UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE Aluna : Anna Beatriz Costa Neves do Amaral Habilidades em Comunicação na Pediatria . UBERLÂNDIA - MG 2012 ii Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Sistema de Bibliotecas da UFU, MG, Brasil. A485h 2012 Amaral, Anna Beatriz Costa Neves do, 1978- Habilidades em comunicação na pediatria / Anna Beatriz Costa Neves do Amaral. -- 2012. 121 f. Orientador: Carlos Henrique Martins da Silva. Dissertação (mestrado) - Universidade Federal de Uberlândia, Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde. Inclui bibliografia. 1. 1. Ciências médicas - Teses. 2. Pediatria - Estudo e ensino - 2. Teses. 3. Comunicação - Teses. 4. Relação médico-paciente - Teses. I. Silva, Carlos Henrique Martins da. II. Universidade Federal de Uberlândia. Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde. III. TÃtulo. 3. CDU: 61 iii Anna Beatriz Costa Neves do Amaral Habilidades em Comunicação na Pediatria Dissertação apresentada ao Programa de Pós- Graduação em Ciências da Saúde da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Uberlândia, como parte das exigências para obtenção do TÃtulo de Mestre em Ciências da Saúde. UBERLÂNDIA - MG 2012 iv UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE Orientador: Prof. Dr. Carlos Henrique Martins da Silva Co-orientadora : Profa. Dra. Paula Philbert Lajolo COORDENADORA DO PROGRAMA Profa. Dra. Vânia Olivetti Steffen Abdalah UBERLÂNDIA-MG 2012 v Para mamãe Rosa, a melhor de todas! Para os irmãos recebidos e escolhidos Ricardo, Fernanda, Paula, Roberta, André e Mariana; partes insubstituÃveis do todo. Para meus pequenos grandes Pedro, LuÃza, Júlia, Rafael e Maria LuÃza; com o amor incondicional da titia. Para Raphael; que chegou na conclusão, mas em muito boa hora. vi AGRADECIMENTOS Se vi mais longe foi por estar de pé sobre os ombros de gigantes Isaac Newton Ao meu orientador Prof. Dr. Carlos Henrique Martins da Silva, o primeiro a acreditar no tema e incentivar a realização de cada etapa deste trabalho. Obrigada por toda paciência e compreensão de minhas falhas e pelo reconhecimento do meu esforço. À minha co-orientadora Profa. Dra. Paula Philbert Lajolo Canto, amiga e irmã de todas as horas. Sigo seus passos, pois acredito em sua competência, dedicação e doação na amizade e na carreira. À querida mestre Elizabeth Ann Rider MSW, MD, por permitir a realização desta tradução, por me receber tão bem em seu hospital e por compartilhar comigo grandes momentos de comunicação em saúde. À Profa. Dra. Marisa Philbert Lajolo por sua fundamental contribuição nos ajustes linguÃsticos, por seus questionamentos pertinentes na metodologia e por sempre incentivar este produto final. Ao Prof. Dr. Rogério de Melo Costa Pinto, por dedicar tempo e paciência à revisão dos cálculos estatÃsticos, com o cuidado de ensinar-me passo a passo do que realizamos. Às queridas amigas Dra. Mônica ATC Cintra e Dra. Camila Philbert Lajolo pelo apoio nas etapas do método Delphi. Aos grandes amigos do Hospital do Câncer em Uberlândia e HC-UFU Cláudia, Bruna, Iêda, Cadu, Ana Carolina, Thiago, Dr. EurÃpedes Barra e Dra. Isabel Roscoe pelo incentivo desde o inÃcio, pelo apoio na aplicação de questionários e pela compreensão ao longo destes dois anos de trabalho desenvolvidos paralelamente à oncopediatria. Às amigas Cláudia, Magda e Gizelli; companheiras de créditos e apoio sempre necessário durante a trajetória do mestrado. Somos todas vitoriosas em nosso empenho e no excelente trabalho que agora finalizamos. Aos professores e colegas do Grupo de Qualidade de Vida da Universidade Federal de Uberlândia que colaboraram nas correções de metodologia e que compartilharam etapa por etapa os resultados desta pesquisa. Aos colegas estudantes da Faculdade de Medicina da UFU, aos residentes de Pediatria e todos os pediatras que gentilmente aceitaram responder o questionário e emitiram opiniões fundamentais para a adaptação cultural, com grande sensibilidade e disposição para debater sobre o tema. A todos os professores da pós graduação em Ciências da Saúde e à secretária Gisele de Melo Rodrigues, pelo apoio a todos os alunos. vii Quem não se comunica, se trumbica. José Abelardo Barbosa de Medeiros (1917-1988). viii RESUMO A qualidade da comunicação em saúde associa-se a melhor adesão aos tratamentos e maior satisfação do paciente com o cuidado. Poucos estudos tratam da avaliação das competências comunicativas dos profissionais de saúde que atendem crianças e adolescentes. O Housestaff Communication Survey (HCS) é um instrumento que avalia a percepção da importância de dezesseis habilidades comunicativas especÃficas pediátricas, a confiança em executá-las e o suporte institucional oferecido. Objetivos: Traduzir, adaptar culturalmente para o Brasil e validar o instrumento HCS, avaliar a importância das habilidades comunicativas, a confiança em comunicar-se e o suporte oferecido para o ensino e manutenção das condições adequadas de comunicação dos participantes que responderam o instrumento traduzido. Métodos: O questionário HCS foi traduzido, adaptado culturalmente e validado de acordo com guidelines recomendados na literatura. A versão final em português foi aplicada a estudantes de medicina, residentes e pediatras de um hospital universitário. Foram avaliados a validade de face, a confiabilidade da consistência interna, a reprodutibilidade pelo teste-reteste e os dados perdidos. Resultados: A versão final foi respondida por 182 dos 200 participantes elegÃveis (taxa de resposta de 91%). O coeficiente de confiabilidade alfa Cronbach do grupo todo foi 0,929 para a escala de importância e 0,892 para a escala de confiança. O coeficiente de correlação intra-classe foi de 0,796 para a escala de importância e 0,792 para a escala de confiança no teste- reteste. Vinte e cinco itens deixaram de ser respondidos (0,3%). Noventa e cinco porcento dos participantes referem que comunicar-se eficientemente com seus pacientes é uma prioridade e 94,5% não possuÃam capacitações em comunicação. Os 16 itens da escala de importância foram considerados de importância alta ou muito alta. Na escala de confiança menos da metade dos participantes sentem-se confiantes ou muito confiantes, principalmente para conversar com crianças sobre doenças graves, discutir o fim da vida com pacientes e familiares, interagir com pacientes ou familiares de difÃcil trato, lidar com as emoções dos pacientes e informar um diagnóstico ruim. Na avaliação das escalas por subgrupo verificou-se que pediatras sentem-se mais confiantes que estudantes e quanto maior a idade, maior a confiança em executar os diferentes itens de comunicação. O incentivo da instituição para uma boa comunicação médico-paciente é adequado para 62%. Conclusões: A tradução em etapas originou versão adequada para a lÃngua portuguesa do ponto de vista linguÃstico e técnico. As propriedades psicométricas foram adequadas e semelhantes à s do questionário original. Este instrumento pode ser utilizado para avaliação do ensino de habilidades em comunicação na pediatria e para destacar entre temas importantes quais são os de maior dificuldade de atuação e que devem ser enfatizados no ensino médico. Palavras-chave : comunicação, pediatria, ensino. ix ABSTRACT The quality of health communication is associated to better treatment adherence and greater degree of patient satisfaction. There are few studies on the assessment of the communication abilities of health professionals who assist children and adolescents. The Housestaff Communication Survey (HCS) is an instrument that evaluates the perception of the importance of 16 specific pediatric sills, the confidence for performing them and the institutional support offered. Objectives: Translate into Portuguese, culturally adapt it to Brazilian society and validate the Portuguese version of the HCS instrument, evaluate the importance of communication abilities, the confidence for communication and the institutional support offered to the respondents regarding their professional training and the development of communication abilities. Methods: The HCS questionnaire was translated into Portuguese, adapted culturally and its Portuguese version was validated, according to the guidelines recommended in the literature. The final Portuguese version was answered by medical students, pediatric residents and pediatricians of a university hospital. Face validity, internal consistency reliability, test-retest reproducibility and the missing data were assessed. Results: The final version was answered by 182 of the 200 eligible participants (response rate of 91%). The Cronbach's alpha reliability coefficient of the entire group was 0.929 for the scale of importance and 0.892 for the scale of confidence. The intraclass correlation coefficient was 0.796 for the scale of importance and 0.792 for the scale of confidence on test-retest. Twenty-five items were not answered (0.3%). Ninety-five percent of participants reported that effective communication with their patients is a priority and 94.5% indicated they had no previous participation in a program to improve their communication skills with patients. All the 16 items of the communication skills studied were rated as high or very high in importance. Concerning the scale of confidence, half or fewer of the participants indicated they felt rather or very confident about more advanced skills : speaking with children about serious illness, discuss end-of- life issues with patients and families, dealing with the “difficult†patient or parent, ability to respond to patients‟ emotions and giving bad news to patient and family. In the evaluation of the scales by subgroup, pediatricians were found to be more confident than students, and older respondents expressed greater confidence for performing the different communication items. The institutional support and incentives to the promotion of good physician-patient communication was found to be adequate for 62%. Conclusions: The translation in stages ensured an adequate Portuguese version both in the linguistic and technical aspects. The psychometric properties were adequate and similar to those in the original questionnaire. This instrument can be used for the assessment of the teaching of communication abilities in pediatrics and to identify the most difficult subjects that should be addressed as a priority in medical education. Keywords: communication, pediatrics, teaching. x LISTA DE TABELAS E FIGURAS Figura 1 Médias e desvios padrão a cada rodada do item 11 33 Figura 2 Médias e desvios padrão a cada rodada do item 3 33 Figura 3 Médias e desvios padrão a cada rodada do item 13 34 Figura 4 Médias e desvios padrão a cada rodada do item 33 34 Figura 5 Médias e desvios padrão a cada rodada do item 29 35 Figura 6 Dispersão dos desvios padrão de cada item na primeira rodada 35 Figura 7 Dispersão dos desvios padrão de cada item na segunda rodada 36 Figura 8 Dispersão dos desvios padrão de cada item na terceira rodada 36 Figura 9 Dispersão dos desvios padrão de cada item na quarta rodada 37 Figura 10 Percentual de participantes que relatou as habilidades em comunicação como importantes e a confiança que possuem para desenvolver cada item (n=182) 43 Tabela 1 Exemplos do processo de tradução, reconciliação e retrotradução de itens ou palavras do questionário 39 Tabela 2 CaracterÃsticas sócio-demográficas dos pediatras 40 Tabela 3 Coeficiente de confiabilidade alfa Cronbach geral e por subgrupos 41 Tabela 4 Percentual de participantes que relatou sentir-se confiante ou muito confiante em cada item de comunicação 44 Tabela 5 Relação entre o percentual de importância alta/ muito alta e o de confiante/ muito confiante para cada item das escalas 45 Tabela 6 Comparações entre as escalas de importância e confiança 46 Tabela 7 Avaliação dos participantes a respeito do suporte institucional à comunicação 47 xi LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS ABMS - American Board of Medical Specialties ACGME - Acreditation Council for Graduate Medical Education CEP - Comitê de Ética em Pesquisa CNRM - Comissão Nacional de Residência Médica DP - Desvio Padrão FAMED UFU - Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Uberlândia HCS - Housestaff Communication Survey TCLE - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido UFU - Universidade Federal de Uberlândia UTI - Unidade de Terapia Intensiva xii SUMÃRIO 1. INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 14 2. OBJETIVOS .............................................................................................................. 19 3. METODOLOGIA ...................................................................................................... 20 3.1 ESTUDO ............................................................................................................. 20 3.2 PARTICIPANTES .............................................................................................. 20 3.3 INSTITUIÇÃO .................................................................................................... 21 3.4 PROCEDIMENTO .............................................................................................. 22 3.5 INSTRUMENTO DE MEDIDA .......................................................................... 23 3.5.1 HOUSESTAFF COMMUNICATION SURVEY (HCS) ...................................... 23 3.6 TRADUÇÃO ....................................................................................................... 23 1° ETAPA : TRADUÇÃO INICIAL ............................................................................. 24 2° ETAPA : RECONCILIAÇÃO DE TRADUÇÕES .................................................... 24 3° Etapa : Retro-tradução/ Back-translation .............................................................. 24 4° Etapa : Revisores independentes/ Método Delphi .................................................. 24 5° Etapa : Processo final de revisão e verificação gramatical ................................... 26 6° Etapa : Pré-Teste .................................................................................................... 26 7° Etapa : Incorporação dos resultados do pré-teste no processo de tradução. ........ 27 3.7 PROPRIEDADES PSICOMÉTRICAS ........................................................................... 27 3.7.1 Qualidade dos dados ....................................................................................... 27 3.7.1.1 Dados Perdidos ........................................................................................ 28 3.7.2 Confiabilidade ................................................................................................. 28 3.7.2.1 Reprodutibilidade do teste-reteste ........................................................... 28 3.7.2.2 consistência interna.................................................................................. 29 3.7.3 Validade de face .............................................................................................. 29 3.8 HABILIDADES DE COMUNICAÇÃO ......................................................................... 29 3.9 ANÃLISE ESTATÃSTICA .......................................................................................... 30 4. RESULTADOS .......................................................................................................... 31 4.1 PROCESSO DE TRADUÇÃO ..................................................................................... 31 4.1.1 Tradução, reconciliação e retrotradução .......................................................... 31 4.1.2 Apontamentos da autora ..................................................................................... 31 4.1.3 Consenso pelo método Delphi modificado ......................................................... 32 4.1.4 Pré-teste e entrevistas cognitiva e retrospectiva ................................................ 37 4.1.5 Revisões LinguÃsticas e versão final ................................................................... 38 4.2 AMOSTRA ............................................................................................................. 39 4.3 DADOS PERDIDOS ................................................................................................. 40 4.4 CONFIABILIDADE DAS ESCALAS ........................................................................... 41 4.5 TESTE E RETESTE.................................................................................................. 41 4.6 ATITUDES EM COMUNICAÇÃO ............................................................................... 42 4.7 IMPORTÂNCIA DAS HABILIDADES EM COMUNICAÇÃO ........................................... 42 4.8 CONFIANÇA EM EXECUTAR AS HABILIDADES EM COMUNICAÇÃO .......................... 44 4.9 SUPORTE INSTITUCIONAL ..................................................................................... 46 5. DISCUSSÃO .............................................................................................................. 48 6. CONCLUSÕES .......................................................................................................... 52 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÃFICAS .................................................................... 53 xiii ANEXOS ............................................................................................................................ 57 ANEXO A : PARECER DO COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA DA UFU .................................. 58 ANEXO B : PERMISSÃO DE TRADUÇÃO CONCEDIDA PELA AUTORA ................................... 59 ANEXO C : HOUSESTAFF COMMUNICATION SURVEY (HCS) ............................................. 61 APÊNDICES ...................................................................................................................... 62 APÊNDICE A : TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO ................................. 62 APÊNDICE B : QUESTIONÃRIO SÓCIO-DEMOGRÃFICO ....................................................... 63 APÊNDICE C : TRADUÇÕES, RECONCILIAÇÃO E RETROTRADUÇÃO ................................... 64 APÊNDICE D: APONTAMENTOS DA AUTORA ..................................................................... 70 APÊNDICE E: ETAPAS DO MÉTODO DELPHI ...................................................................... 73 APÊNDICE G : VERSÃO FINAL PARA PRÉ-TESTE .............................................................. 110 APÊNDICE H : ENTREVISTA COGNITIVA E RETROSPECTIVA ............................................ 112 APÊNDICE I : AVALIAÇÃO LINGÜÃSTICA PÓS PRÉ-VALIDAÇÃO ........................................ 115 APÊNDICE J : VERSÃO FINAL PARA VALIDAÇÃO ............................................................. 119 14 1. INTRODUÇÃO A eficiente relação médico-paciente, o conhecimento e aprimoramento da profissão médica aliados ao cumprimento de preceitos éticos e bioéticos são os atuais pilares para o responsável exercÃcio da Medicina, resgatando-se conceitos de integralidade no cuidado do paciente (CALLEGARI, 2010). Aprender a comunicar-se é o primeiro passo para a re-humanização do contato médico-paciente (RAO, 2007). A adequada comunicação em saúde está diretamente ligada à empatia que o paciente tem por seu médico desde a primeira consulta ou contato (EIDE, 2003).Pode aumentar o envolvimento do paciente na decisão de seus cuidados, diminuir o referenciamento para outros especialistas bem como evitar a realização de exames laboratoriais e radiológicos desnecessários (STEWART, 2000). Comunicação eficiente é elemento central na adesão a tratamentos preventivos e curativos (DiMATTEO, 2004), proporciona melhor manejo de condições crônicas (GASCÓN, 2004) e aumento da satisfação do médico e de seu paciente relacionada a qualidade do cuidado (LINZER, 2000). A redução de queixas por mau atendimento por parte dos pacientes, a decisão por manter o seguimento de saúde linear com determinado profissional (SAFRAN, 2001), bem como a redução do risco de erros médicos (DiMATTEO, 2004) também já foram amplamente avaliadas e relacionadas com o compartilhamento adequado das informações entre o médico, o paciente e seu cuidador. Durante a prática médica, o ato de comunicar más notÃcias é corriqueiro, principalmente em sub-especialidades de mais alta complexidade, e afeta tanto o médico quanto o paciente. A reação a este evento varia de indivÃduo para indivÃduo de acordo com sexo, idade, escolaridade, religião e cultura. A compreensão da notÃcia pelo paciente também será pior se este perceber seu médico ansioso, deprimido, irritado ou pressionado (PTACEK, 1996). Define-se como má notÃcia qualquer notÃcia drástica que negativamente altere a visão de futuro do paciente (METHA, 2008). Estudos evidenciam que a maneira com que as informações são transmitidas é fator decisivo para amenizar o estresse e os 15 ressentimentos, melhorando o entendimento, a aceitação e o ajustamento familiar a nova situação (FALLOWFIELD, 2004). O médico deve, portanto, estar apto a desenvolver uma relação sensÃvel, efetiva e de satisfação mútua com seu paciente, buscando entendimento e cuidado com empatia, respeito e compaixão. Tais fatores interpessoais aliam a comunicação verbal à não verbal e associam ao ato de comunicar a troca de olhar, os elementos posturais, de voz e de expressão facial (DYCHE, 2007). Várias recomendações e consensos internacionais foram estabelecidos com objetivo de melhorar a eficiência das técnicas de comunicação, evitando-se erros comuns como local inapropriado para conversas delicadas, pouca disponibilidade de tempo para tal e utilização de jargões ou termos médicos de difÃcil compreensão (MAUSKCH, 2008). A adequada comunicação em saúde, prezando veracidade, privacidade, confiança e fidelidade entre médicos e pacientes é tema de diversos estudos que avaliam por meio de escalas qualitativas as habilidades comunicativas dos profissionais (REES, 2002; WRIGHT, 2006). Frutos destas avaliações são as importantes contribuições compiladas em forma de consenso e utilizados tanto para médicos quanto para estudantes de Medicina. O Consenso Kalamazoo (BAYER-FETZER CONFERENCE, 2001) e o The Four Habits Coding Scheme (KRUPAT, 2005), são exemplos importantes a serem citados. No Consenso Kalamazoo são enumeradas algumas atitudes que guiam a troca de informações entre médicos e pacientes com objetivo de facilitar a identificação dos pontos-chave do diálogo e as melhores atitudes a serem adotadas para cada situação. Os tópicos compreendem a construção da relação, abertura de discussão com valorização das queixas e comentários do paciente, resumo e entendimento das informações, compreensão da perspectiva do paciente sobre sua doença, orientação de maneira clara e checagem do entendimento das condutas, estÃmulo a co-participação na tomada de decisões e definição do próximo encontro para seguimento. Essas recomendações são adaptadas ao ensino médico de diferentes formas, seja na implementação destes tópicos em espaço maior no currÃculo acadêmico (NOVACK, 1997), seja em cursos psicodramáticos de vivência do ensino em Psicologia Médica, oferecendo-se feedback aos alunos durante simulações de situações clÃnicas difÃceis (VAIDYA, 1999; MEIJER 2009; MAGALHÃES, 2009). Em Pediatria, a comunicação torna-se ainda mais delicada por envolver pacientes, pais e familiares, devendo-se ponderar o que, como, quando, quanto e a quem se deve informar. 