DENEHY, 2002; HODGSON et al, 2000). 
 Em relação a Cdy os estudos anteriores, que avaliaram manobras de fisioterapia 
associadas a aspiração traqueal, não relatam alterações na mesma, enquanto estudos que avaliam 
a aspiração traqueal isolada, encontram diminuição nos valores desta variável (AVENA et al, 
2003; MORROW e ARGENT, 2006)  
 Para Morrow e Argent (2006) a aspiração traqueal isolada freqüentemente provoca uma 
redução imediata na complacência dinâmica e do volume corrente expirado em crianças 
ventiladas mecanicamente com doenças pulmonares variáveis indicando perda de volume 
ocasionado pela aspiração traqueal.  
Em estudo que utilizou a aspiração traqueal posteriormente às manobras de compressão 
torácica realizada em neonatos foi observado melhora significativa na Cdy no 10º minuto após 
intervenção (SANTOS et al, 2009). 
No presente estudo, não houve incrementos significativos na complacência dinâmica e 
estática nos momentos pré e pós-manobra (intragrupo) nem mesmo na análise comparativa entre 
os grupos BS e VCT. O que pode ser atribuído ao crescimento e desenvolvimento pulmonar 
incompleto das crianças menores de cinco anos onde os canais de ventilação colateral ainda não 
estão totalmente desenvolvidos. 
 
6.4 Resistência do Sistema Respiratório 
 
 A resposta fisiológica esperada das manobras de fisioterapia respiratória em relação à Rst 
seria a sua redução, assim, a manobra que apresentou melhor resposta foi a manobra BS que 
reduziu significativamente a Rst após a sua aplicação quando comparada ao grupo VCT.  
35 
 
 
 
Segundo Choi e Jones (2005), a hiperinsuflação pode ser mais eficaz na mobilização de 
secreção pulmonar, da periferia para o centro das vias aéreas, onde é removida pela aspiração, 
e/ou o aumento no volume pulmonar causado pela manobra BS também gera aumento no 
diâmetro das vias aéreas. Esses autores encontraram uma redução da Rst após a HM em adultos 
de 2,3 cmH2O/l/sec até 30 min após a interveção. Tal redução representou significancia clínica e 
estatística, semelhante aos resultados obtidos no presente estudo, que apesar de não ter 
encontrado diferença estatisticamente significante na análise intragrupo foi possivel observar 
reduções em quantidades semelhantes a esse estudo no grupo que recebeu a manobra BS no 
momento pós-manobra. 
Rosa et al (2007) aplicou um protocolo de fisioterapia respiratória que consistia em 
vibrocompressão torácica e hiperinsuflação manual associado a aspiração traqueal e observou 
que houve diminuição da Rst quando comparado ao protocolo de aspiração isolada e esse efeito 
persistiu até duas horas após a intervenção. 
 O grupo VCT apresentou valores de Rst mais elevados em relação ao grupo BS e quando 
foi realizada a análise intragrupo e considerado os momentos pré e pós-manobra houve um 
aumento da resistência com diferença estatística. O estudo de Guglielminotti (1998) analisou a 
aspiração traqueal isolada e atribuiu o aumento da Rst à resposta broncoconstritora. Outros 
estudos na população pediátrica, após a realização da aspiração traqueal isolada, a retirada de 
secreções não resultou em aumento ou diminuição significativa da resistência das vias aéreas 
(MORROW e ARGENT, 2006; AVENA et al, 2003). 
 
   
 
36 
 
 
 
7.0 LIMITAÇÕES DO ESTUDO 
 
Diferentes fatores relacionados a caracterização da amostra, neste estudo, contribuiram 
para a variabilidade nas medidas de mecância respiratória em crianças intubadas. Dentre eles: 1) 
o posicionamento da criança sob ventilação mecânica; 2) o diâmetro, posicionamento e  presença 
ou não de balonete na cânula orotraqueal; 3) doença pulmonar, cardiológica ou outras que 
pudessem interferir em questões hemodinâmicas, volêmicas, na Rst, Cst e Cdy ou na quantidade 
e ticsotropismo das secreções broncopulmonares.  
O uso de tecnologia mais avançada, utilizando pneumotacógrafos específicos poderiam 
implementar  estas avaliações. Contudo, a maior parte das sofisticadas técnicas de avaliações 
disponíveis são de elevado custo e muitas vezes não acessíveis em pesquisas clínicas realizadas a 
beira leito na UTI pediátrica. Segundo Schibler e Frey (2012), tecnologias avançadas não são 
clinicamente aplicáveis e não melhoram diretamente os cuidados do paciente ventilado.  
37 
 
 
 
8.0 CONCLUSÃO 
  
 Ao analisar as respostas e as repercussões clínicas de ambas as manobras observou-se que 
a manobra Bag Squeezing apresentou melhores resultados na ventilação e na mecânica 
respiratória. Após a realização da manobra VCT a resistência do sistema respiratório foi maior 
em relação ao grupo que recebeu a manobra BS.  Há necessidade da realização de novos estudos 
com maior amostragem a fim de incrementar as respostas fisiológicas às técnicas de Fisioterapia 
Respiratória nesta população. 
 