16 Desde 1968, a pediatra Bárbara Korsch observa que a boa relação médico-paciente é fator essencial para a qualidade do cuidado (KORSCH, 1968). Os pais valorizam muito médicos que preocupam-se com as crenças e sentimentos de suas crianças, na tentativa de compreender melhor a sua perspectiva do adoecimento (STREET, 1991). Pais e cuidadores esperam uma vida feliz e saudável para seus filhos. Ao receberem más notÃcias sobre doenças graves acometendo seus filhos sentem-se culpados, descrentes e angustiados. O médico pode minimizar estes sentimentos quando está seguro para interagir com os familiares atuando com calma e sensibilidade, de maneira equilibrada para não destituir a esperança em cura ou melhores prognósticos. A comunicação eficiente com a criança e a famÃlia é uma das ações mais importantes da atuação profissional em Pediatria, especialmente no processo de terminalidade. Atingir a boa comunicação proporciona melhores mecanismos de expressar emoções e de encontrar meios para enfrentar a doença. A má notÃcia leva a uma tomada de decisões familiares, por isso deve ser bem compreendida e gerar posicionamentos conscientes que envolvam o cuidado com qualidade (DE CAMARGO, 2007). As consultas pediátricas requerem não só o contato com o paciente como também o envolvimento com os pais e demais familiares nas decisões. É necessário entendimento da dinâmica familiar e adaptação para o momento atual de desenvolvimento e cognição da criança. A aquisição de conceitos de saúde e doença inicia-se entre quatro e seis anos e a compreensão de etiologia, prevenção e cura desenvolvem-se a partir daà (BREWSTER, 1982). Baseado em todos estes fatores, o profissional deve atuar com integridade, profissionalismo e ética buscando bom relacionamento, inclusive, com todos os membros da equipe de saúde. Trata-se de uma intervenção centrada na relação, na qual todos os envolvidos (médico, paciente, familiares e equipe) são participantes ativos e conduzem juntos as decisões (RIDER, 2011). Necessidades psicossociais motivaram até 65% das consultas de atendimento primário em pediatria e que 85% das mães de crianças na primeira infância apreciam e não se negam a responder questões relacionadas aos estressores emocionais no cuidado (KAHN, 1999). Os programas de treinamento para aprimorar comunicação com crianças, adolescentes e seus familiares são pouco frequentes, tanto em forma de cursos de 17 capacitação ou atividades teóricas quanto nas oportunidades de se observar a prática médica diária desde a graduação até a residência médica (PEROSA, 2008). Estudantes que possuem acesso a hospitais terciários onde há uma grande concentração de crianças com patologias graves como, por exemplo, pacientes com doenças oncológicas, tem a oportunidade de observar experiências clÃnicas na comunicação de más notÃcias que, dependendo de como são retratadas e discutidas em grupo, geram uma experiência prática única para sua formação. Estas experiências variarão conforme as necessidades dos pacientes e a habilidade dos preceptores que conduzem os atendimentos. São oportunidades diversas, menos freqüentes e mais complexas que o universo do indivÃduo adulto que lida com problemas de saúde, pois, nestes casos, há uma famÃlia cuidadora envolvida no processo de tomada de decisões e autonomia (DUBÉ, 2003). Nos Estados Unidos, desde 1999 o Acreditation Council for Graduate Medical Education (ACGME) prevê em seu plano de ensino que médicos residentes devem aprimorar suas habilidades interpessoais de comunicação em saúde. Da mesma forma, a American Board of Medical Specialties (ABMS), a Federation of State Medical Boards e a Joint Comission adicionam aos currÃculos a necessidade de incluir estas habilidades como pré-requisitos da formação completa do aluno (RIDER, 2010). Com o objetivo de avaliar competências comunicativas de médicos residentes em Pediatria, inclusive a maneira com que são preparados para este contato, com objetivo de adequar e melhorar o ensino médico em Pediatria, o Departamento de Pediatria da Escola de Medicina de Harvard elaborou e validou, com respaldo de equipe de conhecedores do tema previamente atuante no ACGME (RIDER, 2006) o único instrumento disponÃvel na literatura, em formato de questionário, baseado em outros instrumentos direcionados a condução de pacientes adultos (RIDER, 2008). No questionário, denominado Housestaff Communication Survey, (HCS) são abordados temas como discussão acerca da terminalidade, lidar com paciente ou familiar de “difÃcil tratoâ€, falar com a criança sobre doenças graves, lidar com diferenças culturais e psicossociais entre os doentes, entre outros. Embora várias instituições de ensino superior brasileiras ofereçam currÃculos médicos com metodologias inovadoras de ensino-aprendizagem, a maioria ainda adota o modelo flexneriano, que tende a reforçar a neutralidade do médico na relação com seu 18 paciente na medida em que prioriza a doença, o conhecimento fragmentado em disciplinas, centrado no professor, baseado em aulas expositivas que visam primordialmente competência técnico-cientÃfica (PAGLIOSA, 2007). Durante a formação teórica e prática não há formalmente programas destinados a comunicação em saúde tanto no conteúdo programático do curso médico quanto nos programas de residência médica. Diante da escassez de tão relevante tema durante a formação do médico geral e principalmente do pediatra nos currÃculos tradicionais brasileiros, verificar as deficiências de comunicação dos médicos, tanto em formação acadêmica geral quanto na sua especialização e durante a sua carreira como Pediatra torna-se fundamental na busca de melhorias de ensino e educação médica continuada. 19 2. OBJETIVOS ï‚· Traduzir, adaptar culturalmente para o Brasil e validar o instrumento Housestaff Communication Survey de avaliação de habilidades em comunicação na Pediatria. ï‚· Avaliar a importância das habilidades comunicativas, a confiança em comunicar-se e o suporte oferecido para o ensino bem como a manutenção das condições adequadas de comunicação. 20 3. METODOLOGIA 3.1 ESTUDO Este é um estudo transversal aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) em 11/06/2010 (Protocolo CEP/UFU 166/10 – Anexo A). Foi obtida previamente a permissão da autora do questionário Housestaff Communication Survey (Dra Elizabeth Rider – Anexo B) para utilização no estudo. O processo de tradução, adaptação cultural e validação foi conduzido em três etapas: tradução, pré-teste e validação. De julho a dezembro de 2010 foi realizado o processo de tradução. Em janeiro e fevereiro de 2011 o pré teste e de fev a junho de 2011 a validação. 3.2 PARTICIPANTES A amostra elegÃvel para este estudo incluiu todos os possÃveis participantes da instituição e era composta por 200 indivÃduos entre médicos assistentes, colaboradores ou docentes em Pediatria do Hospital de ClÃnicas da UFU, atuantes nos setores de Pronto Socorro, Enfermaria, Berçários, Ambulatórios, UTI Neonatal e Pediátrica (n= 70), médicos residentes em Pediatria do primeiro ao quarto ano (n=30) e estudantes do 10º., 11º. e 12º. perÃodos da graduação em Medicina que já tivessem cumprindo estágio supervisionado regulamentar na Pediatria (n=100). No pré-teste, a versão pré-final do questionário foi auto-aplicada, por conveniência, a 10 indivÃduos (3 médicos pediatras, 4 médicos residentes em Pediatria e 3 estudantes de medicina) . Para a realização da reprodutibilidade pelo teste-reteste, 31 participantes (16 pediatras e residentes em Pediatria e 14 estudantes de Medicina) foram convidados a responder novamente o questionário traduzido após 15 a 30 dias da primeira participação. Foram excluÃdos do estudo participantes que se recusaram a preencher o instrumento e profissionais afastados de suas atividades habituais durante o perÃodo do estudo. 21 Questionarios com mais de 20% de itens não respondidos também foram excluÃdos da análise. 3.3 INSTITUIÇÃO A FAMED-UFU adota o ensino médico tradicional pelo currÃculo flexneriano com duração de seis anos, sendo dois anos de ciências básicas, dois anos e meio de treinamento clÃnico e um ano e meio de treinamento supervisionado em serviço (internato) quando os estudantes terão contato mais duradouro com os pacientes e seus familiares, sendo um ano em ambiente hospitalar e seis meses em ambiente ambulatorial. Durante a formação teórica e prática não há formalmente na matriz curricular programas destinados a comunicação em saúde. Estes temas são abordados de maneira breve em disciplinas como Ética e Psicologia Médica durante o quarto e quinto anos da faculdade (sétimo, oitavo e nono perÃodos). Para a Pediatria, o tempo dedicado a formação teórica é de 150 horas teóricas e 216 horas práticas de semiologia e puericultura (6,8% do total de horas ) mais 835 horas de prática no internato (24,8% do total de horas), o que equivale a um contato com a disciplina em 13,3% das horas de todo curso médico da instituição. Não há disciplinas optativas na área e todos os módulos são obrigatórios a todos os estudantes. A sala de aula é o principal local de exposição teórica e os alunos são avaliados por seu desempenho cognitivo em provas teóricas. A auto-avaliação não é utilizada como estratégia avaliativa, nem para o aluno nem para o docente. Já o programa de residência médica em Pediatria da instituição segue as normatizações da Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM), que através da resolução CNE/CES n o 2, de 17 de maio de 2006 estabelece a formação do pediatra generalista em dois anos, sendo o primeiro ano com 20% de carga horária anual em unidade de internação, atendendo de 5 a 10 pacientes/dia, 40% de carga horária anual em ambulatórios de atenção primária, 10% da carga horária anual para serviços de urgência e emergência e 10% da carga horária anual em neonatologia. No segundo ano, a unidade de internação ocupa 20%, ambulatórios 25%, urgência e emergência 15%, neonatologia 10% e cuidados intensivos 10% da carga horária anual. 22 Em ambos os anos destina-se 20% da carga horária anual para cursos teóricos, sendo matérias obrigatórias atenção peri-natal (binômio mãe-feto e reanimação neonatal), treinamento em aleitamento materno, controle de infecção hospitalar, controle de doenças imunoprevenÃveis, prevenção de acidentes na infância e na adolescência, crescimento e desenvolvimento e atenção a saúde do adolescente. Não há obrigatoriedade ou menção a comunicação em saúde no conteúdo programático. (COMISSÃO NACIONAL DE RESIDÊNCIA MÉDICA, 2006) 3.4 PROCEDIMENTO As etapas de tradução do instrumento ocorreram em um Centro de LinguÃstica sediado na cidade de Uberlândia – MG e por meios eletrônicos para realização do método Delphi e das correções linguÃsticas. Após a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), os Os participantes responderam de forma auto-aplicada um questionário elaborado para identificar variáveis sócio-demográficas como idade, sexo, ocupação/ ano de curso da Medicina, subespecialidade pediátrica, ano de graduação, ano de especialização, setor prioritário de trabalho e formação com pós-graduação quando aplicáveis. O questionário também continha uma pergunta sobre capacitação em comunicação na Pediatria. (Apêndice B)Todos os profissionais e estudantes foram abordados pessoalmente durante suas atividades diárias para participação, com agendamento de momento oportuno para auto-resposta do instrumento. Na tradução, adaptação cultural e validação no Brasil foi optada, com aval da autora, pela aplicação do instrumento, com as devidas adaptações, não só para médicos residentes como também para estudantes de Medicina e Pediatras por julgar-se este tema relevante durante todo processo de formação do profissional médico. Para a realização do pré-teste, a versão pré-final do questionário foi auto-aplicada, , a 10 indivÃduos (3 médicos pediatras, 4 médicos residentes em Pediatria e 3 estudantes de medicina) e, para a realização da reprodutibilidade pelo teste-reteste, 31 participantes (16 pediatras e residentes em Pediatria e 14 estudantes de Medicina) foram convidados a responder novamente o questionário traduzido após 15 a 30 dias da primeira participação, também por conveniência.Tanto os participantes do pré-teste quanto os participantes do teste-reteste foram escolhidos por conveniência. 23 3.5 INSTRUMENTO DE MEDIDA 3.5.1 HOUSESTAFF COMMUNICATION SURVEY (HCS) O instrumento em lÃngua inglesa utilizado possui tÃtulo original “Housestaff Communication Survey†(RIDER, 2008) (Anexo C) Trata-se de um questionário desenvolvido por membros do Institute of Ethical and Professionalism ligado ao Departamento de Pediatria da Harvard Medical School, baseado em revisões de literatura e outros questionários de comunicação em saúde que foi revisado por conhecedores da área para validação de face. O HCS conta com doze itens referentes ao suporte oferecido pela instituição durante a formação do residente e na prática diária do profissional pediatra além de dezesseis itens em uma escala de importância de determinadas atitudes na prática médica e os mesmos dezesseis itens em uma escala de confiança para realizar tais atitudes. Os escores são distribuÃdos em escalas de cinco pontos de Likert, que variam, para o suporte institucional, entre “discordo totalmente†e “concordo totalmenteâ€, para a escala de importância, entre “ importância muito baixa†e “importância muito alta†e para a escala de confiança, entre “nada confiante†e “muito confianteâ€. Este instrumento foi criado primariamente para avaliar atitudes de residentes de Pediatria em relação à comunicação em saúde, a percepção que tinham da importância deste tema em sua formação médica, a confiança que possuÃam em suas habilidades em comunicação além do suporte institucional que recebiam para aprimoramentos. 3.6 TRADUÇÃO A metodologia de tradução e validação transcultural do Housestaff Communication Survey foi realizada de acordo com as normas internacionais de tradução de instrumentos (EREMENCO, 2005; ACQUADRO, 2008; BEATON, 2000), respeitando-se as seguintes etapas: 24 1° ETAPA : TRADUÇÃO INICIAL A tradução do HCS da versão de origem (inglês) para a lÃngua-alvo (português) foi realizada por dois tradutores (T1 e T2) profissionais bilÃngües, nativos da própria lÃngua- alvo, sem formação médica, sem conhecimento prévio dos conceitos contidos na escala, de forma independente e simultânea, com o objetivo de obter uma tradução com linguagem próxima da utilizada pela população em geral e de destacar os significados ambÃguos da escala de origem. 2° ETAPA : RECONCILIAÇÃO DE TRADUÇÕES Os tradutores trabalharam juntos, com o auxÃlio dos pesquisadores, para produzir uma versão única da primeira tradução. Nesta reconciliação também foram anotadas as principais dificuldades em sintetizar as duas versões em uma. Com isso, foi possÃvel oferecer maior objetividade ao processo, outras possÃveis interpretações, resolver qualquer discrepância e assegurar compatibilidade linguÃstica entre as duas traduções. 3° ETAPA : RETRO-TRADUÇÃO/ BACK-TRANSLATION Um tradutor nativo em região de lÃngua inglesa, fluente em lÃngua portuguesa, sem envolvimento com os passos anteriores de tradução, com nÃvel superior e algum conhecimento em Ciências da Saúde traduziu novamente a versão conciliada para a LÃngua Inglesa, verificando-se aqui as principais dificuldades em retornar o questionário ao formato original. Esta versão foi apresentada à autora do questionário original que fez apontamentos sobre a versão retrotraduzida antes do consenso final. 4° ETAPA : REVISORES INDEPENDENTES/ MÉTODO DELPHI 25 Um comitê formado por 6 participantes, dentre eles todos os tradutores, autores do projeto e conhecedores do tema proposto, foi convidado a analisar conjuntamente as traduções (1 e 2), a reconciliação, a retro-tradução, a versão original e os comentários da autora, através da Técnica Delphi modificada, com o principal propósito de avaliar a equivalência semântica, idiomática, experimental e conceitual entre a escala original, a retro-tradução e a versão alvo. A técnica Delphi modificada (Delphi eletrônico para tomada de decisão) baseou- se na construção estruturada de questionários por dois coordenadores, com questões quantitativas e qualitativas, contendo todas as etapas anteriores de tradução, comentários do autor e a escala original (HSU, 2007). Os anexos dos questionários foram enviados por correspondência eletrônica (e- mail) para os revisores que foram solicitados a responder o formulário em um tempo máximo de dez dias. A cada rodada foram respeitadas as principais caracterÃsticas do método: o anonimato dos respondentes, a representação estatÃstica da distribuição dos resultados, por meio da porcentagem de concordância entre os revisores e a retroalimentação (feedback) das respostas do grupo para reavaliação nas rodadas subseqüentes . Na primeira rodada, os revisores escolhiam a melhor entre as opções de tradução (1 e 2) e a reconciliação, de acordo com o seu conhecimento e as observações feitas pelo autor, e expressavam a sua justificativa ou sugestão quando aplicável. A segunda rodada foi feita a partir das análises dos resultados da primeira rodada e assim sucessivamente para as demais rodadas, para identificar convergência e mudança nos julgamentos e opiniões dos respondentes (HASSON, 2000). A média e o desvio padrão das respostas possÃveis foram calculados em cada item e em cada rodada, para identificar as mudanças de opinião dos revisores e o grau de concordância entre as rodadas. A média como uma medida de tendência central representa a opinião do grupo do painel e o desvio padrão, como uma medida de dispersão, o grau de concordância com o painel (GREATOREX, 2000). Os itens que obtiveram 100% de concordância na primeira rodada (mesma opinião e total concordância entre os revisores) não receberam aplicação da técnica Delphi. O processo foi encerrado com base nos critérios predefinidos de finalização: consenso mÃnimo de 80% de concordância entre os revisores ou estabilidade das respostas através das rodadas (manutenção da mesma porcentagem de escolha do item pelos 26 revisores e da média e do desvio padrão das respostas possÃveis) a partir da segunda rodada, verificada em um número máximo de quatro rodadas. Portanto, o consenso pode ser atingido completamente em cada rodada ou alcançado mais tarde como resultado do processo Delphi que é capaz de detectar mudanças de opinião e concordância dos revisores entre as rodadas. Isso contribui para a obtenção de uma decisão final de melhor qualidade e mais confiável (GREATOREX, 2000; HASSON, 2000). 5° ETAPA : PROCESSO FINAL DE REVISÃO E VERIFICAÇÃO GRAMATICAL Os pesquisadores e um coordenador de linguagem avaliaram discrepâncias entre os revisores para definição da versão pré final de cada item. 6° ETAPA : PRÉ-TESTE O pré-teste tem como finalidade identificar e corrigir possÃveis traduções reversas (significado oposto ao item original) e erros de tradução (sem correspondência ao significado do item em inglês), além de propiciar neste momento a validação de face do conteúdo global do questionário. Para tanto, foram selecionados por conveniência 10 sujeitos (5%) da população do estudo nesta etapa. Os participantes responderam o TCLE, o questionário demográfico e o instrumento traduzido. A análise qualitativa foi realizada por meio de duas breves entrevistas : A - Entrevista retrospectiva A entrevista retrospectiva teve como objetivo analisar, de forma geral, a versão pré- final. Os sujeitos foram questionados se: apresentaram dificuldade na compreensão dos itens, identificaram itens irrelevantes ou ofensivos e gostariam de acrescentar outros itens/tópicos/temas ou outros comentários. 27 B - Entrevista cognitiva A entrevista cognitiva teve como objetivo assegurar que o significado dado a cada item pelo autor da escala seja o mesmo entendido pelo entrevistado. Os sujeitos foram solicitados a identificar, em cada item, problemas na sua interpretação e possÃveis alternativas de tradução. A entrevista cognitiva é parte fundamental do processo de adaptação cultural do instrumento. 7° ETAPA : INCORPORAÇÃO DOS RESULTADOS DO PRÉ-TESTE NO PROCESSO DE TRADUÇÃO. As observações do pré-teste foram compiladas, tabuladas e caso houvesse resposta maior que 20% em alterações em cada item, este item seria modificado de acordo com a sugestão oferecida. Este instrumento foi novamente submetido a revisão linguÃstica para finalmente obtermos a versão final para validação. Em cada etapa do processo (tradução, pré-teste e comentários dos avaliadores) foi realizado um relatório para registrar as informações obtidas. 3.7 PROPRIEDADES PSICOMÉTRICAS Foram avaliadas na validação as seguintes propriedades psicométricas: qualidade dos dados, confiabilidade e validade de face. 3.7.1 QUALIDADE DOS DADOS A análise da qualidade dos dados verificou o percentual de dados perdidos e a validade de face. 28 3.7.1.1 DADOS PERDIDOS Dados perdidos referem-se à proporção de participantes que não completaram pelo menos um item da escala. Quanto menor a taxa de itens não preenchidos melhor a qualidade dos dados, refletindo maior aceitabilidade e compreensão das questões pelos participantes. A taxa de resposta igual ou acima de 80% é considerada aceitável (McHORNEY, 1994). 3.7.2 CONFIABILIDADE A confiabilidade estima a acurácia ou precisão do instrumento (GUYATT, 1997) e refere-se ao grau em que os escores estão livres de erros de medida (McHORNEY, 2004). A avaliação da confiabilidade foi realizada por meio da confiabilidade teste-reteste e confiabilidade da consistência interna. 3.7.2.1 REPRODUTIBILIDADE DO TESTE-RETESTE A reprodutibilidade do teste-reteste mede a correlação entre avaliações em dois pontos no tempo e refere-se a quanto os mesmos escores poderão ser obtidos quando o instrumento é aplicado à mesma pessoa em ocasiões diferentes (em geral, em duas semanas), o que permite verificar a reprodutibilidade da escala. Os sujeitos são avaliados com o mesmo instrumento, mas em ocasiões diferentes, o que permite controlar apenas as variâncias de conteúdo relacionadas à amostragem de tempo. As fontes de erro presentes nesse tipo de estudo referem-se à desatenção por parte dos respondentes, à s respostas aleatórias, a um possÃvel processo de aprendizagem dos examinados, dentre outros (RUEDA, 2008). A escala foi reaplicada em 31 indivÃduos (15 estudantes de medicina e 16 médicos pediatras e residentes de Pediatria) e a confiabilidade teste-reteste verificada por meio do coeficiente de correlação intraclasse (CCI). 29 O CCI, uma medida de proporção de variância que é atribuÃda ao objeto de medida, foi estimado por meio da análise de variância considerando o modelo de um fator com efeitos aleatórios (One- Way Random Effects Model). Valores de CCI abaixo de 0,4 são considerados como “pobreâ€, entre 0,4 e 0,75, “moderada para boaâ€, e acima de 0,75,“excelente†confiabilidade. (LASCHINGER, 1992). 3.7.2.2 CONSISTÊNCIA INTERNA A confiabilidade da consistência interna refere-se ao grau de inter-correlação entre os itens em uma escala, a qual é mensurada por meio do coeficiente alfa Cronbach que é afetado pelo número e inter-correlação dos itens, bem como pela dimensionalidade da escala. Coeficientes entre 0,5 a 0,7 (ou maiores) são recomendados com o propósito de comparar grupos (McHORNEY, 1994). O coeficiente de alfa Cronbach com intervalo de confiança a 95% (IC 95%) foi calculado para o total da amostra e para cada subgrupo (médicos residentes, estudantes de medicina e pediatras). 3.7.3 VALIDADE DE FACE A validade de rosto ou de face, realizada durante o pré-teste, é uma descrição técnica de julgamento realizada pelos participantes que indica se, na sua aparência, o instrumento parece avaliar as qualidades desejadas e medir o conceito proposto. A validade de face do questionário aqui traduzido também foi realizada pelo comitê de especialistas que elaborou a versão original em inglês (RIDER, 2008; VIANA, 2008). 3.8 HABILIDADES DE COMUNICAÇÃO Os escores obtidos das escalas de importância e confiança do HCS foram comparados segundo o respondente (médicos, residentes ou estudantes), o gênero e a idade. Os dados referentes ao suporte institucional oferecido foram descritos em percentuais. 30 Nas escalas de importância e confiança, os percentuais de cada item de “importância alta ou muito alta“ foram comparados com os percentuais assinalados como “confiante ou muito confianteâ€. 3.9 ANÃLISE ESTATÃSTICA A análise descritiva foi utilizada para referir os dados sócio-demográficos dos participantes. Estes dados foram representados por estatÃstica não-paramétrica, uma vez que não apresentaram distribuição normal por meio do teste de Lilliefors. Os dados perdidos foram avaliados em percentual de questões não respondidas em relação ao total de questões possÃveis. A consistência interna foi verificada pelo coeficiente alfa Cronbach e a confiabilidade do teste-reteste, pelo coeficiente de correlação Intra-Classe (CCI). As escalas de importância e confiança do HCS foram comparadas em relação ao subgrupo (médicos, residentes e estudantes), à idade e ao gênero por meio das análises de variância (ANOVA), do Teste t e da correlação de Pearson, respectivamente. Nas mesmas escalas, através de teste binomial com duas variáveis independentes, comparou-se a relação entre o percentual de importância alta/ muito alta e o de confiante/ muito confiante para cada item das escalas . O nÃvel de significância estatÃstica considerado foi p < 0,05 . O programa SPSS Statistics v 10.0 para Windows foi utilizado para as análises estatÃsticas da maioria dos itens, a análise binomial foi realizada no programa Bioestat e as avaliações das etapas Delphi foram realizadas no Excell 31 4. RESULTADOS 4.1 PROCESSO DE TRADUÇÃO 4.1.1 TRADUÇÃO, RECONCILIAÇÃO E RETROTRADUÇÃO O questionário original em lÃngua inglesa foi enviado aos dois tradutores bilÃngues para as primeiras traduções por meio eletrônico (e-mail). As duas traduções foram compiladas e reconciliadas pelos pesquisadores e por conhecedores da área. Esta versão reconciliada foi retrotraduzida para a lÃngua inglesa e reenviada para avaliação e comentários da autora. (Apêndice 3) 4.1.2 APONTAMENTOS DA AUTORA A autora fez considerações a respeito de discrepâncias entre o questionário original e o retrotraduzido. A maioria das considerações estavam relacionadas a semântica e não ao conteúdo e foram consideradas variações ocorridas apenas pelo processo de retorno para a lÃngua de origem. Entretanto, no primeiro item referente ao suporte institucional para boa comunicação em saúde (“Learning how to communicate effectively with parents is priority for meâ€) o termo original “parents†foi retrotraduzido para “family members†e a autora sugeriu que fosse mantida a expressão “pais†ao invés de “membros da famÃlia†já que a primeira opção é bem corriqueira e adequada em Pediatria. (Apêndice 4 ) A sugestão da autora foi acatada pelo grupo de pesquisadores antes de iniciar o consenso pelo método Delphi . 32 4.1.3 CONSENSO PELO MÉTODO DELPHI MODIFICADO Foram listadas para submeterem-se ao consenso Delphi modificado 38 afirmações referentes ao questionário original que incluÃam além dos itens das escalas de importância, confiança e suporte institucional, as orientações de preenchimento do questionário, o tÃtulo e as escalas Likert. Participaram do painel de consenso os três tradutores envolvidos desde o inÃcio do processo de tradução e três médicos com experiência em tradução, comunicação em saúde e medicina baseada em evidências. Foram realizadas quatro rodadas para obtenção de consenso entre os painelistas. Na primeira rodada era possÃvel realizar sugestões de respostas, a serem avaliadas subsequentemente por todos os painelistas. Os painelistas receberam instruções de preenchimento e o questionário original em lÃngua inglesa em todas as rodadas, além das opções de tradução elegÃveis para cada item. Na primeira rodada de respostas (Apêndice 5) oito itens obtiveram consenso de mais de 80% e não foram incluÃdos na segunda rodada. Nesta etapa foi dada opção ao painelista de sugerir, em questão aberta, uma nova versão de tradução além das listadas no item. Esta sugestão deveria vir acompanhada de uma justificativa para esta mudança. Dos 38 itens, sete receberam uma sugestão cada de reestruturação de frase e cinco itens receberam duas sugestões. Dois painelistas fizeram comentários adicionais ao término das respostas, ambos referindo a dificuldade dos profissionais tradutores em sugerir mudanças em assuntos dos quais não dominavam tecnicamente. Dois painelistas não acrescentaram nenhum tipo de comentário. Os itens sugeridos foram incorporados na segunda rodada de respostas e puderam ser escolhidos pelos demais painelistas, inclusive como a melhor versão final de consenso. Dos 30 itens submetidos a análise de consenso na segunda rodada, oito atingiram consenso, um deles de 100%. A partir desta rodada não havia mais possibilidade de sugerir novas versões de tradução do item ou justificativas de escolha daquele item. O apêndice 6 contém todos os gráficos e tabelas com as médias e desvios padrão de cada item em todas as rodadas em que foi incluÃdo, exceto os consensos em primeira rodada. A figura 1 exemplifica item que obteve consenso de respostas na segunda rodada. A diminuição do desvio padrão é indicativo da evolução para consenso do painel. 33 Figura 1 : Médias e desvios padrão a cada rodada do item 11 Vinte e dois itens seguiram para a terceira rodada de respostas com mais oito consensos, sendo quatro de 100%. A figura 2 exemplifica item que obteve consenso de respostas na terceira rodada. Nesta rodada cinco itens estabilizaram resposta desde a primeira rodada em 66,7% dos respondedores. As alternativas de tradução com esta estabilização de resposta forma consideradas consenso e não mais listadas na quarta etapa. Um item apresentou discordância desde a primeira rodada e também foi retirado da etapa seguinte para definição de consenso pela linguista (item 29). Figura 2 : Médias e desvios padrão a cada rodada do item 3 34 Os oito itens que seguiram para a quarta rodada dividiram-se cinco para consenso, quatro deles de 100% e três mantiveram estabilização de concordância sem consenso de respostas. A figura 3 exemplifica item que obteve consenso de respostas na quarta rodada, enquanto a figura 4 exemplifica item sem consenso e estabilização de resposta. A figura 5 é exemplo de item que manteve a discordância (aumento do desvio padrão ao longo das respostas) no decorrer do painel. Figura 3 : Médias e desvios padrão a cada rodada do item 13 Figura 4 : Médias e desvios padrão a cada rodada do item 33 35 Figura 5 : Médias e desvios padrão a cada rodada do item 23 As figuras 6 a 9 representam a dispersão dos desvios padrão de cada item por rodada. Nas rodadas do método Delphi modificado, a medida em que obtinha-se diminuição do desvio padrão entre as respostas de cada painelista possibilitou-se consenso na maioria dos itens a fim de refinar o processo de tradução. Figura 6 : Dispersão dos desvios padrão de cada item na primeira rodada Delphi 36 Figura 7 : Dispersão dos desvios padrão de cada item na segunda rodada Delphi Figura 8 : Dispersão dos desvios padrão de cada item na terceira rodada Delphi 37 0 0,5 1 1,5 2 2,5 0 1 2 3 4 5 6 Média D e sv io P ad rã o desvios padrão Figura 9 : Dispersão dos desvios padrão de cada item na quarta rodada Delphi Nos itens com estabilização de resposta acima de 50% foram adotadas as respostas de maior percentual. Para os itens com estabilização de resposta em até 50% ou discordância optou-se por consenso entre os pesquisadores e a linguista envolvida na próxima etapa. 4.1.4 PRÉ-TESTE E ENTREVISTAS COGNITIVA E RETROSPECTIVA A versão resultante das etapas do método Delphi modificado foi avaliada por linguista com experiência em tradução que opinou sobre os itens com establização de consenso, ajustou concordâncias e gerou a versão traduzida para o pré-teste (Apêndice 7). Esta versão foi anexada ao questionário sócio-demográfico e ao TCLE e aplicada para dez indivÃduos elegÃveis para o estudo (5% da amostra), sendo estes três estudantes, quatro médicos residentes e três pediatras. Após responderem as questões todos participaram de entrevista cognitiva e retrospectiva baseada em roteiro estruturado. Em cada questão havia opção “não se aplica†para que o entrevistado optasse por considerar aquele tópico irrelevante no contexto das questões. (Apêndice 8) 38 Durante as entrevistas do pré-teste foram apontadas 33 sugestões de modificação nas questões, sete para ajustes de redação para melhor entendimento. Para permitir que além de residentes também estudantes de medicina e pediatras respondessem o questionário, no item que se referia ao “departamento†do residente optou- se por inserir o termo “instituiçãoâ€. O item 12 referente ao suporte institucional (“I teach my medical students to show respect for their patients“) não foi avaliado quando respondido por um estudante. Da mesma forma, o tÃtulo dirigia-se ao “housestaff†e a tradução necessitou ser literal para contemplar médicos/ estudantes de medicina. As escalas de importância e confiança não sofreram adaptações neste sentido. Todos participantes aprovaram o layout de distribuição dos itens e entenderam o questionário, as escalas de Likert e consideram os itens pertinentes para sua prática diária. 4.1.5 REVISÕES LINGUÃSTICAS E VERSÃO FINAL Os sete itens com sugestão de ajuste de redação foram compilados e discutidos com a linguista (Apêndice 9) para a versão final de tradução (Apêndice 10). Alguns exemplos dos procedimentos de tradução estão compilados na tabela 1, a qual diferencia termos originais, termos em português de acordo com os dois tradutores independentes (T1 e T2), termos resultantes da retrotradução e a versão final, após a técnica Delphi, o pré-teste e a avaliação lingüÃstica (Tabela 1). 39 Tabela 1: Exemplos do processo de tradução, reconciliação e retrotradução de itens ou palavras do questionário Original Tradução T1 Tradução T2 Retrotradução (TB) Versão Final em Português answers respostas respostas responses respostas efectively eficientemente efetivamente effective eficientemente rewards requer incentiva stimulates incentiva housestaff residentes funcionários clinical staff médicos/estudantes de Medicina caring cuidado sensibilidade sensitivity consideração building rapport estabelecer relações desenvolver inter- relação positiva establish positive relationships estabelecer relações cultural awareness/ sensitivity consciência/ sensibilidade cultural percepção/ sensibilidade cultural cultural perceptivity/ sensitivity consciência da diversidade cultural e sensibilidade para lidar com ela 4.2 AMOSTRA Dos duzentos indivÃduos convidados a participar do estudo, 182 responderam ao questionário (91%): 79 (43,4%) eram estudantes da Faculdade de Medicina da UFU (idade média 25 anos; DP= 1,85), 29 (16%) médicos residentes de Pediatria (idade média 27,7 anos; DP= 2,377) e 74 (40,6%) médicos pediatras. A maioria era do sexo feminino (67,6%). As caracterÃsticas sócio-demográficas dos pediatras estão descritas na tabela 2. A maioria dos sujeitos (89%) eram formandos ou formados pela UFU e não possuÃam capacitações prévias para melhorias de comunicação com os pacientes (94,5%). Dez participantes declararam já possuir algum contato de capacitação com o tema : quatro no Programa de Educação Permanente da Estratégia Saúde da FamÃlia, quatro em seminários de educação continuada e um durante sua formação de pós graduação em outra instituição. Um participante não referiu o local deste contato e nenhum deles descreveu carga horária envolvida nestas atividades. A taxa de resposta foi de 91% (182/200) sendo a maioria dos que não responderam (77%) proveniente da população de estudantes que fazem estágios externos à Universidade e não puderam participar na ocasião da aplicação dos questionários. Todos os residentes responderam o questionário e seis médicos não responderam : quatro se recusaram e dois 40 estavam de férias ou licença no momento da aplicação. Dois questionários respondidos foram excluÃdos, pois havia mais de 20% de itens não respondidos em cada um deles. Tabela 2 : CaracterÃsticas sócio-demográficas dos pediatras CaracterÃstica Valores numéricos e percentuais Idade média (anos) (DP) 46,3 (9,2) Sexo feminino, n (%) 53,0 (71.6) Especialidade, n (%) ï‚· neonatologista ï‚· pediatra geral ï‚· intensivista pediátrico ï‚· demais especialidades 24,0 (32,4) 19,0 (25,6) 13,0 (17,6) 18,0 (24,4) Local prioritário de Trabalho, n (%) ï‚· Ambulatório ï‚· UTI neonatal ï‚· UTI pediátrica ï‚· Demais locais 26,0 (35,0) 21,0 (28,4) 13,0 (17,6) 14,0 (19,0) Tempo de formatura médio (anos) (DP) 22,0 (9,3) Tempo como pediatra médio (anos) (DP) 18,8 (9,6) Pós Graduação , n (%) ï‚· mestrado ï‚· doutorado 16,0 (22,0) 12,0 (75,0) 4,0 (25,0) 4.3 DADOS PERDIDOS Dos 8293 itens a serem respondidos pelo grupo de participantes, 25 itens (0,3%) deixaram de ser assinalados. A questão com maior perda (seis itens) foi a 12ª. da primeira 41 parte ( " ensino a alunos de Medicina a demonstrarem respeito por seus pacientes") a qual não se aplicava no caso dos alunos e deixou de ser respondida por seis médicos residentes. 4.4 CONFIABILIDADE DAS ESCALAS As escalas de Importância e Confiança possuem avaliação por escala tipo Likert de 5 itens. O coeficiente de confiabilidade alfa Cronbach foi calculado para cada escala e para cada subgrupo (estudantes de Medicina, residentes e pediatras) e está descrito na tabela 3 . Tabela 3 : Coeficiente de confiabilidade alfa Cronbach geral e por subgrupos Grupo Escala de Importância Escala de Confiança Estudantes de Medicina 0,899 0,853 Médicos Residentes 0,944 0,909 Pediatras 0,954 0,923 Total 0,929 0,892 4.5 TESTE E RETESTE No processo de validação foi realizada a aplicação do teste e reteste das escalas de importância e confiança. O reteste foi aplicado a 17% da amostra (31 participantes) num perÃodo de 15 a 30 dias após o teste. O reteste foi aplicado aleatoriamente para estudantes, médicos residentes e médicos assistentes/ docentes. Foi obtido o coeficiente de correlação intraclasse (CCI) para a escala de importância (CCI= 0,796) e para a escala de confiança (CCI= 0,792). 42 4.6 ATITUDES EM COMUNICAÇÃO Os participantes referem em 95% das avaliações que incluem entre as prioridades de sua formação aprender a comunicar-se eficientemente com seus pacientes. Noventa e oito por cento refere que as habilidades em comunicação entre médicos/ estudantes de Medicina e pacientes e entre médicos/ estudantes de Medicina e demais profissionais da saúde poderiam ser aprimoradas. Igual percentual de participantes refere ser importante demonstrar e ensinar alunos a demonstrarem empatia, consideração e respeito por seus pacientes. 4.7 IMPORTÂNCIA DAS HABILIDADES EM COMUNICAÇÃO Todos os itens da escala de importância foram considerados de importância alta ou muito alta para os participantes, variando de 93 a 99% item a item (figura 10). O item avaliado com maior escore (99%) foi a habilidade de se comunicar de forma eficaz com os pacientes e o item de menor percentual (93%) foi a consciência da diversidade cultural e sensibilidade para lidar com ela. 43 Figura 10: Percentual de participantes que relatou as habilidades em comunicação como importantes e a confiança que possuem para desenvolver cada item (n=182) 0 20 40 60 80 100 Capacidade para conversar com crianças sobre doenças graves Capacidade para discutir o fim da vida com pacientes ou familiares Capacidade de interagir com pacientes ou familiares de difÃcil trato Capacidade de lidar com as emoções dos pacientes Capacidade de informar o paciente de um diagnóstico ruim Capacidade de perceber suas próprias reações frente aos pacientes Habilidade para entrevistar adolescentes Capacidade de entender aspectos psicossociais do cuidado com o paciente Consciência da diversidade cultural e sensibilidade para lidar com ela Capacidade de compreender a perspectiva dos pacientes sobre suas doenças Habilidade para entrevistar crianças Capacidade de estabelecer relações com os pacientes Habilidade de se comunicar de forma eficaz com seus pacientes Habilidade para entrevistar familiares Capacidade de demonstrar empatia e consideração para com os pacientes Capacidade de ouvir o paciente Importância alta/ muito alta Confiante/ muito confiante 44 Tabela 4 : Percentual de participantes que relatou sentir-se confiante ou muito confiante em cada item de comunicação Confiante/ muito confiante (%) Capacidade para conversar com crianças sobre doenças graves 22,7 Capacidade para discutir o fim da vida com pacientes ou familiares 28,0 Capacidade de interagir com pacientes ou familiares de difÃcil trato 36,8 Capacidade de lidar com as emoções dos pacientes 47,8 Capacidade de informar o paciente de um diagnóstico ruim 47,8 Capacidade de perceber suas próprias reações frente aos pacientes 58,2 Habilidade para entrevistar adolescentes 59,9 Capacidade de entender aspectos psicossociais do cuidado com o paciente 60,4 Consciência da diversidade cultural e sensibilidade para lidar com ela 67,0 Capacidade de compreender a perspectiva dos pacientes sobre suas doenças 67,1 Habilidade para entrevistar crianças 69,2 Capacidade de estabelecer relações com os pacientes 82,4 Habilidade de se comunicar de forma eficaz com seus pacientes 85,2 Habilidade para entrevistar familiares 85,7 Capacidade de demonstrar empatia e consideração para com os pacientes 90,0 Capacidade de ouvir o paciente 90,1 4.8 CONFIANÇA EM EXECUTAR AS HABILIDADES EM COMUNICAÇÃO Dos dezesseis itens avaliados, mais de 60% dos participantes avaliaram-se confiantes ou muito confiantes em executar nove deles (figura 10). Nos demais itens metade ou menos dos participantes sentem-se confiantes ou muito confiantes, principalmente para conversar com crianças sobre doenças graves, discutir o fim da vida com pacientes e familiares, interagir com pacientes ou familiares de difÃcil trato, lidar com as emoções dos pacientes e informar um diagnóstico ruim (tabela 4). Através de teste binomial com duas variáveis independentes verificou-se a relação entre o percentual de “importância alta/ muito alta†e o de “confiante/ muito confiante†para cada item das escalas (tabela 5). Os dados evidenciam que todos os itens possuem 45 diferença estatisticamente significativa entre o percentual de “importante/ muito importante†em relação ao percentual de “confiante/ muito confianteâ€. Tabela 5 : Relação entre o percentual de importância alta/ muito alta e o de confiante/ muito confiante para cada item das escalas Item Importância alta / Muito alta n (%) Confiante/ Muito Confiante n (%) p 1 181 (99,4) 155 (85,2) < 0,0001 2 177 (97,2) 122 (67,1) < 0,0001 3 179 (98,4) 164 (90,1) 0,0007 4 178 (97,8) 87 (47,8) < 0,0001 5 169 (92,9) 110 (60,4) < 0,0001 6 178 (97,8) 164 (90) 0,0021 7 174 (95,6) 106 (58,2) < 0,0001 8 168 (92,8) 150 (82,4) 0,0045 9 171 (94) 67 (36,8) < 0,0001 10 175 (96,2) 126 (69,2) < 0,0001 11 176 (96,8) 156 (85,7) 0,0002 12 176 (96,7) 109 (59,9) < 0,0001 13 178 (97,8) 51 (28) < 0,0001 14 172 (94,6) 41 (22,7) < 0,0001 15 169 (92,8) 122 (67) < 0,0001 16 178 (97,8) 87 (47,8) < 0,0001 Os resÃduos da análise de variância apresentaram distribuição normal (teste de Kolmogorov-Smirnov). Procedida, então, análise univariada ANOVA e o Teste de Tukey para verificar diferenças nos escores médios das escalas de importância e confiança entre os grupos de médicos, alunos e residentes. Verificou-se que existe diferença estatisticamente significativa entre as escalas de confiança de alunos e médicos, sendo os médicos mais confiantes em executar determinadas ações que os alunos (F = 4,33, p= 0,015), não havendo diferenças entre as escalas de importância e entre alunos e residentes e médicos e residentes. 