 
38 
 
 
 
9. 0 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS   
 
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42 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APÊNDICES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
43 
 
 
 
APÊNDICE 1. TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE) 
             Você está sendo convidado (a) a contribuir com a pesquisa intitulada “ANÁLISE DA MECÂNICA RESPIRATÓRIA E 
REPERCUSSÕES HEMODINÂMICAS, EM CRIANÇAS COM DIAGNÓSTICO DE INSUFICIÊNCIA RESPIRTÓRIA 
AGUDA, SUBMETIDAS À DUAS TÉCNICAS DE FISIOTERAPIA RESPIRATÓRIA.” com a sua autorização para a 
participação do paciente menor de idade internado na Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica (UTI Pediátrica). A realização 
desta pesquisa possui interesse exclusivamente acadêmico e está sob a responsabilidade dos pesquisadores: Dr. Célia Regina 
Lopes, Dr. Lilian Abreu, Letícia de Queiroz Martins, Suzi Laine Longo dos Santos e Livia Mara de Freitas Tannús.  
Nesta pesquisa nós estamos buscando entender o comportamento imediato das técnicas de fisioterapia que já são 
utilizadas rotineiramente nesta Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica para o tratamento fisioterapêutico das complicações 
relacionadas a ventilação mecânica e ao quadro de Insuficiência Respiratória Aguda. Também desejamos comparar a eficácia de 
diferentes técnicas fisioterapêuticas na remoção do excesso muco (“catarro”) produzido nos pulmões durante o uso de ventilação 
mecânica invasiva, um tipo de respiração artificial. O Termo de Consentimento Livre e Esclarecido será obtido pela pesquisadora 
Letícia de Queiroz Martins após a admissão na UTI Pediátrica e feito o diagnóstico clínico de insuficiência respiratória aguda. 
Para esta pesquisa, será necessário apenas realizar medidas de dados que será colhidos dos equipamentos de 
monitorização, como os monitores cardíaco e do ventilador mecânico. Faremos uma entrevista com o responsável da criança a 
fim de obter dados referente ao estado anterior de saúde do(a) voluntário(a). A criança será avaliada pelos pesquisadores quanto 
ao seu estado geral de saúde, e exame físico. Após avaliação inicial, faremos um sorteio para a escolha da técnica fisioterapêutica 
que será empregada com a finalidade de remover o excesso catarro dos pulmões. Ambas as técnicas possuem os mesmos efeitos 
terapêuticos e portanto em momento algum o participante deixará de receber o tratamento adequado. O voluntário será submetido 
a técnica do sorteio e  às avaliações necessárias apenas uma única vez, após os dados terem sido coletados, a criança será 
atendida conforme a rotina do serviço sem nenhum prejuízo na sua recuperação. Além disso, todas as crianças internadas na 
UTI Pediátrica são submetidas a exames de imagem e laboratoriais, necessários para prescrição e avaliação de condutas a 
serem realizadas além de serem necessários para o acompanhamento da evolução clínica do paciente. Portanto, para esta 
pesquisa serão utilizado as informações obtidas de exames laboratoriais como gasometria arterial, cultura de secreção 
traqueal, raio-x, hemograma e leucograma. Não será utilizado nesta pesquisa dados referentes a outros exames que forem 
realizados durante o período de internação, utilizaremos os dados apenas dos exames mencionados acima. Em nenhum 
momento você ou o voluntário será identificado. Os resultados da pesquisa serão publicados e ainda assim a sua identidade será 
preservada. Você não terá nenhum gasto e nenhum ganho financeiro por participar na pesquisa. 
Os riscos na participação desta pesquisa são as lesões pulmonares induzidas por excesso de pressão e/ou volume 
(barotrauma e volutrauma) que são mínimos, uma vez que, o voluntário será constantemente monitorado por equipamentos de 
alta tecnologia, todas as técnicas já são rotineiramente utilizadas em UTI’s pediátricas e serão realizadas por profissionais 
experientes, conforme descrito na literatura. Dentre os benefícios da realização da pesquisa podemos citar: os avanços científicos 
que serão alcançados na assistência fisioterapêutica e conhecimento das respostas clínicas das técnicas de fisioterapia o que 
permitirá uma melhor escolha da técnica a ser aplicada no atendimento fisioterapêutico. A participação na pesquisa/realização 
do protocolo terá duração de em média 15 a 20 minutos, entretanto avaliações (observação e coleta de dados) serão 
mantidas por duas horas. 
Você é livre para deixar de participar da pesquisa a qualquer momento sem nenhum prejuízo ou coação. Uma cópia 
deste Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ficará com você.  
Qualquer dúvida a respeito da pesquisa, você poderá entrar em contato com a Dr. Célia Regina Lopes no telefone (34-32182426) 
ou no endereço rua Benjamim Constant, 1986 Bairro Aparecida CEP: 38400-678, com a Dr. Lílian Abreu no telefone (34-
32182112), Suzi Laine Longo dos Santos, Livia Mara Tannús e Letícia de Queiroz Martins no telefone (34-32182552) e no 
endereço  Av. Pará, 1720, Campus Umuarama - Uberlândia - Minas Gerais - Brasil – CEP: 38405-382. 
Poderá também entrar em contato com o Comitê de Ética na Pesquisa com Seres-Humanos – Universidade Federal de 
Uberlândia: Av. João Naves de Ávila, nº 2121, bloco A, Campus Santa Mônica – Uberlândia –MG, CEP: 38408-100; fone: (34-
32394131) 
Uberlândia, ....... de ........de 200....... 
___________________________________________ 
Assinatura do pesquisador 
Eu, ___________________________________________________________________, consinto que meu filho (a) 
_____________________________________________________________, participe da pesquisa citada acima, voluntariamente, 
após ter sido devidamente esclarecido.  
___________________________________________ 
                               Responsável Legal pelo participante da pesquisa 
 