46 Para verificar influências do gênero nas respostas das escalas de importância e confiança realizou-se o Teste t o qual verificou diferença estatisticamente significante nas respostas das escalas de importância para o sexo feminino (p=0,001) sem diferenças nas escalas de confiança. A análise das escalas em relação a idade se deu através da correlação de Pearson, a qual demonstrou não haver diferenças na escala de importância, mas para a escala de confiança há uma tendência a concluir que quanto maior a idade, mais confiante se torna o profissional (r=0,211, p= 0,002) (tabela 6). Tabela 6 : Comparações entre as escalas de importância e confiança por subgrupo, gênero e idade Importância Confiança média p média p Subgrupo Médicos 4,58 3,75 a (ANOVA/ Tukey) Estudantes 4,57 0,491 3,54 b 0,015 Residentes 4,67 3,55 a, b Gênero valor p valor p (Teste t) Masculino 4,45 0,001 3,69 0,238 Feminino 4,65 3,60 Idade r p r p (Correlação de Pearson) - 0.063 0,201 0,211 0,002 a, b : valores seguidos pela mesma letra não diferem estatisticamente pelo Teste de Tukey 4.9 SUPORTE INSTITUCIONAL Na população avaliada, 62% referiu que a instituição que trabalham ou estudam incentiva boa comunicação entre médico e paciente e mais de 80% referiu receber feedback positivo de suas relações com os pais de pacientes e com os demais membros da equipe de saúde (tabela 7). 47 A disponibilidade de tempo para interagir com os pacientes é adequada para 51%, mas somente 7,7% refere ter disponÃveis treinamentos formais em técnicas eficazes de comunicação. Tabela 7 : Avaliação dos participantes a respeito do suporte institucional à comunicação Concordo/ Concordo totalmente Sou indiferente Discordo/ Discordo totalmente Recebo feedback construtivo referente a meu relacionamento com os pais de meus pacientes 87,3 2,8 9,9 Recebo feedback construtivo referente a meu relacionamento com os demais membros da equipe 81,1 6,7 12,3 A instituição na qual trabalho ou estudo incentiva uma boa comunicação entre médico e paciente 62,4 8,3 29,3 Disponho de tempo adequado para interagir com meus pacientes 51,0 4,0 45,0 Recebo treinamento formal em técnicas eficazes de comunicação com pacientes 7,7 3,9 88,4 48 5. DISCUSSÃO A tradução em etapas do HCS, de acordo com as normas internacionais de tradução de instrumentos e associada a técnica Delphi modificada, possibilitou alcançar versão adequada para a lÃngua portuguesa do Brasil tanto do ponto de vista linguÃstico quanto do ponto de vista técnico. A minúcia neste processo preservou sentido e conteúdo originais, minimizando possÃveis falhas na validação atribuÃveis a traduções pouco rigorosas (BEATON, 2000). Todas as etapas contribuÃram para a versão final. As adaptações lingüÃsticas foram realizadas tanto durante as rodadas Delphi quanto após as sugestões dos participantes do pré-teste fornecidas nas entrevistas retrospectiva e cognitiva. Entre as sugestões de mudança, o item 15 das escalas de importância e confiança (“Cultural awareness/ sensitivityâ€) foi o que mais gerou dúvidas e necessitou de acréscimos de termos em português para que fosse melhor compreendido. Este item ilustra que no processo de tradução deve-se atentar ao fato de que a mera tradução literal pode deixar a afirmação sem sentido em outro idioma, reforçando a necessidade tanto da adaptação cultural quanto lingüÃstica prevista neste processo (LAUFFS, 2008). A minúcia de cada etapa ocupou um terço do tempo previsto no cronograma para realização do estudo. No final, chegou-se a uma versão final para validação adaptada para ser respondida não só por residentes de pediatria, mas também por estudantes de medicina e pediatras que, segundo a autora, não perdeu em conteúdo quando comparado ao texto original. As adaptações culturais durante o pré-teste foram realizadas em apenas 7 itens com poucas modificações de redação. Durante esta etapa, a validade de face foi obtida através dos dados das entrevistas cognitiva e retrospectiva. A facilidade nos ajustes pode ser resultante do fato de que o questionário possui linguagem técnica conhecida e utilizada da mesma forma em inglês e em português tanto pelo estudante de medicina quanto pelo residente e medico pediatra. Os termos “pacientes ou familiares de difÃcil trato†ou “discutir o fim da vida “ são bons exemplos destes termos técnicos. Os questionários de pré-teste, bem como os questionários respondidos no reteste foram solicitados aos participantes por conveniência. O principal motivo para esta conduta 49 foram as constantes trocas de estágios que os estudantes realizaram no perÃodo de coleta de dados, o que torna o acesso ao participante que está em atividade externa à universidade menos possÃvel. Esta limitação pode ser considerada FONTE DE VIES POREM pouco relevante, a medida em que os demais itens de rigor da tradução, das entrevistas cognitivas e retrospectivas e da avaliação das propriedades psicométricas da validação foram rigorosamente seguidos. A confiabilidade da consistência interna das escalas de importância e confiança da versão traduzida foi excelente tanto para o grupo total quanto para os subgrupos de estudantes, residentes e pediatras e estes valores foram semelhantes aos do questionário original (RIDER, 2008). O número de dados perdidos foi bastante pequeno e o coeficiente de correlação intraclasse foi adequado nas avaliações de teste-reteste tanto para a escala de importância quanto para a escala de confiança. Apesar destes dados não terem sido avaliados no estudo original, podem somar-se no intuito de validar esta tradução. Embora tenha havido uma excelente taxa de resposta (91%), o subgrupo de estudantes de medicina foi o que mais deixou de responder aos questionários, o que pode gerar diferenças de percepção entre os respondedores e não respondedores do questionário nesta categoria. A diferença estatÃstica entre as médias dos escores nas escalas de confiança obtidos para estudantes e médicos, sendo os médicos mais confiantes em executar determinadas ações que os estudantes, associado a tendência de correlação positiva entre a idade e os escores obtidos na mesma escala reforça o conceito de que as experiências clÃnicas durante os anos de prática médica sobressaem-se a uma adequada formação para comunicação em saúde (WRIGTH, 2000). A maioria dos participantes considerou todas as habilidades de comunicação como muito importantes ou importantes para sua prática clÃnica diária. Entretanto, a confiança em executar as habilidades é menor para todos os itens, principalmente nas questões mais delicadas de comunicação, como abordagem de terminalidade e comunicação de más notÃcias. Este apontamento é coincidente com o estudo original (RIDER, 2008) e deve ser associado a conclusões obtidas por Kaufman et al (2000) ao apontar que, ao longo dos anos, estudantes de medicina consideram-se mais confiantes em relação a temas mais básicos de comunicação, mas a confiança não se altera quando se observam temas de maior complexidade. Detectar esta dificuldade pode ser decisivo para enfatizar alguns 50 tópicos durante os cursos de formação do estudante e do médico em comunicação, sempre com abordagem dos itens mais básicos, mas enfatizando os temas mais complexos. Uma parcela significativa de participantes neste estudo afirmou receber suporte institucional adequado para comunicar-se tanto com o paciente e seus familiares quanto com os demais membros da equipe de saúde, além de referirem disponibilidade de tempo suficiente para interagir com os pacientes. Este resultado é diverso do estudo original e pode justificar-se pelo fato de que a nossa instituição possui formação prioritariamente assistencial, com estÃmulo à s discussões de casos principalmente durante as visitas à s enfermarias. Tempo suficiente associado à supervisão adequada são importantes diferenciais de atendimento (DOSANJH, 2001). Não há um modelo único definido como a melhor maneira de ensinar o médico a comunicar-se, mas estudos futuros podem aliar o uso deste questionário a implementações dos conceitos de comunicação em saúde em formato de cursos, simulações de situações clÃnicas difÃceis entre outros, tanto no currÃculo médico quanto nas residências de pediatria e nos cursos de educação médica continuada para pediatras. Esta associação permitiria observar se a percepção de importância e confiança dos itens é compatÃvel com a performance e a atitude daquele indivÃduo frente a situações reais ou simuladas (CALHOUN, 2010). No Brasil, as diretrizes curriculares nacionais dos cursos de graduação estabelecem um perfil para o médico brasileiro a ser formado: “formação generalista, humanista, crÃtica e reflexiva; capacitado a atuar pautado em princÃpios éticos, no processo saúde-doença em seus diferentes nÃveis de atenção, com ações de promoção, prevenção, recuperação e reabilitação à saúde, na perspectiva da integralidade da assistência, com senso de responsabilidade social e compromisso com a cidadania, como promotor da saúde integral do ser humano†(VEIGA, 2006). Para atingir esse perfil, o estudante deve desenvolver competências e habilidades relacionadas à atenção à saúde, com possibilidade de tomada de decisões. Deve ser preparado para a busca ativa e avaliação crÃtica de informações e para o processo de educação permanente (BRASIL, MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO, 2001). A qualidade da relação com o paciente pediátrico e seus familiares afeta todos os aspectos do cuidado. As habilidades comunicativas, apesar de serem passÃveis de ensinamento, não acontecem separadas da humanização do médico, de seu profissionalismo e de sua capacidade de ouvir, engajar-se e expressar confiança ao 51 indivÃduo fragilizado em seu processo de doença (BRANCH, 2009). Neste contexto tornam-se indispensáveis as melhorias curriculares em todas as etapas de aprendizado tanto para questões básicas como para as mais complexas da comunicação em saúde. Estudos futuros permitirão avaliar se a percepção de importância e confiança dos itens é compatÃvel com a performance e a atitude daquele indivÃduo em situações reais ou simuladas. 52 6. CONCLUSÕES 6.1. A versão em português do Brasil do HCS apresentou propriedades psicométricas adequadas, sendo um instrumento confiável e válido para avaliar as habilidades de comunicação na Pediatria. 6.2. Todas as habilidades de comunicação foram consideradas de importância alta ou muito alta e devem, portanto, ser abordadas de igual maneira no ensino de Pediatria. 6.3. A confiança em executar atitudes como conversar com crianças sobre doenças graves, discutir o fim da vida com pacientes e familiares, interagir com pacientes e familiares de difÃcil trato, lidar com as emoções dos pacientes e informar um diagnóstico ruim se eleva a medida que o indivÃduo tem mais idade e mais tempo como médico. 6.4. A instituição participante do estudo assegurou maior suporte a seus estudantes, residentes e médicos para comunicarem-se com os pacientes e seus familiares em relação ao estudo original, provavelmente por priorizar atividades assistenciais. 53 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÃFICAS ACQUADRO, C; CONWAY , K; HAREEDRAN, A; AARONSON, N. Literature review of methods to translate health-related quality of life questionnaires for use in multinational clinical trials. 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I have been doing extra clinics because of the H1N1 influenza here, and also preparing for Thanksgiving with my extended family visiting. We celebrate Thanksgiving tomorrow. Thank you for your interest. I am happy to hear of your work in this area. I think your idea to study communication topics with your population of students, residents and doctors to propose improvements on communication skills is very good. I also believe communication skills are the most important part of medical training! You have my permission to use our questionnaire, the Housestaff Communication Survey-- -as long as the following citation remains in its entirety on the questionnaire: © Elizabeth Rider, MSW, MD, Janet Hafler, EdD. From: Rider EA, Volkan K, Hafler JP. Pediatric residents' perceptions of communication competencies: Implications for teaching. Medical Teacher 2008;30:e208-e217. To obtain permission to use this instrument, please contact: Elizabeth Rider, MSW, MD - elizabeth_rider@hms.harvard.edu If you need to cite the questionnaire, the citation is: Rider EA, Volkan K, Hafler JP. Pediatric residents' perceptions of communication competencies: Implications for teaching. Medical Teacher 2008;30:e208-e217. I have attached the following for you in case they are useful: 1. The questionnaire you requested. The version attached is slightly updated from that we used for the article in Medical Teacher. 'Housestaff' refers to both interns and residents. 2. A .pdf copy of the article. 3. The paper, "Communication Skills Competencies: Definitions and a Teaching Toolbox," published in the July 2006 issue of Medical Education. The paper includes the work of an international group of medical education leaders in the Harvard-Macy program in 2003. We further defined the ACGME competency of interpersonal and communication skills, added 20 sub-competencies, and developed a "teaching toolbox". 60 Also, the following book may be useful to you in your work. Rider EA, Nawotniak RH, Smith GD. A Practical Guide for Teaching and Assessing the ACGME Core Competencies. Marblehead, MA: HCPro, Inc., 2007, pp. 1-84. The book compiles the evidence-base, best practices, models and tools to help teach, assess, and document the core competencies in medical education--including communication skills, professionalism and 4 others. We included actual tools for each of the 6 competencies. For communication skills, I included a long chapter and an Appendix that provides models (with descriptions and contact information) and assessment tools. Included are the: ï‚· 5-Step Patient-Centered Interviewing Method ï‚· The Four Habits Model ï‚· Calgary-Cambridge Guides ï‚· Patient-Centered Clinical Method ï‚· Kalamazoo Consensus Statement Framework ï‚· Macy Initiative in Health Communication Model ï‚· The ABIM (American Board of Internal Medicine) Patient Assessment for Continuous Professional Development Form ï‚· and several others The book is available from the publisher and from Amazon.com and other book sellers. The book is sometimes much less expensive on Amazon.com, although right now I think it's the least expensive directly from the publisher. http://www.amazon.com/Practical-Guide-Teaching-Assessing- Competencies/dp/1578399998/ref=sr_1_1?ie=UTF8&s=books&qid=1243999688&sr=8-1 http://www.hcmarketplace.com/prod-5156/A-Practical-Guide-to-Teaching-and-Assessing- the-ACGME-Core-Competencies.html I've attached the book flyer (it also provides a discount). Please feel free to give it to others who might be interested. Thank you again for contacting me, and for your work in this area. Please let me know if you have any questions or if I can provide any further information. Sincerely, Elizabeth Elizabeth Rider, MSW, MD, FAAP Director of Programs for Communication Skills John D. Stoeckle Center for Primary Care Innovation, Massachusetts General Hospital Director of Academic Programs Institute for Professionalism and Ethical Practice, children's Hospital Boston Assistant Professor of Pediatrics, Harvard Medical School Co-Chair, Medicine Academy, National Academies of Practice Co-author, A Practical Guide to Teaching and Assessing the ACGME Core Competencies elizabeth_rider@hms.harvard.edu 61 ANEXO C : Housestaff Communication Survey (HCS) 62 APÊNDICES APÊNDICE A : Termo de Consentimento Livre e Esclarecido Você está sendo convidado para participar da pesquisa Avaliação de Competências em Comunicação na Pediatria, sob a responsabilidade dos pesquisadores Prof. Dr. Carlos Henrique Martins da Silva, Prof. Dra. Paula Philbert Lajolo, Anna Beatriz Costa Neves do Amaral, Helena Borges Martins da Silva Paro, Prof. Dr. Rogério Melo Costa Pinto e Nayara Fayed Souza Dib. Nesta pesquisa nós buscamos avaliar a habilidade de alunos de Medicina, médicos residentes e Pediatras em comunicar-se com crianças, adolescentes e seus familiares, além de conhecer o suporte oferecido pelo Setor de Pediatria para ensino e manutenção das condições adequadas deste relacionamento médico-paciente-cuidador. Para realizar esta avaliação serão utilizados dados sócio-demográficos e um instrumento original de LÃngua Inglesa que será traduzido para a LÃngua Portuguesa, adaptado culturalmente para o Brasil e validado através da contribuição dos participantes do trabalho Quem está entrando em contato com você é um dos pesquisadores responsáveis ou membro da equipe para esclarecer dúvidas sobre a pesquisa e obter o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Na sua participação você responderá um questionário com perguntas objetivas que dizem respeito a prática clÃnica diária da Pediatria. Em nenhum momento você será identificado. Os resultados da pesquisa serão publicados e ainda assim a sua identidade será preservada. Você não terá nenhum gasto ou ganho financeiro por participar da pesquisa. Esta participação não apresenta riscos. Os benefÃcios serão revertidos em melhorias para o ensino da Pediatria e também para capacitação de profissionais pediatras nestes temas. Você é livre para parar de participar a qualquer momento sem que lhe acarretem prejuÃzos. Você ficará com uma cópia deste Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Qualquer dúvida a respeito da pesquisa o senhor poderá entrar em contato com: Pesquisadora Anna Beatriz Costa Neves do Amaral : Av Amazonas s/n, Hospital do Câncer em Uberlândia / Fone: (34) 3291 – 6100 ou (34) 7811-3860 CEP (Comitê de Ética em Pesquisa) /UFU: Av. João Naves de Ãvila, nº 2121, bloco J, Campus Santa Mônica – Uberlândia –MG, CEP: 38408-100; fone: (34)-3239-4131 Uberlândia, ....... de ........de 201....... _____________________________ Assinatura dos pesquisadores Eu aceito participar do projeto citado acima, voluntariamente, após ter sido devidamente esclarecido : __________________________ Participante da pesquisa 63 APÊNDICE B : Questionário Sócio-Demográfico Prezado participante: Você será identificado por um código que garante sigilo total de suas respostas em todos os questionários. Participante no. :_________ Sexo ( ) Feminino ( ) Masculino Data de Nascimento : ___/___/_____ ( ____ anos ) Ocupação : ( ) aluno de Medicina PerÃodo ____ ( ) Residente de Pediatria Ano da Residência ___ Sub-Especialidade __________ ( ) Médico Assistente do Hospital de ClÃnicas Sub-Especialidade ___________ ( ) Docente da Pediatria da FAMED – UFU Sub-Especialidade ____________ Você já recebeu alguma capacitação/ ensinamento especÃfico em Habilidades de Comunicação na Pediatria ? ( ) Não ( ) Sim (descreva qual) _______________________________________________ ___________________________________________________________________ Para Médicos e Docentes : Ano de Graduação : ________ Especialista em Pediatria desde : ________ Faculdade de Medicina em que fez a Graduação : ______________________________ Setor em que trabalha prioritariamente : ( ) Pronto Socorro Desde ________ (ano) ( ) Ambulatórios _______________( especialidade) Desde _______ (ano) ( ) Enfermaria Desde ______ (ano) ( ) UTI Pediátrica Desde ______ (ano) ( ) UTI Neonatal Desde ______ (ano) 64 APÊNDICE C : Traduções, Reconciliação e Retrotradução Tradutor 1 : Suas respostas são confidenciais e não serão usadas de nenhuma forma que permitam a identificação dos indivÃduos. Estudo acerca da comunicação de residentes Por favor, indique o nÃvel correspondente ao grau de concordância ou discordância dos seguintes itens: Discordo totalmente / Discordo/ Neutro/ Concordo/ Concordo totalmente 1) Aprender a se comunicar eficientemente com seus pais é prioridade para mim 2) Eu recebo feedback construtivo acerca do meu relacionamento com meus pais. 3) Eu recebo feedback construtivo acerca dos meus relacionamentos com outras pessoas. 4) Meu departamento requer boa habilidade de comunicação entre paciente-médico por parte do residente. 5) Eu disponho de tempo adequado para interagir com meus pacientes. 6) As habilidades de comunicação dos residentes para com os pacientes podem ser melhoradas. 7) As habilidades de comunicação dos residentes para com a equipe de assistência médica podem ser melhoradas. 8) Treinamento formal sobre comunicação eficaz para com pacientes está à minha disposição. 9) É importante demonstrar empatia e cuidado para com os pacientes. 10) É importante ensinar aos alunos de medicina como se comunicar efetivamente com os pacientes. 11) É importante ensinar aos alunos de medicina a demonstrarem empatia e cuidado com os pacientes. 12) Eu ensino aos meus alunos de medicina a demonstrarem respeito por seus pacientes. 13) É importante que os residentes aprendam sobre os problemas psicológicos dos pacientes. 14) É importante que os residentes estejam informados sobre as reações pessoais de seus pacientes. Por favor, indique o quão IMPORTANTE é para o residente desenvolver habilidade nas seguintes áreas, e quão CONFIANTE você se sente sobre as suas habilidades em cada uma dessas áreas. IMPORTÂNCIA: muito baixa / baixa / moderada / alta / muito alta CONFIANÇA: não confiante / pouco confiante / levemente confiante / bastante confiante/ muitÃssimo confiante 1) Habilidade de se comunicar de forma eficaz com pacientes. 2) Entender as perspectivas dos pacientes sobre suas doenças. 3) Habilidades de escutar. 4) Dar más notÃcias sobre a doença do paciente ao mesmo e à sua famÃlia. 65 5) Entender aspectos psicossociais do tratamento do paciente 6) Habilidade de demonstrar empatia e cuidado com os pacientes. 7) Tomar conhecimento de reações pessoais dos pacientes. 8) Estabelecer relações com os pacientes. 9) Lidar com a “dificuldade†do paciente ou dos pais. 10) Entrevistar crianças. 11) Entrevistar pais. 12) Entrevistar adolescentes. 13) Habilidade para discutir questões relacionadas ao fim da vida com pacientes e/ou famÃlia. 14) Conversar com crianças sobre doenças sérias. 15) Consciência/sensibilidade cultural 16) Habilidade para lidar com as emoções dos pacientes. Você já participou anteriormente de algum programa voltado para a melhora de suas habilidades de se comunicar com seus pacientes? Sim / Não Tradutor 2 : Suas respostas são confidencias e não serão utilizadas de forma que permitirá a identificação de qualquer indivÃduo Enquete de comunicação de residentes Por favor, assinale o grau de concordância e discordância com as seguintes afirmações. Concordo totalmente/ concordo/ indiferente/ discordo/ discordo totalmente 1) Aprender a comunicar-me efetivamente com os pais é uma prioridade para mim. 2) Eu recebo retroalimentação construtiva referente aos meus relacionamentos com os pais. 3) Eu recebo retroalimentação construtiva referente aos meus relacionamentos com outros membros da equipe. 4) Meu departamento incentiva os funcionários a terem uma boa habilidade comunicativa entre os pacientes e os médicos. 5) Eu tenho tempo adequado para interagir com os meus pacientes. 6) As habilidades comunicativas dos funcionários com os pacientes podem ser melhoradas. 7) As habilidades comunicativas dos funcionários- membros da equipe de saúde podem ser melhorados. 8) Treinamento especÃfico efetivo de como comunicar e lidar com pacientes está a minha disposição. 9) É importante demonstrar empatia e sensibilidade para com os pacientes. 10) É importante ensinar aos alunos de medicina como se comunicar efetivamente com os pacientes. 11) É importante ensinar aos alunos de medicina como demonstrar empatia e sensibilidade aos pacientes. 66 12) Ensino aos meus alunos de medicina demonstrar respeito aos seus pacientes. 13) É importante que os funcionários residentes aprendam sobre os problemas psicossociais dos seus pacientes. 14) É importante que os residentes estejam cientes das suas reações pessoais ao paciente. Por favor, assinale a IMPORTÂNCIA para o residente desenvolver habilidades nas seguintes áreas e a CONFIANÇA que você sente na sua competência em cada uma destas áreas. IMPORTÂNCIA: muito baixo/baixo/moderado/alto/muito alto. CONFIANÇA: Nenhum pouco confiante/ pouco confiante/mais ou menos confiante/ bastante confiante/muito confiante. 1) Habilidade de se comunicar efetivamente com os pacientes. 2) Compreender a perspectiva do paciente referente a sua doença. 3) Habilidades em ouvir o paciente 4) Informar um diagnóstico ruim ao paciente e seus familiares. 5) Entender aspectos psicossociais do cuidado do paciente. 6) Habilidade em demonstrar empatia e sensibilidade com o paciente. 7) Desenvolvendo a percepção de reações pessoais ao paciente. 8) Capacidade de desenvolver uma inter-relação positiva com os pacientes. 9) Lidando com o paciente ou pais “complicadosâ€. 10) Entrevistando crianças. 11) Entrevistando pais. 12) Entrevistando adolescentes. 13) Capacidade de discutir temas relativos ao término de vida com pacientes e/ou familiares. 14) Falando com crianças a respeito de doenças graves. 15) Percepção/ sensibilidade cultural. 16) Capacidade em reagir perante os sentimentos do paciente. Você já participou de algum curso para aprimorar sua habilidade comunicativa com paciente? Sim/não Reconciliação das traduções 1 e 2 : Suas respostas são confidenciais e não serão usadas de nenhuma forma que permitam a identificação dos indivÃduos. Questionário sobre Habilidades em Comunicação Por favor, assinale o grau de concordância e discordância com as seguintes afirmações : 67 Discordo totalmente / Discordo/ Indiferente/ Concordo/ Concordo totalmente 1) Aprender a me comunicar de maneira eficaz com os familiares dos pacientes é uma prioridade para mim. 2) Eu recebo feedback construtivo referente ao meu relacionamento com pais de pacientes 3) Eu recebo feedback construtivo referente ao meu relacionamentos com os demais membros da equipe. 4) Meu departamento estimula a prática de uma boa comunicação entre o corpo clÃnico e os pacientes. 5) Eu disponho de tempo adequado para interagir com meus pacientes. 6) As habilidades de comunicação entre o corpo clÃnico e os pacientes poderiam ser melhoradas. 7) As habilidades de comunicação entre os membros do corpo clÃnico e os demais profissionais da saúde poderiam ser melhoradas. 8) Tenho a disposição treinamento em técnicas eficazes de comunicação. 9) É importante demonstrar empatia e cuidado para com os pacientes. 10) É importante ensinar aos alunos de medicina como se comunicar de maneira eficaz com os pacientes 11) É importante ensinar aos alunos de medicina a demonstrar empatia e consideração para com os pacientes. 12) Ensino aos meus alunos de medicina a demonstrarem respeito por seus pacientes. 13) É importante que o corpo clÃnico conheça os problemas psicossociais dos pacientes. 14) É importante que o corpo clÃnico esteja ciente de suas reações frente aos pacientes. Por favor, assinale a IMPORTÂNCIA para o médico desenvolver habilidades nas seguintes áreas e a CONFIANÇA que você sente na sua competência em cada uma destas áreas. IMPORTÂNCIA: muito baixa / baixa / moderada / alta / muito alta CONFIANÇA: Nada confiante/ pouco confiante/mais ou menos confiante/ bastante confiante/muito confiante. 1) Habilidade de se comunicar de forma eficaz com pacientes. 2) Compreender a perspectiva do paciente referente a sua doença. 3) Habilidade em ouvir o paciente 4) Dar más notÃcias sobre a doença do paciente ao mesmo e à sua famÃlia 5) Entender aspectos psicossociais do cuidado do paciente. 6) Habilidade em demonstrar empatia e sensibilidade com o paciente. 7) Tomar conhecimento de reações pessoais dos pacientes. 8) Estabelecer relações positivas com os pacientes. 9) Lidar com o paciente ou pais “complicadosâ€. 10) Entrevistar crianças. 11) Entrevistar pais. 12) Entrevistar adolescentes 13) Capacidade de discutir temas relativos ao término de vida com pacientes e/ou familiares. 14) Conversar com crianças sobre doenças graves. 15) Percepção/ sensibilidade cultural. 68 16) Capacidade para lidar com as emoções dos pacientes. Você já participou de algum curso para aprimorar sua habilidade comunicativa com paciente? Sim/não Retrotradução Your responses are confidential and will not be used in any form that permits individual identification. Questionnaire: Abilities and Communication Please check the level of agreement or disagreement of the following statements: Totally disagree/ Disagree/ Neutral/ Agree/ Totally agree 1) To learn to communicate in an effective manner with the family members of patients is a priority for me. 2) I receive constructive feedback regarding my relationship with the parents of patients. 3) I receive constructive feedback regarding my relationship with the other members of my team. 4) My department stimulates the use of good communication between the clinical staff and the patients. 5) I have enough time to interact with my patients. 6) The ability to communicate between the clinical staff and the patients could be improved. 7) The ability to communicate between the clinical staff and other health professionals could be improved. 8) I have access to training in effective techniques of communication. 9) It is important to demonstrate empathy and caring to the patients. 10) It is important to teach medical students how to communicate effectively with the patients. 11) It is important to teach medical students how to demonstrate empathy and considerateness or respect to the patients. 12) I teach my medical students to demonstrate respect for their patients. 13) It is important that the clinical staff knows the psycho-social problems of the patients. 14) It is important that the clinical staff be aware of their reactions regarding the patients. Please check the IMPORTANCE for the physician to develop abilities in the following areas and the CONFIDENCE that you fees in your competence in each of the these areas. IMPORTANCE: very little/ little/ moderate/ high/ very high CONFIDENCE: Not confident/ little confident/more or less confident/confident/ very confident. 1) Ability to communicate effectively with patients. 2) Understand the perspective of the patient regarding his/her disease. 3) Ability to listen to the patient. 69 4) Give “bad news†regarding the patient‟s disease to the patient him/herself and to the family. 5) Understand the psycho-social aspects of patient care. 6) Ability to demonstrate empathy and sensitivity to the patient. 7) Recognize the personal reactions of patients. 8) Establish positive relationships with patients. 9) Deal with the “complicated†patient or his/her parents. 10) Interview children. 11) Interview parents. 12) Interview adolescents 13) Capacity to discuss terms relative to the ending of life with patients and/or family members. 14) Converse with children regarding serious illness. 15) Cultural perceptivity/ sensitivity. 16) Capacity to deal with the emotions of patients. Have you ever participated in training to improve your ability to communicate with patients? Yes/No 70 APÊNDICE D: Apontamentos da autora Your answers are confidential and will not be used in any way that would permit identification of any individual Your responses are confidential and will not be used in any form that permits individual identification. Housestaff Communication Survey Questionnaire: Abilities and Communication Please indicate the degree to which you agree or disagree with the following statements Please check the your level of agreement or disagreement of with the following statements: Strongly Disagree / Disagree / Neutral / Agree / Strongly Agree Totally Strongly disagree/ Disagree/ Neutral/ Agree/ Totally Strongly agree 1) Learning how to communicate effectively with parents is priority for me 1) To learn to communicate in an effective manner with the family members parents of patients is a priority for me. [NOTE: as you are studying pediatric residents and pediatricians, the best match would be to use the word „parents‟. If you were studying other specialists, you then might use the word „family members‟ instead.] 2)I receive constructive feedback about my relationships with parents 2) I receive constructive feedback regarding my relationship with the parents of patients. 3)I receive constructive feedback about my relationships with other team members 3) I receive constructive feedback regarding my relationships with the other members of my team. 4) My department rewards good patient-doctor communication skills by housestaff 4) My department stimulates rewards the clinical staff‟s use of good communication between the clinical staff and the with patients. 5) I have adequate time to interact with my patients 5) I have enough time to interact with my patients. 6) Housestaffs`communication skills with patients can be improved 6) The ability of clinical staff to communicate between the clinical staff and the with patients could be improved. 7) Housestaffs`communication skills with health care team members can be improved 7) The ability of clinical staff to communicate between the clinical staff and with other health professionals could be improved. 8) Formal training in effective communication with patients is available to me 8) I have access to training in effective techniques of communication with patients. 9) It is important to demonstrate empathy and caring with patients 71 9) It is important to demonstrate empathy and caring to the patients. 10) It is important to teach medical students to communicate effectively with patients 10) It is important to teach medical students how to communicate effectively with the patients. 11) It is important to teach medical students to show empathy and caring with patients 11) It is important to teach medical students how to demonstrate empathy and considerateness or respect sensitivity to the patients. 12) I teach my medical students to show respect for their patients 12) I teach my medical students to demonstrate respect for their patients. 13) It is important for housestaff to learn about their patients`psychosocial problems 13) It is important that for the clinical staff knows to learn about the psycho-social problems of their patients. 14) It is important for housestaff to be aware of their personal reactions to patients 14) It is important that the clinical staff be aware of their personal [or: own personal] reactions regarding to the patients. Please indicate how IMPORTANT it is for housestaff to develop skills in the following areas and how CONFIDENT you feel about your skills in each of these areas. Please check the IMPORTANCE for the physician to develop abilities in the following areas and the CONFIDENCE that you feel in about your competence in each of the these areas. IMPORTANCE : very low / low / moderate / high / very high IMPORTANCE: very little/ little/ moderate/ high/ very high CONFIDENCE : not confident / a little confident / somewhat confident / rather confident / very confident CONFIDENCE: Not confident/ little confident/more or less confident [or: somewhat confident or moderately confident] /confident/ very confident. 1) Ability to communicate effectively with patients 1) Ability to communicate effectively with patients. 2) Understanding patients`perspectives on their illness 2) Understanding [or: ability to understand] the perspective of the patient regarding his/her disease. 3) Listening skills 3) Ability to listen to the patient. 4) Giving bad news about a patients`s illness to the patient and family 72 4) Giving [or: ability to give] “bad news†regarding the patient‟s disease to the patient him/herself and to the family. 5) Understanding psychosocial aspects of patient care 5) Understanding the psycho-social aspects of patient care. 6) Ability to demonstrate empathy and caring with patients 6) Ability to demonstrate empathy and sensitivity to the patient. 7) Developing awareness of personal reactions to patients 7) Recognize [or: becoming aware of ] the my own personal reactions of to [or: toward] patients. 8) Building rapport with patients 8) Establish positive relationships with patients. 9) Dealing with the “difficult†patient or parent 9) Deal with the “complicated†“difficult†patient or his/her parents. 10) Interviewing children 10) Interviewing children. 11) Interviewing parents 11) Interviewing parents. 12) Interviewing adolecents 12) Interviewing adolescents 13) Ability to discuss end-of-life issues with patients and/or family 13) Capacity Ability to discuss terms issues relative to the ending of life with patients and/or family members. 14) Speaking with children about serious illness 14) Converse with children regarding serious illness. 15) Cultural awareness / sensitivity 15) Cultural perceptivity/ sensitivity. 16) Ability to respond to patients`emotions 16) Capacity Ability to deal with respond to the emotions of patients. Have you previously participated in any program to improve your communication skills with patients ? Yes / No Have you ever participated in training to improve your ability to communicate with patients? Yes/No 73 APÊNDICE E: Etapas do Método Delphi Primeira Etapa Sobre o Método Delphi Método idealizado na década de 50 com objetivo de atingir consenso em determinado tema com base na opinião de experts no assunto. Para atingir o consenso são realizadas séries de questionários com os temas que se deseja avaliar. Para cada tópico busca-se o senso comum. A vantagem deste método é a facilidade de consultar os painelistas mesmo que a distância. A desvantagem é que as respostas são concentradas em um mediador . Em nosso caso realizaremos as etapas da seguinte forma : 1º. Round : Todos os tópicos do questionário original foram listados e acompanhados das diversas versões traduzidas previamente. Foram realizadas duas traduções, uma reconciliação e uma back translation. Esta retrotradução foi submetida aos comentários da autora a que considerou bastante próxima da versão original. O painelista deve ler a questão original, avaliar as traduções e escolher a que em sua opinião se aproxima mais do ideal a ser aplicado para alunos de Medicina, médicos e residentes em Pediatria. Caso julgue que nenhuma das opções está adequada, deve responder a opção aberta que é o último item de cada questão justificando-se quando necessário. O prazo solicitado para leitura e resposta é de 10 dias, já que até a conclusão teremos até mais 3 etapas além desta. 2º. Round : Com as respostas da primeira etapa são feitas análises estatÃsticas simples para verificar a frequência de cada resposta. Se esta freqüência for acima de 80% considera-se consenso naquele item e não mais se leva a verificação do grupo nesta questão. Se o item não possuir consenso, o painelista será informado dos percentuais de resposta do grupo e pode optar por mudar ou não sua resposta inicial. O prazo solicitado para leitura e retorno também pede-se que não ultrapasse os 10 dias. 3º. Round : Semelhante ao segundo, eliminando-se as questões em consenso. 4º. Round : Pode não ser necessário caso já haja consenso até aqui. As questões sem consenso, mas que mantiveram fixo seu percentual de marcações, serão consideradas as melhores versões as com maior percentual, mesmo este sendo inferior aos 80% previstos. Participarão deste painel : 3 tradutores de lÃngua inglesa, um deles nativo em paÃs de lÃngua inglesa 1 médico pediatra 2 médicos com experiência em pesquisas e atividades de ensino Sobre o Projeto “Habilidades em Comunicação na Pediatria†74 Os cuidados com a vida humana envolvem aspectos biológicos e emoções. O tecnicismo praticado na área médica, entretanto, leva a neutralidade e afastamento na relação médico- paciente. A satisfação no cuidado médico melhora aceitação e adesão aos tratamentos. Para muitos médicos comunicar más notÃcias é um hábito corriqueiro e que afeta tanto o médico quanto o paciente. As notÃcias drásticas alteram negativamente a visão de futuro e geram tomada de decisões e posicionamentos conscientes tanto do paciente quanto de seus familiares e cuidadores. Na Pediatria esta situação é mais delicada, pois envolve pais desejosos de vida feliz e saudável para os filhos levando a choque, culpa e descrença. A comunicação eficiente entre médicos, pacientes e familiares é fundamental, especialmente para buscar qualidade de vida na terminalidade. Para melhorar e aperfeiçoar as técnicas de comunicação foram criados consensos para evitar erros comuns como comunicar dados importantes em local inapropriado, com pressa ou utilizando jargões e termos de difÃcil compreensão. São exemplos de consensos : Consenso Kalamazoo, The Four Habits Scheme (simulação de situações clÃnicas difÃceis) Todas estas técnicas direcionam-se a pacientes adultos e pouco se projetou para os cuidados de crianças e adolescentes. O Depto de Pediatria da Escola de Medicina de Harvard construiu questionário inédito com 47 itens direcionados a este público para avaliar, em relação aos médicos residentes em Pediatria, se estes recebem orientação adequada para comunica-se com pacientes e familiares em seu hospital de formação e, em relação a algumas ações especÃficas, se estes acham importantes e se sentem-se habilitados a executá-las. Os residentes avaliados para validar o instrumento consideram os itens questionados muito importantes, mas consideram-se pouco habilitados para executar principalmente as ações de maior complexidade como acompanhamento de pacientes em fase terminal. O presente trabalho objetiva traduzir, adaptar culturalmente e validar no Brasil este instrumento com a finalidade de melhorias na formação para comunicação do médico com seu paciente pediátrico. O questionário original segue anexo para seu conhecimento e foi autorizado uso pela autora. Primeira rodada de respostas : Método Delphi Nome do Painelista : A sentença original em inglês possui 2 ou 3 alternativas possÃveis de tradução para a LÃngua Portuguesa. Por favor escolha a sentença que, na sua opinião, é a mais adequada para formulação de questionário para ser respondido por médicos e alunos do curso de Medicina . Caso discorde de todas as alternativas possÃveis, indique a forma que acha mais adequada e justifique : 1) Your answers are confidential and will not be used in any way that would permit identification of any individual a) ( ) Suas respostas são confidenciais e não serão usadas de nenhuma forma que permitam a identificação dos indivÃduos. 