 
44 
 
 
 
APÊNDICE 2. FICHA DE AVALIAÇÃO E COLETA DE DADOS 
Número de ficha:____Iniciais:____________________ DN:____/___/___. Idade:____. 
Endereço:_____________________________________________________________ 
Nome:__________________________________________ Nº Prontuário__________ 
ANTECEDENTES MATERNOS: 
Idade no nascimento do filho: _____. Nº de Gestações____Nº de partos ______.  
Aborto: (  ) Não  (  ) Sim.   Durante a Gestação foi: (  ) Etilista       (  ) Drogas  (  ) Fumante.  
 (  ) Ex-fumante  Parou há  __________________________________________________ 
Doença de Base: (  ) Não     Sim(  ) ___________________________________________ 
Faz Uso de Medicação(s)? __________________________________________________ 
 Antecedentes Cirúrgicos:___________________________________________________ 
ANTECEDENTES NEONATAIS: 
Tipo de Parto __________.    Apgar 1’___ 5’___.  (  ) AIG (  ) PIG  (  ) GIG  
Prematuridade: (  ) Sim _____ (  ) Não. Complicações Neonatais:___________________ 
_______________________________________________________________________ 
Doença Congênita: (  ) Não (  ) Sim __________________________________________ 
Doenças Adquiridas e/ou Doenças de Base:____________________________________ 
Internações Prévias: (  ) Não  (  ) Sim   Freqüência: _____ Tempo por internação:______ 
Diagnóstico Clínico/ Motivo da Internação Atual:_______________________________ 
Doenças e/ou Complicações Associadas:______________________________________ 
 
AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA: 
Tipo de Respiração: (  ) Abdominal  (  ) Torácica  (  )  Abdome: (  ) Plano  (  ) Globoso  (  )  
Tenso  (  ) Flácido (  ) NA ___________.  Expansibilidade: (  ) Simétrica  (  ) Diminída à E 
(  ) Diminuída a D  (  ) Diminuída Bilat. Tipo de Tórax:     (  ) Normal     (  ) Peito de Pombo    
(  ) peito escavado    (  ) em barril  (  ) NA _______________________________________ 
Cianose:    (  ) Ausente         (  ) Presente          (  ) Central    (  ) Periférica 
Esforço Respiratório:  (  ) Ausente  (  ) Leve  (  ) Moderado  (  ) Grave 
Ausculta Pulmonar: _____________________________________________________ 
  
 
PARÂMETROS VENTILAÇÃO MECÂNICA:  
PI ____ Peep ____ PS ____ Fluxo ____ Ti ____ Te ___ I:E ___ VC ____ FiO2 ____ f  ____ft ____ 
 
GASOMETRIA ARTERIAL: 
Ph ____     PCO2 ____   PaO2 ____   HCO3 ____  CO2t ____  BE ____   SatO2 ____  
Relação PaO2/FiO2 ____________________. RX ________________________________ 
 
CULTURA DE SECREÇÃO TRACQUEAL (  ) Negativa   (  ) Positiva ______________ 
 
 
 
 
Data: ___/___/___. 
 
 COLETA DE DADOS 
Variáveis PA SatO2 EtCO2 F
C 
f PmVA Peep Peepi P 
pico 
P 
platô 
VC 
exa 
V 
min 
C. 
dy 
C. 
est 
Rst 
INICIO                
FINAL                
30 min                
60º min                
120º min                
  
45 
 
 
 
 
 
 
 
ANEXOS 
 
46 
 
 
 
ANEXO 1. PROTOCOLO DE APROVAÇÃO NO CEP 
 
 
 
47 
 
 
 
ANEXO 2. REGISTRO DO ENSAIO CLÍNICO  
48 
 
 
  
49 
 
 
 
 
 
 
 
 
50 
 
 
 
ANEXO 3. AUTORIZAÇÃO DA INSTITUIÇÃO