75 b) ( ) Suas respostas são confidencias e não serão utilizadas de forma que permitirá a identificação de qualquer indivÃduo c) ( ) Escreva aqui sua nova resposta e justifique: _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ 2) (tÃtulo) Housestaff Communication Survey a) ( ) Estudo acerca da comunicação de residentes b) ( ) Enquete de comunicação de residentes c) ( ) Questionário sobre Habilidades em Comunicação d) ( ) Escreva aqui sua nova resposta e justifique: ________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ 3) Please indicate the degree to which you agree or disagree with the following statements a) ( ) Por favor, indique o nÃvel correspondente ao grau de concordância ou discordância dos seguintes itens b) ( ) Por favor, assinale o grau de concordância e discordância com as seguintes afirmações c) ( ) Por favor, assinale o seu grau de concordância e discordância com as seguintes afirmações d) ( ) Escreva aqui sua nova resposta e justifique: _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ 4) (nÃveis de concordância) Strongly Disagree / Disagree / Neutral / Agree / Strongly Agree a) ( ) Discordo totalmente / Discordo/ Neutro/ Concordo/ Concordo totalmente b) ( ) Concordo totalmente/ concordo/ indiferente/ discordo/ discordo totalmente c) ( ) Discordo totalmente / Discordo/ Indiferente/ Concordo/ Concordo totalmente d) ( ) Escreva aqui sua nova resposta e justifique: _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ 5) Learning how to communicate effectively with parents is priority for me a) ( ) Aprender a se comunicar eficientemente com seus pais é prioridade para mim b) ( ) Aprender a comunicar-me efetivamente com os pais é uma prioridade para mim. c) ( ) Aprender a me comunicar de maneira eficaz com os familiares dos pacientes é uma prioridade para mim. d) ( ) Escreva aqui sua nova resposta e justifique: ________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ 6) I receive constructive feedback about my relationships with parents a) ( ) Eu recebo feedback construtivo acerca do meu relacionamento com meus pais b) ( ) Eu recebo retroalimentação construtiva referente aos meus relacionamentos com os pais c) ( ) Eu recebo feedback construtivo referente ao meu relacionamento com pais de pacientes d) ( ) Escreva aqui sua nova resposta e justifique: 76 ________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ 7) I receive constructive feedback about my relationships with other team members a) ( ) Eu recebo feedback construtivo acerca dos meus relacionamentos com outras pessoas b) ( ) Eu recebo retroalimentação construtiva referente aos meus relacionamentos com outros membros da equipe. c) (X) Eu recebo feedback construtivo referente ao meu relacionamentos com os demais membros da equipe. d) ( ) Escreva aqui sua nova resposta e justifique: _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ 8) My department rewards good patient-doctor communication skills by housestaff a) ( ) Meu departamento requer boa habilidade de comunicação entre paciente-médico por parte do residente b) ( ) Meu departamento incentiva os funcionários a terem uma boa habilidade comunicativa entre os pacientes e os médicos c) ( ) Meu departamento estimula a prática de uma boa comunicação entre o corpo clÃnico e os pacientes. d) ( ) Escreva aqui sua nova resposta e justifique: _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ 9) I have adequate time to interact with my patients a) ( ) Eu disponho de tempo adequado para interagir com meus pacientes b) ( ) Eu tenho tempo adequado para interagir com os meus pacientes c) ( ) Escreva aqui sua nova resposta e justifique: ________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ 10) Housestaffs`communication skills with patients can be improved a) ( ) As habilidades de comunicação dos residentes para com os pacientes podem ser melhoradas b) ( ) As habilidades comunicativas dos funcionários com os pacientes podem ser melhoradas. c) ( ) As habilidades de comunicação entre o corpo clÃnico e os pacientes poderiam ser melhoradas. d) ( ) Escreva aqui sua nova resposta e justifique: _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ 11) Housestaffs`communication skills with health care team members can be improved a) ( ) As habilidades de comunicação dos residentes para com a equipe de assistência médica podem ser melhoradas b) ( ) As habilidades comunicativas dos funcionários- membros da equipe de saúde podem ser melhorados. c) ( ) As habilidades de comunicação entre os membros do corpo clÃnico e os demais profissionais da saúde poderiam ser melhoradas. d) ( ) Escreva aqui sua nova resposta e justifique: 77 ________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ 12) Formal training in effective communication with patients is available to me a) ( ) Treinamento formal sobre comunicação eficaz para com pacientes está à minha disposição b) ( ) Treinamento especÃfico efetivo de como comunicar e lidar com pacientes está a minha disposição. c) ( ) Tenho a disposição treinamento em técnicas eficazes de comunicação. d) ( ) Escreva aqui sua nova resposta e justifique: _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ 13) It is important to demonstrate empathy and caring with patients a) ( ) É importante demonstrar empatia e cuidado para com os pacientes. b) ( ) É importante demonstrar empatia e sensibilidade para com os pacientes. c) ( ) Escreva aqui sua nova resposta e justifique: _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ 14) It is important to teach medical students to communicate effectively with patients a) ( ) É importante ensinar aos alunos de medicina como se comunicar efetivamente com os pacientes b) ( ) É importante ensinar aos alunos de medicina como se comunicar efetivamente com os pacientes c) ( ) É importante ensinar aos alunos de medicina como se comunicar de maneira eficaz com os pacientes d) ( ) Escreva aqui sua nova resposta e justifique: _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ 15) It is important to teach medical students to show empathy and caring with patients a) ( ) É importante ensinar aos alunos de medicina a demonstrarem empatia e cuidado com os pacientes. b) ( ) É importante ensinar aos alunos de medicina como demonstrar empatia e sensibilidade aos pacientes. c) ( ) É importante ensinar aos alunos de medicina a demonstrar empatia e consideração para com os pacientes. d) ( ) Escreva aqui sua nova resposta e justifique: 16) I teach my medical students to show respect for their patients a) ( ) Eu ensino aos meus alunos de medicina a demonstrarem respeito por seus pacientes. b) ( ) Ensino aos meus alunos de medicina demonstrar respeito aos seus pacientes. c) ( ) Escreva aqui sua nova resposta e justifique: ________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ 17) It is important for housestaff to learn about their patients`psychosocial problems a) ( ) É importante que os residentes aprendam sobre os problemas psicológicos dos pacientes. 78 b) ( ) É importante que os funcionários residentes aprendam sobre os problemas psicossociais dos seus pacientes. c) ( ) É importante que o corpo clÃnico conheça os problemas psicossociais dos pacientes d) ( ) Escreva aqui sua nova resposta e justifique: _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ 18) It is important for housestaff to be aware of their personal reactions to patients a) ( ) É importante que os residentes estejam informados sobre as reações pessoais de seus pacientes. b) ( ) É importante que os residentes estejam cientes das suas reações pessoais ao paciente. c) ( ) É importante que o corpo clÃnico esteja ciente de suas reações frente aos pacientes. d) ( ) Escreva aqui sua nova resposta e justifique: _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ 19) Please indicate how IMPORTANT it is for housestaff to develop skills in the following areas and how CONFIDENT you feel about your skills in each of these areas. a) ( ) Por favor, indique o quão IMPORTANTE é para o residente desenvolver habilidade nas seguintes áreas, e quão CONFIANTE você se sente sobre as suas habilidades em cada uma dessas áreas. b) ( ) Por favor, assinale a IMPORTÂNCIA para o residente desenvolver habilidades nas seguintes áreas e a CONFIANÇA que você sente na sua competência em cada uma destas áreas. c) ( ) Por favor, assinale a IMPORTÂNCIA para o médico desenvolver habilidades nas seguintes áreas e a CONFIANÇA que você sente na sua competência em cada uma destas áreas. d) ( ) Escreva aqui sua nova resposta e justifique: ________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ 20) IMPORTANCE : very low / low / moderate / high / very high a) ( ) IMPORTÂNCIA: muito baixa / baixa / moderada / alta / muito alta b) ( ) IMPORTÂNCIA: muito baixo/baixo/moderado/alto/muito alto. c) ( ) Escreva aqui sua nova resposta e justifique: ________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ 21) CONFIDENCE : not confident / a little confident / somewhat confident / rather confident / very confident a) ( ) CONFIANÇA: não confiante / pouco confiante / levemente confiante / bastante confiante/ muitÃssimo confiante b) ( ) CONFIANÇA: Nenhum pouco confiante/ pouco confiante/mais ou menos confiante/ bastante confiante/muito confiante. c) ( ) CONFIANÇA: Nada confiante/ pouco confiante/mais ou menos confiante/ bastante confiante/muito confiante. d) ( ) Escreva aqui sua nova resposta e justifique: ________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ 79 22) Ability to communicate effectively with patients a) ( ) Habilidade de se comunicar de forma eficaz com pacientes b) ( ) Habilidade de se comunicar efetivamente com os pacientes. c) ( ) Escreva aqui sua nova resposta e justifique: ________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ 23) Understanding patients`perspectives on their illness a) ( ) Entender as perspectivas dos pacientes sobre suas doenças. b) ( ) Compreender a perspectiva do paciente referente a sua doença. c) ( ) Escreva aqui sua nova resposta e justifique: ________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ 24) Listening skills a) ( ) Habilidades de escutar. b) ( ) Habilidades em ouvir o paciente c) ( ) Habilidade em ouvir o paciente d) ( ) Escreva aqui sua nova resposta e justifique: ________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ 25) Giving bad news about a patients`s illness to the patient and family a) ( ) Dar más notÃcias sobre a doença do paciente ao mesmo e à sua famÃlia b) ( ) Informar um diagnóstico ruim ao paciente e seus familiares. c) ( ) Escreva aqui sua nova resposta e justifique: _______________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ 26) Understanding psychosocial aspects of patient care a) ( ) Entender aspectos psicossociais do tratamento do paciente b) ( ) Entender aspectos psicossociais do cuidado do paciente. c) ( ) Escreva aqui sua nova resposta e justifique: ________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ 27) Ability to demonstrate empathy and caring with patients a) ( ) Habilidade de demonstrar empatia e cuidado com os pacientes. b) ( ) Habilidade em demonstrar empatia e sensibilidade com o paciente. c) ( ) Escreva aqui sua nova resposta e justifique: _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ 28) Developing awareness of personal reactions to patients a) ( ) Tomar conhecimento de reações pessoais dos pacientes. b) ( ) Desenvolvendo a percepção de reações pessoais ao paciente. c) ( ) Escreva aqui sua nova resposta e justifique: _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ 29) Building rapport with patients a) ( ) Estabelecer relações com os pacientes. b) ( ) Capacidade de desenvolver uma inter-relação positiva com os pacientes. 80 c) ( ) Escreva aqui sua nova resposta e justifique: ________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ 30) Dealing with the “difficult†patient or parent a) ( ) Lidar com a “dificuldade†do paciente ou dos pais. b) ( ) Lidando com o paciente ou pais “complicadosâ€. c) ( ) Lidar com o paciente ou pais “complicados†d) ( ) Escreva aqui sua nova resposta e justifique: ________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ 31) Interviewing children a) ( ) Entrevistar crianças. b) ( ) Entrevistando crianças. c) ( ) Escreva aqui sua nova resposta e justifique: ________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ 32) Interviewing parents a) ( ) Entrevistar pais. b) ( ) Entrevistando pais. c) ( ) Escreva aqui sua nova resposta e justifique: ________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ 33) Interviewing adolecents a) ( ) Entrevistar adolescentes b) ( ) Entrevistando adolescentes c) ( ) Escreva aqui sua nova resposta e justifique: ________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ 34) Ability to discuss end-of-life issues with patients and/or family a) ( ) Habilidade para discutir questões relacionadas ao fim da vida com pacientes e/ou famÃlia. b) ( ) Capacidade de discutir temas relativos ao término de vida com pacientes e/ou familiares. c) ( ) Escreva aqui sua nova resposta e justifique: ________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ 35) Speaking with children about serious illness a) ( ) Conversar com crianças sobre doenças sérias. b) ( ) Falando com crianças a respeito de doenças graves. c) ( ) Conversar com crianças sobre doenças graves. d) ( ) Escreva aqui sua nova resposta e justifique: ________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ 36) Cultural awareness / sensitivity a) ( ) Consciência/sensibilidade cultural b) ( ) Percepção/ sensibilidade cultural. 81 c) ( ) Escreva aqui sua nova resposta e justifique: _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ 37) Ability to respond to patients`emotions a) ( ) Habilidade para lidar com as emoções dos pacientes b) ( ) Capacidade em reagir perante os sentimentos do paciente. c) ( ) Capacidade para lidar com as emoções dos pacientes. d) ( ) Escreva aqui sua nova resposta e justifique: ________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ 38) Have you previously participated in any program to improve your communication skills with patients ? Yes / No a) ( ) Você já participou anteriormente de algum programa voltado para a melhora de suas habilidades de se comunicar com seus pacientes? Sim / Não b) ( ) Você já participou de algum curso para aprimorar sua habilidade comunicativa com paciente? Sim/não c) ( ) Escreva aqui sua nova resposta e justifique: _________________________________________________________________________ _________________________________________________________________________ Deixe aqui algum comentário adicional se desejar : 82 Segunda Etapa Prezado Painelista Obrigada por participar da primeira etapa de respostas. Convido-o agora a responder a segunda etapa ou round. Sua contribuição foi fundamental para a busca de consenso na tradução do Housestaff Communication Survey, especialmente com as sugestões em questões abertas. Na primeira etapa utilizamos as respostas dos 6 painelistas que responderam o questionário anterior e fizemos análises estatÃsticas simples para verificar a frequência de cada resposta. Oito questões tiveram freqüências acima de 80% de consenso entre respondedores, então aquele item não mais se leva a verificação do grupo. Os demais 30 itens estão listados novamente, agora com os percentuais de respostas anteriores e também com todas as sugestões dadas através da questões abertas da primeira etapa para modificar a tradução. Aqui não mais serão solicitadas questões abertas, mas sim respostas a itens pré formulados. Se o item não possuir consenso, o painelista será informado dos percentuais de resposta do grupo numa terceira etapa e pode optar por mudar ou não sua resposta inicial. O prazo solicitado para leitura e retorno também pede-se que não ultrapasse os 10 dias. Notas importantes das dúvidas gerais da etapa anterior: 1) Estas etapas de Método Delphi são unicamente para TRADUÇÃO do instrumento. O pré-teste, adaptação cultural e validação serão etapas posteriores para que obtenha-se confiabilidade do instrumento. A tradução correta certamente influenciará no resultado futuro, mas não há esta avaliação estatÃstica neste momento. 2) A tradução para a LÃngua Portuguesa busca um uso mais amplo para o instrumento que a versão original americana, já que estamos levando a aplicação para médicos pediatras em todos os nÃveis de experiência clÃnica e não só para os médicos residentes. A autora aprova esta modificação, o que pode trazer o uso mais habitual de corpo clÃnico e não de médicos residentes em algumas sentenças. 3) Pacientes não são sujeitos possÃveis para responderem este instrumento, o que permite a utilização de jargões médicos nos itens, sem que atrapalhe a compreensão do respondedor da versão final. 4) Apesar das questões estarem ordenadas item a item, por favor lembrem que, a partir da questão 19, o entrevistado responderá cada item duas vezes. A primeira em relação a importância dada para aquela ação e a segunda se está confiante para fazer aquilo.Por exemplo : Importância em entrevistar pais; Confiança para entrevistar pais. Manterei a estrutura do questionário original anexa para facilitar o trabalho de todos: 83 Segunda etapa de respostas: Método Delphi Nome do Painelista: A sentença original em inglês possui 3 ou 4 alternativas possÃveis de tradução para a LÃngua Portuguesa. Estas sentenças estão acompanhadas do percentual de respostas à quele item dado pelo grupo na etapa anterior. Por favor, escolha a sentença que, em sua opinião, é a mais adequada para formulação de questionário para ser respondido por médicos pediatras e alunos internos do curso de Medicina. Você pode mudar a sua resposta da etapa anterior. O objetivo maior é a obtenção de consenso do grupo. 1) Your answers are confidential and will not be used in any way that would permit identification of any individual a) 50% ( ) Suas respostas são confidenciais e não serão usadas de nenhuma forma que permitam a identificação dos indivÃduos. b) 17% ( ) Suas respostas são confidencias e não serão utilizadas de forma que permitirá a identificação de qualquer indivÃduo c) Sugestão 1 ( ) Suas respostas são confidenciais e não serão usadas de nenhuma forma que permitirá a identificação de qualquer pessoa. d) Sugestão 2 ( ) Suas respostas são confidenciais e não serão utilizadas de nenhuma forma que possibilite/permita (singular) a identificação dos indivÃduos 2) (tÃtulo) Housestaff Communication Survey a) 17% ( ) Estudo acerca da comunicação de residentes b) 33% ( ) Questionário sobre Habilidades em Comunicação c) Sugestão 1 ( ) Questionário sobre a comunicação do corpo clÃnico. d) Sugestão 2 ( ) Comunicação entre médicos, residentes e seus pacientes: Uma pesquisa e) Sugestão 3 ( ) Questionário sobre Habilidades em Comunicação dos residentes 3) Please indicate the degree to whitch you agree or disagree with the following statements a) 17% ( ) Por favor, indique o nÃvel correspondente ao grau de concordância ou discordância dos seguintes itens b) 17% ( ) Por favor, assinale o grau de concordância e discordância com as seguintes afirmações c) 50% ( ) Por favor, assinale o seu grau de concordância e discordância com as seguintes afirmações d) Sugestão 1( ) Por favor, assinale o seu grau de concordância ou discordância com as seguintes afirmações 4) (nÃveis de concordância) Strongly Disagree / Disagree / Neutral / Agree / Strongly Agree a) 17% ( ) Discordo totalmente / Discordo/ Neutro/ Concordo/ Concordo totalmente b) 17% ( ) Concordo totalmente/ concordo/ indiferente/ discordo/ discordo totalmente c) 66% ( ) Discordo totalmente / Discordo/ Indiferente/ Concordo/ Concordo totalmente 84 5) Learning how to communicate effectively with parents is priority for me a) 50% ( ) Aprender a comunicar-me efetivamente com os pais é uma prioridade para mim. b) 33%( ) Aprender a me comunicar de maneira eficaz com os familiares dos pacientes é uma prioridade para mim. c) Sugestão 1 ( ) Aprender como me comunicar eficientemente com os pais é prioridade para mim 6) CONSENSO 7) CONSENSO 8) My department rewards good patient-doctor communication skills by housestaff a) 17% ( ) Meu departamento requer boa habilidade de comunicação entre paciente- médico por parte do residente b) 50% ( ) Meu departamento estimula a prática de uma boa comunicação entre o corpo clÃnico e os pacientes. c) Sugestão 1 ( ) Meu departamento incentiva uma boa habilidade de comunicação entre paciente-médico pelo corpo clÃnico d) Sugestão 2 ( ) Meu departamento estimula a prática de uma boa comunicação entre o corpo clÃnico e os pacientes 9) CONSENSO 10) Housestaffs`communication skills with patients can be improved a) 17% ( ) As habilidades de comunicação dos residentes para com os pacientes podem ser melhoradas b) 17% ( ) As habilidades comunicativas dos funcionários com os pacientes podem ser melhoradas. c) 50% ( ) As habilidades de comunicação entre o corpo clÃnico e os pacientes poderiam ser melhoradas. d) Sugestão 1( ) As habilidades de comunicação dos residentes com os pacientes pode melhorar 11) Housestaffs`communication skills with health care team members can be improved a) 17% ( ) As habilidades de comunicação dos residentes para com a equipe de assistência médica podem ser melhoradas b) 17% ( ) As habilidades comunicativas dos funcionários- membros da equipe de saúde podem ser melhorados. c) 50% ( ) As habilidades de comunicação entre os membros do corpo clÃnico e os demais profissionais da saúde poderiam ser melhoradas. d) Sugestão 1 ( ) As habilidades de comunicação dos residentes com os demais profissionais envolvidos na assistência pode melhorar 12) Formal training in effective communication with patients is available to me a) 33% ( ) Treinamento formal sobre comunicação eficaz para com pacientes está à minha disposição b) 33% ( ) Tenho a disposição treinamento em técnicas eficazes de comunicação. 85 c) Sugestão 1 ( ) Treinamento formal na comunicação efetiva com pacientes está a minha disposição. d) Sugestão 2 ( ) Tenho acesso a treinamento formal em técnicas eficazes de comunicação com pacientes 13) It is important to demonstrate empathy and caring with patients a) 33% ( ) É importante demonstrar empatia e cuidado para com os pacientes. b) 50% ( ) É importante demonstrar empatia e sensibilidade para com os pacientes. c) Sugestão 1( ) É importante demonstrar empatia e consideração com os pacientes 14) CONSENSO 15) It is important to teach medical students to show empathy and caring with patients a) 50% ( ) É importante ensinar aos alunos de medicina a demonstrarem empatia e cuidado com os pacientes. b) 17% ( ) É importante ensinar aos alunos de medicina como demonstrar empatia e sensibilidade aos pacientes. c) 33% ( ) É importante ensinar aos alunos de medicina a demonstrar empatia e consideração para com os pacientes. 16) CONSENSO 17) It is important for housestaff to learn about their patients`psychosocial problems a) 66% ( ) É importante que o corpo clÃnico conheça os problemas psicossociais dos pacientes b) Sugestão 1 ( ) É importante que o corpo clÃnico conheça os problemas psicossociais de seus pacientes. c) Sugestão 2 ( ) É importante que os residentes conheçam as condições psicossociais de seus pacientes 18) CONSENSO 19) Please indicate how IMPORTANT it is for housestaff to develop skills in the following areas and how CONFIDENT you feel about your skills in each of these areas. a) 33% ( ) Por favor, indique o quão IMPORTANTE é para o residente desenvolver habilidade nas seguintes áreas, e quão CONFIANTE você se sente sobre as suas habilidades em cada uma dessas áreas. b) 33% ( ) Por favor, assinale a IMPORTÂNCIA para o médico desenvolver habilidades nas seguintes áreas e a CONFIANÇA que você sente na sua competência em cada uma destas áreas. c) Sugestão 1 ( ) Por favor, assinale o grau de IMPORTÂNCIA para o corpo clÃnico desenvolver habilidades nas seguintes áreas juntamente com o grau de confiança que você tem sobre suas habilidades em cada uma destas áreas. d) Sugestão 2 ( ) Por favor, indique o quão IMPORTANTE é para o corpo clÃnico desenvolver habilidade nas seguintes áreas, e quão CONFIANTE você se sente sobre as suas habilidades em cada uma dessas áreas. 20) IMPORTANCE : very low / low / moderate / high / very high a) 50% ( ) IMPORTÂNCIA: muito baixa / baixa / moderada / alta / muito alta b) 50% ( ) IMPORTÂNCIA: muito baixo/baixo/moderado/alto/muito alto. 86 21) CONFIDENCE : not confident / a little confident / somewhat confident / rather confident / very confident a) 34% ( ) CONFIANÇA: não confiante / pouco confiante / levemente confiante / bastante confiante/ muitÃssimo confiante b) 66% ( ) CONFIANÇA: Nada confiante/ pouco confiante/mais ou menos confiante/ bastante confiante/muito confiante. 22) Ability to communicate effectively with patients a) 66% ( ) Habilidade de se comunicar de forma eficaz com pacientes b) 33% ( ) Habilidade de se comunicar efetivamente com os pacientes. 23) Understanding patients`perspectives on their illness a) 50% ( ) Entender as perspectivas dos pacientes sobre suas doenças. b) 33% ( ) Compreender a perspectiva do paciente referente a sua doença. c) Sugestão 1 ( ) Entender a percepção do paciente sobre sua doença 24) Listening skills a) 17% ( ) Habilidades de escutar. b) 50% ( ) Habilidades em ouvir o paciente c) 33% ( ) Habilidade em ouvir o paciente 25) Giving bad news about a patients`s illness to the patient and family a) 50% ( ) Dar más notÃcias sobre a doença do paciente ao mesmo e à sua famÃlia b) 50% ( ) Informar um diagnóstico ruim ao paciente e seus familiares. 26) Understanding psychosocial aspects of patient care a) 33% ( ) Entender aspectos psicossociais do tratamento do paciente b) 50% ( ) Entender aspectos psicossociais do cuidado do paciente. c) Sugestão 1 ( ) Entender aspectos psicossociais da assistência ao paciente 27) Ability to demonstrate empathy and caring with patients a) 50% ( ) Habilidade de demonstrar empatia e cuidado com os pacientes. b) 33% ( ) Habilidade em demonstrar empatia e sensibilidade com o paciente. c) Sugestão 1 ( ) Habilidade em demonstrar empatia e consideração pelos pacientes 28) Developing awareness of personal reactions to patients a) 66% ( ) Desenvolvendo a percepção de reações pessoais ao paciente. b) Sugestão 1 ( ) Conscientização sobre suas reações ao paciente c) Sugestão 2 ( ) Desenvolver a percepção de suas reações pessoais aos pacientes 29) Building rapport with patients a) 33% ( ) Estabelecer relações com os pacientes. b) 17% ( ) Capacidade de desenvolver uma inter-relação positiva com os pacientes. c) Sugestão 1( ) Estabelecendo uma conexão com pacientes. 87 d) Sugestão 2 ( ) Habilidade em desenvolver uma inter-relação positiva com os pacientes e) Sugestão 3 ( ) Construir comunicação com o paciente 30) Dealing with the “difficult†patient or parent a) 17% ( ) Lidar com a “dificuldade†do paciente ou dos pais. b) 50% ( ) Lidando com o paciente ou pais “complicadosâ€. c) 33% ( ) Lidar com o paciente ou pais “complicados†31) Interviewing children a) 34% ( ) Entrevistar crianças. b) 66% ( ) Entrevistando crianças. 32) Interviewing parents a) 50% ( ) Entrevistar pais. b) 50% ( ) Entrevistando pais. 33) Interviewing adolecents a) 50% ( ) Entrevistar adolescentes b) 50% ( ) Entrevistando adolescentes 34) CONSENSO 35) Speaking with children about serious illness a) 33% ( ) Conversar com crianças sobre doenças sérias. b) 50% ( ) Conversar com crianças sobre doenças graves. c) Sugestão 1( ) Conversando com crianças sobre doenças graves. 36) Cultural awareness / sensitivity a) 50% ( ) Consciência/sensibilidade cultural b) 33% ( ) Percepção/ sensibilidade cultural. c) Sugestão 1 ( ) Conscientização sobre aspectos culturais 37) Ability to respond to patients`emotions a) 34% ( ) Habilidade para lidar com as emoções dos pacientes b) 66% ( ) Capacidade para lidar com as emoções dos pacientes. 38) CONSENSO Deixe aqui algum comentário adicional se desejar: 88 Terceira Etapa Prezado Painelista Obrigada por participar da segunda etapa de respostas. Convido-o agora a responder a terceira etapa ou round. Sua contribuição foi fundamental para a busca de consenso na tradução do Housestaff Communication Survey, especialmente com as sugestões em questões abertas. Na segunda etapa utilizamos as respostas dos 6 painelistas que responderam o questionário anterior e fizemos análises estatÃsticas simples para verificar a frequência de cada resposta. Mais oito questões tiveram freqüências acima de 80% de consenso entre respondedores, então aquele item não mais se leva a verificação do grupo. Os demais 22 itens estão listados novamente, agora com os percentuais de respostas anteriores . A exemplo de outros trabalhos feitos pelo método Delphi, se ao término desta etapa muitas questões apresentarem estabilidade nas proporções das alternativas, será cogitada a hipótese de se aceitar como consenso itens com concordância de até 60%. O prazo solicitado para leitura e retorno também pede-se que não ultrapasse os 10 dias. Terceira etapa de respostas: Método Delphi Nome do Painelista: A sentença original em inglês possui 3 ou 4 alternativas possÃveis de tradução para a LÃngua Portuguesa. Estas sentenças estão acompanhadas do percentual de respostas à quele item dado pelo grupo na etapa anterior. Por favor, escolha a sentença que, em sua opinião, é a mais adequada para formulação de questionário para ser respondido por médicos pediatras e alunos internos do curso de Medicina. Você pode mudar a sua resposta da etapa anterior. O objetivo maior é a obtenção de consenso do grupo. 1) Your answers are confidential and will not be used in any way that would permit identification of any individual a) 33,3% ( ) Suas respostas são confidenciais e não serão usadas de nenhuma forma que permitam a identificação dos indivÃduos. b) 33,3% ( ) Suas respostas são confidenciais e não serão usadas de nenhuma forma que permitirá a identificação de qualquer pessoa. c) 33,3% ( ) Suas respostas são confidenciais e não serão utilizadas de nenhuma forma que possibilite/permita (singular) a identificação dos indivÃduos 2) (tÃtulo) Housestaff Communication Survey a) 33,3% ( ) Questionário sobre Habilidades em Comunicação b) 50% ( ) Questionário sobre a comunicação do corpo clÃnico. c) 16,7% ( ) Comunicação entre médicos, residentes e seus pacientes: Uma pesquisa 3) Please indicate the degree to whitch you agree or disagree with the following statements 89 a) 50% ( ) Por favor, assinale o seu grau de concordância e discordância com as seguintes afirmações b) 50% ( ) Por favor, assinale o seu grau de concordância ou discordância com as seguintes afirmações 4) CONSENSO 5) Learning how to communicate effectively with parents is priority for me a) 33,3% ( ) Aprender a comunicar-me efetivamente com os pais é uma prioridade para mim. b) 16,7%( ) Aprender a me comunicar de maneira eficaz com os familiares dos pacientes é uma prioridade para mim. c) 50% ( ) Aprender como me comunicar eficientemente com os pais é prioridade para mim 6) CONSENSO 7) CONSENSO 8) My department rewards good patient-doctor communication skills by housestaff a) 16,7% ( ) Meu departamento requer boa habilidade de comunicação entre paciente- médico por parte do residente b) 33,3% ( ) Meu departamento estimula a prática de uma boa comunicação entre o corpo clÃnico e os pacientes. c) 33,3% ( ) Meu departamento incentiva uma boa habilidade de comunicação entre paciente-médico pelo corpo clÃnico d) 16,7% ( ) Meu departamento valoriza profissionais com boa comunicação médico- paciente 9) CONSENSO 10) CONSENSO 11) CONSENSO 12) Formal training in effective communication with patients is available to me a) 16,7% ( ) Treinamento formal sobre comunicação eficaz para com pacientes está à minha disposição b) 16,7% ( ) Tenho a disposição treinamento em técnicas eficazes de comunicação. c) 16,7% ( ) Treinamento formal na comunicação efetiva com pacientes está a minha disposição. d) 50% ( ) Tenho acesso a treinamento formal em técnicas eficazes de comunicação com pacientes 13) It is important to demonstrate empathy and caring with patients a) 16,7% ( ) É importante demonstrar empatia e cuidado para com os pacientes. b) 50% ( ) É importante demonstrar empatia e sensibilidade para com os pacientes. c) 33,3%( ) É importante demonstrar empatia e consideração com os pacientes 14) CONSENSO 15) It is important to teach medical students to show empathy and caring with patients a) 16,7% ( ) É importante ensinar aos alunos de medicina a demonstrarem empatia e cuidado com os pacientes. 90 b) 33,3% ( ) É importante ensinar aos alunos de medicina como demonstrar empatia e sensibilidade aos pacientes. c) 50% ( ) É importante ensinar aos alunos de medicina a demonstrar empatia e consideração para com os pacientes. 16) CONSENSO 17) CONSENSO 18) CONSENSO 19) Please indicate how IMPORTANT it is for housestaff to develop skills in the following areas and how CONFIDENT you feel about your skills in each of these areas. a) 16,7% ( ) Por favor, indique o quão IMPORTANTE é para o residente desenvolver habilidade nas seguintes áreas, e quão CONFIANTE você se sente sobre as suas habilidades em cada uma dessas áreas. b) 16,7% ( ) Por favor, assinale o grau de IMPORTÂNCIA para o corpo clÃnico desenvolver habilidades nas seguintes áreas juntamente com o grau de confiança que você tem sobre suas habilidades em cada uma destas áreas. d) 66,7% ( ) Por favor, indique o quão IMPORTANTE é para o corpo clÃnico desenvolver habilidade nas seguintes áreas, e quão CONFIANTE você se sente sobre as suas habilidades em cada uma dessas áreas. 20) IMPORTANCE : very low / low / moderate / high / very high a) 66,7% ( ) IMPORTÂNCIA: muito baixa / baixa / moderada / alta / muito alta b) 33,3% ( ) IMPORTÂNCIA: muito baixo/baixo/moderado/alto/muito alto. 21) CONSENSO 22) CONSENSO 23) Understanding patients`perspectives on their illness a) 33,3% ( ) Entender as perspectivas dos pacientes sobre suas doenças. b) 33,3% ( ) Compreender a perspectiva do paciente referente a sua doença. c) 33,3% ( ) Entender a percepção do paciente sobre sua doença 24) Listening skills a) 16,7% ( ) Habilidades de escutar. b) 50% ( ) Habilidades em ouvir o paciente c) 33,3% ( ) Habilidade em ouvir o paciente 25) CONSENSO 26) Understanding psychosocial aspects of patient care a) 33,3% ( ) Entender aspectos psicossociais do tratamento do paciente b) 50% ( ) Entender aspectos psicossociais do cuidado do paciente. c) 16,7% ( ) Entender aspectos psicossociais da assistência ao paciente 27) Ability to demonstrate empathy and caring with patients a) 33,3% ( ) Habilidade de demonstrar empatia e cuidado com os pacientes. b) 33,3% ( ) Habilidade em demonstrar empatia e sensibilidade com o paciente. 91 c) 33,3% ( ) Habilidade em demonstrar empatia e consideração pelos pacientes 28) Developing awareness of personal reactions to patients a) 50% ( ) Desenvolvendo a percepção de reações pessoais ao paciente. b) 16,7% ( ) Conscientização sobre suas reações ao paciente c) 33,3% ( ) Desenvolver a percepção de suas reações pessoais aos pacientes 29) Building rapport with patients a) 33% ( ) Estabelecer relações com os pacientes. b) 16,7% ( ) Capacidade de desenvolver uma inter-relação positiva com os pacientes. c) 16,7%( ) Estabelecendo uma conexão com pacientes. d) 16,7% ( ) Habilidade em desenvolver uma inter-relação positiva com os pacientes e) 33,3% ( ) Construir comunicação com o paciente 30) Dealing with the “difficult†patient or parent a) 16,7% ( ) Lidar com a “dificuldade†do paciente ou dos pais. b) 50% ( ) Lidando com o paciente ou pais “complicadosâ€. c) 33,3% ( ) Lidar com o paciente ou pais “complicados†31) Interviewing children a) 34% ( ) Entrevistar crianças. b) 66% ( ) Entrevistando crianças. 32) Interviewing parents a) 33,3% ( ) Entrevistar pais. b) 66,7% ( ) Entrevistando pais. 33) Interviewing adolecents a) 33,3% ( ) Entrevistar adolescentes b) 66,7% ( ) Entrevistando adolescentes 34) CONSENSO 35) Speaking with children about serious illness a) 33,3% ( ) Conversar com crianças sobre doenças graves. b) 66,7%( ) Conversando com crianças sobre doenças graves. 36) CONSENSO 37) Ability to respond to patients`emotions a) 50% ( ) Habilidade para lidar com as emoções dos pacientes b) 50% ( ) Capacidade para lidar com as emoções dos pacientes. 38) CONSENSO Deixe aqui algum comentário adicional se desejar: 92 Quarta Etapa Prezado Painelista Obrigada por participar da terceira etapa de respostas. Convido-o agora a responder a quarta etapa ou round. Sua contribuição foi fundamental para a busca de consenso na tradução do Housestaff Communication Survey. Na terceira etapa utilizamos as respostas dos 6 painelistas que responderam o questionário anterior e fizemos análises estatÃsticas simples para verificar a frequência de cada resposta. Mais quatorze questões tiveram freqüências acima de 66.7% mantidas ou 80% de consenso entre respondedores, então aquele item não mais se levará a verificação do grupo. As manutenções de respostas em torno de 66,7% nas duas etapas anteriores foram levadas a consenso entre os pesquisadores e a lingüista. Os restantes 8 itens estão listados novamente, agora com os percentuais de respostas anteriores . Pretendemos que esta seja a última etapa, já que as questões tendem a uma estabilidade desde as respostas anteriores. A exemplo de outros trabalhos feitos pelo método Delphi, se ao término desta etapa as questões apresentarem estabilidade nas proporções das alternativas, será cogitada a hipótese de se aceitar como consenso itens com concordância de até 60%. O prazo solicitado para leitura e retorno também pede-se que não ultrapasse os 10 dias. Quarta etapa de respostas: Método Delphi Nome do Painelista: A sentença original em inglês possui 2 ou 3 alternativas possÃveis de tradução para a LÃngua Portuguesa. Estas sentenças estão acompanhadas do percentual de respostas à quele item dado pelo grupo na etapa anterior. Por favor, escolha a sentença que, em sua opinião, é a mais adequada para formulação de questionário para ser respondido por médicos pediatras e alunos internos do curso de Medicina. Você pode mudar a sua resposta da etapa anterior. O objetivo maior é a obtenção de consenso do grupo. 1) Your answers are confidential and will not be used in any way that would permit identification of any individual a) 16,7% ( ) Suas respostas são confidenciais e não serão usadas de nenhuma forma que permitam a identificação dos indivÃduos. b) 33,3% ( ) Suas respostas são confidenciais e não serão usadas de nenhuma forma que permitirá a identificação de qualquer pessoa. c) 50% ( ) Suas respostas são confidenciais e não serão utilizadas de nenhuma forma que possibilite/permita a identificação dos indivÃduos 2) (tÃtulo) Housestaff Communication Survey a) 16,7% ( ) Questionário sobre Habilidades em Comunicação b) 66,7% ( ) Questionário sobre a comunicação do corpo clÃnico. 93 c) 16,7% ( ) Comunicação entre médicos, residentes e seus pacientes: Uma pesquisa 3) CONSENSO 4) CONSENSO 5) Learning how to communicate effectively with parents is priority for me a) 16,7% ( ) Aprender a comunicar-me efetivamente com os pais é uma prioridade para mim. b) 16,7%( ) Aprender a me comunicar de maneira eficaz com os familiares dos pacientes é uma prioridade para mim. c) 66,7% ( ) Aprender como me comunicar eficientemente com os pais é prioridade para mim 6) CONSENSO 7) CONSENSO 8) CONSENSO 9) CONSENSO 10) CONSENSO 11) CONSENSO 12) CONSENSO 13) It is important to demonstrate empathy and caring with patients a) 16,7% ( ) É importante demonstrar empatia e cuidado para com os pacientes. b) 16,7% ( ) É importante demonstrar empatia e sensibilidade para com os pacientes. c) 66,7%( ) É importante demonstrar empatia e consideração com os pacientes 14) CONSENSO 15) CONSENSO 16) CONSENSO 17) CONSENSO 18) CONSENSO 19) CONSENSO 20) CONSENSO 21) CONSENSO 22) CONSENSO 23) Understanding patients`perspectives on their illness a) 33,3% ( x ) Entender as perspectivas dos pacientes sobre suas doenças. b) 33,3% ( ) Compreender a perspectiva do paciente referente a sua doença. c) 33,3% ( ) Entender a percepção do paciente sobre sua doença 24) CONSENSO 25) CONSENSO 26) Understanding psychosocial aspects of patient care a) 16,7% ( ) Entender aspectos psicossociais do tratamento do paciente b) 66,7% ( ) Entender aspectos psicossociais do cuidado do paciente. c) 16,7% ( ) Entender aspectos psicossociais da assistência ao paciente 27) Ability to demonstrate empathy and caring with patients a) 33,3% ( ) Habilidade de demonstrar empatia e cuidado com os pacientes. 94 b) 66,7% ( ) Habilidade em demonstrar empatia e consideração pelos pacientes 28) CONSENSO 29) CONSENSO 30) CONSENSO 31) CONSENSO 32) CONSENSO 33) CONSENSO 34) CONSENSO 35) CONSENSO 36) CONSENSO 37) Ability to respond to patients`emotions a) 66,7% ( ) Habilidade para lidar com as emoções dos pacientes b) 33,3% ( ) Capacidade para lidar com as emoções dos pacientes. 38) CONSENSO 95 Apêndice F : Gráficos de todos os itens avaliados na técnica Delphi modificada : Item 1 : Gráfico I1: Médias e desvios padrão a cada rodada do item 1 Tabela l1 : médias e desvios padrão a cada rodada do item 1 Item 1 rodada 1 rodada 2 rodada 3 rodada 4 média 1,33 2,66 2,33 3 desvio padrão 0,897527 1,247219 0,745356 0 Item 2 : Gráfico l2 : Médias e desvios padrão a cada rodada do item 2 Tabela l2 : médias e desvios padrão a cada rodada do item 2 Item 2 rodada 1 rodada 2 rodada 3 rodada 4 média 3,16 3,66 3 3,833 desvio padrão 1,067187 0,942809 0,57735 0,372678 96 Item 3 : Gráfico l3 : Médias e desvios padrão a cada rodada do item 3 Tabela l3 : médias e desvios padrão a cada rodada do item 3 Item 3 rodada 1 rodada 2 rodada 3 média 2,66 3,5 4 desvio padrão 0,942809 0,5 0 Item 4 : Gráfico l4 : Médias e desvios padrão a cada rodada do item 4 Tabela l4 : médias e desvios padrão a cada rodada do item 4 Item 4 rodada 1 rodada 2 média 2,5 2,66 desvio padrão 0,763763 0,745356 97 Item 5 : Gráfico I5 : Médias e desvios padrão a cada rodada do item 5 Tabela l5 : médias e desvios padrão a cada rodada do item 5 Item 5 rodada 1 rodada 2 rodada 3 rodada 4 média 2,66 3 3,5 3,66 desvio padrão 0,69007 0,92582 0,707107 0,436442 Item 8 : Gráfico l6 : Médias e desvios padrão a cada rodada do item 8 Tabela l6 : médias e desvios padrão a cada rodada do item 8 Item 8 rodada 1 rodada 2 rodada 3 média 3 3,33 3,66 desvio padrão 0,92582 1,105542 0,471405 98 Item 10 : Gráfico l7 : Médias e desvios padrão a cada rodada do item 10 Tabela l7 : médias e desvios padrão a cada rodada do item 10 Item 10 rodada 1 rodada 2 média 3,16 3 desvio padrão 0,889779 0 Item 11 : Gráfico l8 : Médias e desvios padrão a cada rodada do item 11 Tabela l8 : médias e desvios padrão a cada rodad do item 11 Item 11 rodada 1 rodada 2 média 2,66 2,83 Desvio Padrão 0,872875 0,345035 99 Item 12 : Gráfico l9 : Médias e desvios padrão a cada rodada do item 12 Tabela l9 : médias e desvios padrão a cada rodada do item 12 Item 12 rodada 1 rodada 2 rodada 3 média 2,66 3,66 4,33 desvio padrão 1,154 1,27242 1,380132 Item 13 : Gráfico l10 : Médias e desvios padrão a cada rodada do item 13 Tabela l10 : médias e desvios padrão a cada rodada do item 13 Item 13 rodada 1 rodada 2 rodada 3 rodada 4 média 1,83 2,16 2,5 3 desvio padrão 0,6369 0,6362 0,7071 0 100 Item 15 : Gráfico l11 : Médias e desvios padrão a cada rodada do item 15 Tabela l11 : médias e desvios padrão a cada rodada do item 15 Item 15 rodada 1 rodada 2 rodada 3 média 1,83 2,33 2,66 desvio padrão 0,8309 0,69 0,69 Item 17 : Gráfico l12 : Médias e desvios padrão a cada rodada do item 17 Tabela l12 : médias e desvios padrão a cada rodada do item 17 Item 17 rodada 1 rodada 2 média 3,33 1,83 desvio padrão 0,4364 0,37678 101 Item 19 : Gráfico l13 : Médias e desvios padrão a cada rodada do item 19 Tabela l13 : médias e desvios padrão a cada rodada do item 19 Item 19 rodada 1 rodada 2 rodada 3 média 2,66 4 5 desvio padrão 1,1547 1,309307 0 Item 20 : Gráfico l14 : Médias e desvios padrão a cada rodada do item 20 Tabela I14 : médias e desvios padrão a cada rodada do item 20 Item 20 rodada 1 rodada 2 rodada 3 média 1,5 1,33 1 desvio padrão 0,46291 0,436437 0 102 Item 21 : Gráfico l15 : Médias e desvios padrão a cada rodada do item 21 Tabela l15 : médias e desvios padrão a cada rodada do item 21 Item 21 rodada 1 rodada 2 média 2,33 2 desvio padrão 0,872872 0 Item 22 : Gráfico l16 : Médias e desvios padrão a cada rodada do item 22 Tabela l16 : médias e desvios padrão a cada rodada do item 22 Item 22 rodada 1 rodada 2 média 1,33 1,16 desvio padrão 0,436437 0,345041 103 Item 23 : Gráfico l17 : Médias e desvios padrão a cada rodada do item 23 Tabela l17 : médias e desvios padrão a cada rodada do item 23 Item 23 rodada 1 rodada 2 rodada 3 rodada 4 média 1,66 2 2 1,83 desvio padrão 0,69007 0,755929 0,755929 0,83095 Item 24 : Gráfico l18 : Médias e desvios padrão a cada rodada do item 24 Tabela l18 : médias e desvios padrão a cada rodada do item 24 Item 24 rodada 1 rodada 2 rodada 3 média 2,16 2,16 2 desvio padrão 0,636213 0,636213 0 104 Item 25 : Gráfico l19 : Médias e desvios padrão a cada rodada do item 25 Tabela l19 : médias e desvios padrão a cada rodada do item 25 Item 25 rodada 1 rodada 2 média 1,5 1,83 desvio padrão 0,46291 0,345035 Item 26 : Gráfico l20 : Médias e desvios padrão a cada rodada do item 26 Tabela l20 : médias e desvios padrão a cada rodada do item 26 Item 26 rodada 1 rodada 2 rodada 3 rodada 4 média 1,83 1,83 2 2,33 desvio padrão 0,63621 0,63621 0,544522 0,436437 105 Item 27 : Gráfico l21 : Médias e desvios padrão a cada rodada do item 27 Tabela l21 : médias e desvios padrão a cada rodada do item 27 Item 27 rodada 1 rodada 2 rodada 3 rodada 4 média 1,66 2 2,33 2 desvio padrão 0,69007 0,755929 0,872872 0 Item 28 : Gráfico l22 : Médias e desvios padrão a cada rodada do item 28 Tabela l22 : médias e desvios padrão a cada rodada do item 28 item 28 rodada 1 rodada 2 rodada 3 média 2,33 2,66 2,5 desvio padrão 0,436437 0,872875 0,707107 106 Item 29 : Gráfico l23 : Médias e desvios padrão a cada rodada do item 29 Tabela l23 : médias e desvios padrão a cada rodad do item 29 Item 29 rodada 1 rodada 2 rodada 3 média 2,16 2,5 2,66 desvio padrão 0,830952 1,164965 1,573593 Item 30 : Gráfico l24 : Médias e desvios padrão a cada rodada do item 30 Tabela l24 : médias e desvios padrão a cada rodad do item 30 Item 30 rodada 1 rodada 2 rodada 3 média 2,16 2,16 2,33 desvio padrão 0,636213 0,636213 0,436437 107 Item 31 : Gráfico l25 : Médias e desvios padrão a cada rodada do item 31 Tabela l25 : médias e desvios padrão a cada rodada do item 31 item 31 rodada 1 rodada 2 rodada 3 média 1,66 1,66 1,66 desvio padrão 0,436442 0,436442 0,436442 Item 32 : Gráfico l26 : Médias e desvios padrão a cada rodada do item 32 Tabela l26 : médias e desvios padrão a cada rodada do item 32 item 32 rodada 1 rodada 2 rodada 3 média 1,5 1,66 1,66 desvio padrão 0,46291 0,436442 0,436442 108 Item 33 : Gráfico l27 : Médias e desvios padrão a cada rodada do item 33 Tabela l27 : médias e desvios padrão a cada rodad do item 33 Item 33 rodada 1 rodada 2 rodada 3 média 1,5 1,66 1,66 desvio padrão 0,46291 0,436442 0,436442 Item 35 : Gráfico l28 : Médias e desvios padrão a cada rodada do item 35 Tabela l28 : médias e desvios padrão a cada rodada do item 35 item 35 rodada 1 rodada 2 rodada 3 média 2,5 2,66 1,66 desvio padrão 1,035098 0,436442 0,436442 109 Item 36 : Gráfico l29 : Médias e desvios padrão a cada rodada do item 36 Tabela l29 : médias e desvios padrão a cada rodada do item 36 item 36 rodada 1 rodada 2 média 1,66 1,33 desvio padrão 0,69007 0,69007 Item 37 : Gráfico l30 : Médias e desvios padrão a cada rodada do item 37 Tabela l30 : médias e desvios padrão a cada rodada do item 37 item 37 rodada 1 rodada 2 rodada 3 rodada 4 média 2,33 1,833 1,66 1,33 Desvio Padrão 0,872872 0,830949 0,872875 0,690067 110 APÊNDICE G : Versão final para pré-teste As respostas são confidenciais e não serão utilizadas de nenhuma forma que permita identificação dos entrevistados : Questionário sobre a comunicação do corpo clÃnico Por favor, assinale o seu grau de concordância ou discordância com as seguintes afirmações : D is c o rd o T o ta lm e n te D is c o rd o S o u I n d if e re n te C o n c o rd o C o n c o rd o T o ta lm e n te 1) Tenho como prioridade aprender a me comunicar eficientemente com os pais de meus pacientes ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 2) Recebo feedback construtivo referente a meu relacionamento com os pais de meus pacientes. ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 3) Recebo feedback construtivo referente a meu relacionamento com os demais membros da equipe . ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 4) Meu departamento incentiva uma boa comunicação entre médico e paciente ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 5) Disponho de tempo adequado para interagir com meus pacientes ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 6) As habilidades de comunicação entre o corpo clÃnico e os pacientes poderiam ser aprimoradas ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 7) As habilidades de comunicação entre os membros do corpo clÃnico e os demais profissionais da saúde poderiam ser aprimoradas. ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 8) Recebo treinamento formal em técnicas eficazes de comunicação com pacientes. ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 9) É importante demonstrar empatia e consideração para com os pacientes ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 10) É importante ensinar os alunos de Medicina a se comunicarem de maneira eficaz com os pacientes. ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 11) É importante ensinar os alunos de Medicina a demonstrarem empatia e consideração para com os pacientes. ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 12) Ensino os alunos de Medicina a demonstrarem respeito por seus pacientes (se você for aluno não responda este item) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 13) É importante que o corpo clÃnico conheça os problemas psicosociais de seus pacientes ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 14) É importante que o corpo clÃnico tenha consciência de suas próprias reações frente aos pacientes ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 111 Por favor, indique o quão IMPORTANTE é para o corpo clÃnico desenvolver habilidade nas seguintes áreas, e quão CONFIANTE você se sente sobre as suas habilidades em cada um desses itens IMPORTÂNCIA CONFIANÇA Im p o rt â n c ia m u it o b a ix a Im p o rt â n c ia b a ix a Im p o rt â n c ia m o d e ra d a Im p o rt â n c ia a lt a Im p o rt â n c ia m u it o a lt a N a d a C o n fi a n te P o u c o c o n fi a n te M a is o u m e n o s c o n fi a n te C o n fi a n te M u it o c o n fi a n te 1) Habilidade de se comunicar de forma eficaz com seus pacientes ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 2) Capacidade de compreender a perspectiva dos pacientes sobre suas doenças. ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 3) Capacidade de ouvir o paciente ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 4) Capacidade de informar o paciente de um diagnóstico ruim ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 5) Capacidade de entender aspectos psicosociais do cuidado com o paciente ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 6) Capacidade de demonstrar empatia e consideração para com os pacientes ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 7) Capacidade de perceber suas próprias reações frente aos pacientes ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 8) Capacidade de estabelecer relações com os pacientes ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 9) Capacidade de interagir com pacientes ou familiares de difÃcil trato ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 10) Habilidade para entrevistar crianças ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 11) Habilidade para entrevistar familiares ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 12) Habilidade para entrevistar adolescentes ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 13) Capacidade para discutir o fim da vida com pacientes ou familiares ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 14) Capacidade para conversar com crianças sobre doenças graves ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 15) Consciência da diversidade cultural e sensibilidade para ela ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 16) Capacidade de lidar com as emoções dos pacientes ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 112 APÊNDICE H : Entrevista Cognitiva e Retrospectiva Entrevista estruturada para a pré validação do questionário : Entrevistado número : _____ 1) Você entendeu o questionário ? ( ) Sim ( ) Não _________________________________________________________ 2) Este questionário se aplica a suas atividades profissionais diárias ? ( ) Sim ( ) Não _________________________________________________________ 3) Avaliação de questões : Questão Entendeu o conteúdo ? Mudaria alguma palavra ? Retiraria este item ? 1) Tenho como prioridade aprender a me comunicar eficientemente com os pais de meus pacientes ( ) Sim ( ) Não ( ) Sim _____________ ( ) Não ( ) Sim _________ ( ) Não 2) Recebo feedback construtivo referente a meu relacionamento com os pais de meus pacientes. ( ) Sim ( ) Não ( ) Sim _____________ ( ) Não ( ) Sim _________ ( ) Não 3) Recebo feedback construtivo referente a meu relacionamento com os demais membros da equipe . ( ) Sim ( ) Não ( ) Sim _____________ ( ) Não ( ) Sim _________ ( ) Não 4) Meu departamento incentiva uma boa comunicação entre médico e paciente. ( ) Sim ( ) Não ( ) Sim _____________ ( ) Não ( ) Sim _________ ( ) Não 5) Disponho de tempo adequado para interagir com meus pacientes ( ) Sim ( ) Não ( ) Sim _____________ ( ) Não ( ) Sim _________ ( ) Não 6) As habilidades de comunicação entre o corpo clÃnico e os pacientes poderiam ser aprimoradas. ( ) Sim ( ) Não ( ) Sim _____________ ( ) Não ( ) Sim _________ ( ) Não 7) As habilidades de comunicação entre o corpo clÃnico e os pacientes poderiam ser aprimoradas. ( ) Sim ( ) Não ( ) Sim _____________ ( ) Não ( ) Sim _________ ( ) Não 8) Recebo treinamento formal em técnicas eficazes de comunicação com pacientes. ( ) Sim ( ) Não ( ) Sim _____________ ( ) Não ( ) Sim _________ ( ) Não 9) É importante demonstrar empatia e consideração para com os pacientes ( ) Sim ( ) Não ( ) Sim _____________ ( ) Não ( ) Sim _________ ( ) Não 10) É importante ensinar os alunos de Medicina a se comunicarem de maneira eficaz com os pacientes. ( ) Sim ( ) Não ( ) Sim _____________ ( ) Não ( ) Sim _________ ( ) Não 11) É importante ensinar os alunos de Medicina a demonstrarem empatia e consideração para com os pacientes. ( ) Sim ( ) Não ( ) Sim _____________ ( ) Não ( ) Sim _________ ( ) Não 12) Ensino meus alunos de Medicina a demonstrarem respeito por seus pacientes ( ) Sim ( ) Não ( ) Sim _____________ ( ) Não ( ) Sim _________ ( ) Não 113 13) É importante que o corpo clÃnico conheça os problemas psicosociais de seus pacientes ( ) Sim ( ) Não ( ) Sim _____________ ( ) Não ( ) Sim _________ ( ) Não 14) É importante que o corpo clÃnico tenha consciência de suas reações frente aos pacientes ( ) Sim ( ) Não ( ) Sim _____________ ( ) Não ( ) Sim _________ ( ) Não Questão Entendeu o conteúdo ? Mudaria alguma palavra ? Retiraria este item ? 1) Habilidade de se comunicar de forma eficaz com seus pacientes ( ) Sim ( ) Não ( ) Sim _____________ ( ) Não ( ) Sim ___________ ( ) Não 2) Capacidade de compreender a perspectiva dos pacientes sobre suas doenças. ( ) Sim ( ) Não ( ) Sim _____________ ( ) Não ( ) Sim ___________ ( ) Não 3) Capacidade de ouvir o paciente ( ) Sim ( ) Não ( ) Sim _____________ ( ) Não ( ) Sim ___________ ( ) Não 4) Capacidade de informar o paciente de um diagnóstico ruim ( ) Sim ( ) Não ( ) Sim _____________ ( ) Não ( ) Sim ___________ ( ) Não 5) Capacidade de entender aspectos psicosociais do cuidado com o paciente ( ) Sim ( ) Não ( ) Sim _____________ ( ) Não ( ) Sim ___________ ( ) Não 6) Capacidade de demonstrar empatia e consideração para com os pacientes ( ) Sim ( ) Não ( ) Sim _____________ ( ) Não ( ) Sim ___________ ( ) Não 7) Capacidade de perceber suas próprias reações face aos pacientes ( ) Sim ( ) Não ( ) Sim _____________ ( ) Não ( ) Sim ___________ ( ) Não 8) Capacidade de estabelecer relações com os pacientes ( ) Sim ( ) Não ( ) Sim _____________ ( ) Não ( ) Sim ___________ ( ) Não 9) Capacidade de interagir com pacientes ou familiares de difÃcil trato ( ) Sim ( ) Não ( ) Sim _____________ ( ) Não ( ) Sim ___________ ( ) Não 10) Habilidade para entrevistar crianças ( ) Sim ( ) Não ( ) Sim _____________ ( ) Não ( ) Sim ___________ ( ) Não 11) Habilidade para entrevistar familiares ( ) Sim ( ) Não ( ) Sim _____________ ( ) Não ( ) Sim ___________ ( ) Não 12) Habilidade para entrevistar adolescentes ( ) Sim ( ) Não ( ) Sim _____________ ( ) Não ( ) Sim ___________ ( ) Não 13) Capacidade para discutir o fim da vida com pacientes ou familiares ( ) Sim ( ) Não ( ) Sim _____________ ( ) Não ( ) Sim ___________ ( ) Não 14) Capacidade para conversar com crianças sobre doenças graves ( ) Sim ( ) Não ( ) Sim _____________ ( ) Não ( ) Sim ___________ ( ) Não 15) Consciência da diversidade cultural e sensibilidade para ela ( ) Sim ( ) Não ( ) Sim _____________ ( ) Não ( ) Sim ___________ ( ) Não 16) Capacidade de lidar com as emoções dos pacientes ( ) Sim ( ) Não ( ) Sim _____________ ( ) Não ( ) Sim ___________ ( ) Não 114 4) Compreendeu as Escalas Likert ? Discordo totalmente / Discordo/ Sou Indiferente/ Concordo/ Concordo totalmente ( ) Sim ( ) Não ________________________________________________________ IMPORTÂNCIA: muito baixa / baixa / moderada / alta / muito alta ( ) Sim ( ) Não ________________________________________________________ CONFIANÇA: Nada confiante/ pouco confiante/ mais ou menos confiante/ bastante confiante/ muito confiante. ( ) Sim ( ) Não ________________________________________________________ Layout em duas colunas foi fácil de responder ( ) Sim ( ) Não ____________________________________ 5) Acrescentaria algum tópico ? ( ) Não ( ) Sim _________________________________________________________________________________________ 115 APÊNDICE I : Avaliação lingüÃstica pós pré-validação As respostas são confidenciais e não serão utilizadas de nenhuma forma que permita identificação dos entrevistados : Questionário sobre a comunicação do corpo clÃnico Por favor, assinale o seu grau de concordância ou discordância com as seguintes afirmações : D is co rd o T o ta lm en te D is co rd o S o u I n d if er en te C o n co rd o C o n co rd o T o ta lm en te 1) Tenho como prioridade aprender a me comunicar eficientemente com os pais de meus pacientes ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 2) Recebo feedback construtivo referente a meu relacionamento com os pais de meus pacientes. ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 3) Recebo feedback construtivo referente a meu relacionamento com os demais membros da equipe . ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 4) Meu departamento incentiva uma boa comunicação entre médico e paciente ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 5) Disponho de tempo adequado para interagir com meus pacientes ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 6) As habilidades de comunicação entre o corpo clÃnico e os pacientes poderiam ser aprimoradas ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 7) As habilidades de comunicação entre os membros do corpo clÃnico e os demais profissionais da saúde poderiam ser aprimoradas. ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 8) Recebo treinamento formal em técnicas eficazes de comunicação com pacientes. ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 9) É importante demonstrar empatia e consideração para com os pacientes ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 10) É importante ensinar os alunos de Medicina a se comunicarem de maneira eficaz com os pacientes. ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 11) É importante ensinar os alunos de Medicina a demonstrarem empatia e consideração para com os pacientes. ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 12) Ensino os alunos de Medicina a demonstrarem respeito por seus pacientes (se você for aluno não responda este item) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 13) É importante que o corpo clÃnico conheça os problemas psicosociais de seus pacientes ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 14) É importante que o corpo clÃnico tenha consciência de suas próprias reações frente aos pacientes ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 116 Por favor, indique o quão IMPORTANTE é para o corpo clÃnico desenvolver habilidade nas seguintes áreas, e quão CONFIANTE você se sente sobre as suas habilidades em cada um desses itens IMPORTÂNCIA CONFIANÇA Im p o rt ân ci a m u it o b ai x a Im p o rt ân ci a b ai x a Im p o rt ân ci a m o d er ad a Im p o rt ân ci a al ta Im p o rt ân ci a m u it o a lt a N ad a C o n fi an te P o u co c o n fi an te M ai s o u m en o s co n fi an te C o n fi an te M u it o c o n fi an te 1) Habilidade de se comunicar de forma eficaz com seus pacientes ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 2) Capacidade de compreender a perspectiva dos pacientes sobre suas doenças. ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 3) Capacidade de ouvir o paciente ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 4) Capacidade de informar o paciente de um diagnóstico ruim ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 5) Capacidade de entender aspectos psicosociais do cuidado com o paciente ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 6) Capacidade de demonstrar empatia e consideração para com os pacientes ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 7) Capacidade de perceber suas próprias reações frente aos pacientes ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 8) Capacidade de estabelecer relações com os pacientes ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 9) Capacidade de interagir com pacientes ou familiares de difÃcil trato ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 10) Habilidade para entrevistar crianças ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 11) Habilidade para entrevistar familiares ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 12) Habilidade para entrevistar adolescentes ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 13) Capacidade para discutir o fim da vida com pacientes ou familiares ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 14) Capacidade para conversar com crianças sobre doenças graves ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 15) Consciência da diversidade cultural e sensibilidade para ela ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 16) Capacidade de lidar com as emoções dos pacientes ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) ( ) 117 Foram pré validadas as questões com 10 pessoas (10% do total que será entrevistado posteriormente) : 3 alunos, 4 residentes e 3 médicos. Em cada questão havia também a opção “não se aplica†para que o entrevistado optasse por considerar aquele tópico irrelevante no contexto das questões. Após a aplicação do teste para estas 10 pessoas, foi realizada uma entrevista estruturada visando avaliar a compreensão do questionário e a capacidade do questionário para avaliar a questão da comunicação do corpo clinico. Resultados : 33 sugestões de modificação nas questões Todos entenderam o questionário e consideram itens pertinentes de sua prática diária. Todos entenderam as escalas de Likert e aprovaram o layout . 7 questões foram apontadas para melhorar entendimento : 1) Tenho como prioridade aprender a me comunicar eficientemente com os pais de meus pacientes Learning how to communicate effectively with parents is priority for me 2 pessoas referiram que prioridade é uma palavra “forte†(sic) e que no atendimento, dependendo do que o paciente tem, outras coisas são prioridade. *** Talvez valha a pena matizar a questão: “ Incluo, entre as prioridades de minha formação, aprender a comunicar-me eficientemente com os pais de meus pacientes†. 2) Recebo feedback construtivo referente a meu relacionamento com os pais de meus pacientes. I receive constructive feedback about my relationships with parents 3) Recebo feedback construtivo referente a meu relacionamento com os demais membros da equipe . I receive constructive feedback about my relationships with other team members 4 pessoas se confundiram com a palavra “construtivoâ€. Disseram que remete a feedback positivo. E também ficaram em dúvida de quem é que dá este feeedback e o que seria este retorno... *** Eu não entendi a objeção das pessoas : é mesmo relativo a “ feedback†o adjetivo “positivoâ€. Quer dizer que é crÃtica construtiva.... Eu deixaria como está ou então tiraria “ construtivo†. 118 4) Meu departamento incentiva uma boa comunicação entre médico e paciente My department rewards good patient-doctor communication skills by housestaff 3 pessoas entre alunos e residentes disseram que não estão atrelados a departamento de Pediatria, como os médicos e os docentes e sim à Faculdade de Medicina . **** Acho boa a substituição: vale apena trocar “ departamento†por “ instituição na qual trabalho ou estudo†5) As habilidades de comunicação entre o corpo clÃnico e os pacientes poderiam ser aprimoradas Housestaffs`communication skills with patients can be improved 6) As habilidades de comunicação entre os membros do corpo clÃnico e os demais profissionais da saúde poderiam ser aprimoradas. Housestaffs`communication skills with health care team members can be improved 3 pessoas criticaram todos os locais em que aparece “corpo clÃnicoâ€. Como o original era só para residentes, trocamos para corpo clÃnico para indicar médicos e alunos. A crÃtica aqui é que na questão acima tem corpo clÃnico e demais profissionais de saúde. Consideraram os “demais profissionais de saúde†como parte integrante deste tal “corpo clÃnicoâ€. As habilidades de comunicação entre o corpo clÃnico e os pacientes poderiam ser aprimoradas **** As habilidades de comunicação entre médicos, estudantes de Medicina e demais profissionais da saúde com os pacientes poderiam ser aprimoradas ou As habilidades de comunicação entre médicos, estudantes de Medicina e demais profissionais da saúde poderiam ser aprimoradas. 7) Consciência da diversidade cultural e sensibilidade para ela Cultural awareness / sensitivity 5 pessoas não entenderam bem esta questão. O que eles mesmos sugeriram foi escrever ao invés de “para ela†o termo “para com ela†Esta foi a única questão da segunda parte que teve comentários ou sugestões. **** Além de não resolver o problema, “sensibilidade para com “ não existe em Português: caso simples de regência nominal .... Talvez clareasse se se escrevesse: Consciência da diversidade cultural e sensibilidade para lidar com ela Nota : Em azul estão as considerações da lingüista, Profa Dra. Marisa Philbert Lajolo 119 APÊNDICE J : Versão Final para Validação As respostas são confidenciais e não serão utilizadas de nenhuma forma que permita identificação dos entrevistados : Questionário sobre a comunicação de médicos/ estudantes de Medicina Por favor, assinale o seu grau de concordância ou discordância com as seguintes afirmações : D is co rd o To ta lm en te D is co rd o So u In d if er en te C o n co rd o C o n co rd o To ta lm en te 1) Incluo, entre as prioridades de minha formação, aprender a comunicar-me eficientemente com os pais de meus pacientes. 2) Recebo feedback construtivo referente a meu relacionamento com os pais de meus pacientes. 3) Recebo feedback construtivo referente a meu relacionamento com os demais membros da equipe . 4) A instituição na qual trabalho ou estudo incentiva uma boa comunicação entre médico e paciente 5) Disponho de tempo adequado para interagir com meus pacientes. 6) As habilidades de comunicação entre os médicos/ estudantes de Medicina e os pacientes poderiam ser aprimoradas. 7) As habilidades de comunicação entre os médicos/ estudantes de Medicina e os demais profissionais da saúde poderiam ser aprimoradas. 8) Recebo treinamento formal em técnicas eficazes de comunicação com pacientes. 9) É importante demonstrar empatia e consideração para com os pacientes. 10) É importante ensinar os alunos de Medicina a se comunicarem de maneira eficaz com os pacientes. 11) É importante ensinar os alunos de Medicina a demonstrarem empatia e consideração para com os pacientes. 12) Ensino os alunos de Medicina a demonstrarem respeito por seus pacientes (se você for aluno não responda este item). 13) É importante que o médico/ estudante de Medicina conheça os problemas psicosociais de seus pacientes. 14) É importante que o médico/ estudantes de Medicina tenha consciência de suas próprias reações frente aos pacientes . 120 Por favor, indique o quão IMPORTANTE é para o corpo clÃnico desenvolver habilidade nas seguintes áreas, e quão CONFIANTE você se sente sobre assuas habilidades em cada um desses itens: IMPORTÂNCIA CONFIANÇA Im p o rt ân ci a m u it o b ai xa Im p o rt ân ci a b ai xa Im p o rt ân ci a m o d e ra d a Im p o rt ân ci a al ta Im p o rt ân ci a m u it o a lt a N ad a C o n fi an te P o u co c o n fi an te M ai s o u m e n o s co n fi an te C o n fi an te M u it o c o n fi an te 1) Habilidade de se comunicar de forma eficaz com seus pacientes. 2) Capacidade de compreender a perspectiva dos pacientes sobre suas doenças. 3) Capacidade de ouvir o paciente. 4) Capacidade de informar o paciente de um diagnóstico ruim. 5) Capacidade de entender aspectos psicosociais do cuidado com o paciente. 6) Capacidade de demonstrar empatia e consideração para com os pacientes. 7) Capacidade de perceber suas próprias reações frente aos pacientes. 8) Capacidade de estabelecer relações com os pacientes. 9) Capacidade de interagir com pacientes ou familiares de difÃcil trato. 10) Habilidade para entrevistar crianças. 11) Habilidade para entrevistar familiares. 12) Habilidade para entrevistar adolescentes. 13) Capacidade para discutir o fim da vida com pacientes ou familiares. 14) Capacidade para conversar com crianças sobre doenças graves. 15) Consciência da diversidade cultural e sensibilidade para lidar com ela. 16) Capacidade de lidar com as emoções dos pacientes. Para obter permissão de uso deste instrumento, favor contactar: Anna Beatriz C N do Amaral – beatriz_amaral@hotmail.com 121